terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Votos de um Bom Ano!



Que o novo ano acorde os sonolentos... e abra os olhos aqueles que não têm querido ver quem lhes anda a roubar a felicidade.
 
Festas Felizes e um Bom Ano de 2014 para todos aqueles que lutaram e lutam para que o Mundo seja mais justo, mais fraterno e mais solidário do que foi em 2013.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Tempo de Natal

NATAL CHIQUE

Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.

Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.

Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.

Vitorino Nemésio



Um Natal solidário, de paz e fraternidade para todas/os

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Li e gostei

"O PS de Seguro ou não percebe o sentido de fundo da actual política de “ajustamento”, ou, pelo contrário, percebe bem de mais e quer ser parte dela."

Mais uma...

A Agência de Informação norte-americana (CIA) ajudou o exército colombiano a matar pelo menos duas dezenas de líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), mediante um programa secreto, revela o diário Washington Post.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Hoje pode ser dia de cinema (92)



Sinopse
Um thriller intenso sobre um advogado criminalista que ao ser atraído para o emocionante e perigoso mundo do tráfico de droga, percebe que a sua decisão momentânea o conduz a uma espiral descendente de acontecimentos imparáveis e de consequências fatais...

Bom domingo, boas notícias e bons filmes

sábado, 21 de dezembro de 2013

Sendo sábado, temos música (191)



Eu já estou farto das fotografias
que me querem vender todos os dias
os legionários mais os seus troféus
no chão a sangrar
Não posso mais olhar para aquela imagem
parece que é sempre a mesma paisagem
a hipocrisia deste novo império
faz-me vomitar
Por isso eu tornei-me um optimista céptico
não sou bem igual ao céptico opti-místico
só quero encontrar paz
sem arrastar atrás nem mestre nem Deus
Já temos a informação cruzada
empacotada e globalizada
agora só nos falta a convicção
para acreditar
Há assassinos que não se arrependem
há tantos pensadores que nunca aprendem
e há quem insista sempre em aprender
mas não quer pensar
Por isso eu tornei-me um optimista céptico...
Gostava de ser ecologista exótico
sem perder de vista o meu perfil erótico
Ainda vou ser ilusionista crónico
um mestre da fuga, um mago supersónico
Bom sábado, boas notícias e boa música.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Se a hipocrisia pagasse imposto

Por Vasco Cardoso, no jornal «Avante!»


No meio desta profunda crise as contradições e os contorcionismos surgem à velocidade de um foguete. Muitos procuram apagar o rasto das suas responsabilidades, outros dissimular os objectivos e intenções que os movem, outros ainda disfarçar os seus propósitos. E todos juntos, com o servil papel dos principais media, visam prosseguir o rumo de exploração e empobrecimento que tão bem tem servido os interesses do grande capital e perpetuar o sistema de que são filhos, usando para tal da hipocrisia como forma de estar e intervir na vida política como bem se viu na última semana.
Hipocrisia expressa nas declarações do primeiro-ministro sobre não querer um modelo de baixos salários para Portugal, quando, ao mesmo tempo saqueia os salários dos trabalhadores da administração pública, recusa o aumento do salário mínimo, ou promove a simplificação e banalização dos despedimentos – conforme está patente na proposta de revisão da lei sobre a matéria – e cujo principal efeito é... baixar salários.
Hipocrisia quando ouvimos as declarações de dirigentes do PS contra a prova imposta aos professores de acesso à sua profissão (uma vez mais com a cobertura da UGT), quando se sabe que foi o PS a introduzir tal instrumento de exclusão de docentes, ou a chorarem lágrimas de crocodilo sobre os Estaleiros Navais de V. Castelo quando as suas responsabilidades na destruição da empresa não são menores do que as do PSD ou do CDS.
Hipocrisia quando ouvimos o dono das lojas Pingo Doce, Soares dos Santos, falar em nome dos interesses nacionais, ao mesmo tempo que transfere a sede da empresa para a Holanda para não pagar impostos, arruína milhares de produtores nacionais e desenvolve mecanismos de exploração dos trabalhadores (como o banco de horas) que aniquilam direitos a quem lhe faz acumular fortuna.
Hipocrisia quando ouvimos o Presidente da República tecer elogios póstumos a Nelson Mandela depois de ter, enquanto primeiro-ministro, alinhado ao lado dos EUA votando na ONU contra a libertação do dirigente sul-africano.

Hipocrisia que é no fundo um espelho da própria decadência moral das classes dominantes e do seu receio em que se aprofunde a consciência nos trabalhadores e nos povos de que o País e o mundo não podem continuar assim.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Capas de jornais (65)

...Parabéns para Bachelet pela vitória nesta segunda volta nas eleições do Chile. Que as promessas feitas em campanha eleitoral sejam cumpridas!

Mais um...

Mais um caso de favorecimento duvidoso que promete assombrar o actual Executivo? Parece que sim. De acordo com a edição desta segunda-feira do jornal Público, o secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho, venceu um concurso internacional promovido por Relvas, à data, secretário de Estado da Administração Local, quando a sua empresa era a que apresentava um preço mais elevado. Já o actual ministro da Defesa, Aguiar-Branco, veio a presidir à assembleia-geral da dita empresa.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Hoje pode ser dia de cinema (91)



Sinopse:
Quim e Zé vão buscar duas primas afastadas de Lisboa, que pretendem reviver o Verão louco de há dois anos em Curral de Moinas, mas esbardalham-se fatalmente num rebanho de ovelhas. Quando chegam ao Céu, Deus oferece-lhes uma segunda oportunidade de voltar a Curral de Moinas. Terão de lhe provar que abdicarão de uma vida amoral e libertina, renunciando aos sete pecados capitais: luxúria, gula, ira, inveja, avareza, soberba e preguiça. Isto, por si, já seria um desafio quase impossível mas, para tornar tudo mais animado, cada vez que Quim e Zé vacilam perante o pecado são chamados “lá acima” ou vem Deus “cá abaixo”. Será que Quim e Zé resistem à avalanche de tentações que lhes são oferecidas?

sábado, 14 de dezembro de 2013

Sendo sábado, temos música (190)






Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera

Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma
Y antes de morir yo quiero
Echar mis versos del alma
Guantanamera...

No me pongan en lo oscuro
A morir como un traidor
Yo soy bueno y como bueno
Moriré de cara al sol
Guantanamera...

Con los pobres de la tierra
Quiero yo mi suerte echar
El arroyo de la sierra
Me complace más que el mar
Guantanamera...

Tiene el leopardo un amigo
En su monte seco y pardo
Yo tengo más que el leopardo
Porque tengo un buen amigo


Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera
¡Dilo Compay!
¡Ahí na' ma'!
Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera...

Continuação de bom sábado!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Os entusiasmos alvares

"A dívida ou as dívidas ficaram em suspenso, quer dizer: a render juros, aliás, vultosos, que os Governos que se seguem a este terão de pagar. O júbilo de Marques Mendes é caricato por excessivo e tolo."

domingo, 8 de dezembro de 2013

Hoje pode ser dia de cinema (90)



Mandela: Longo Caminho Para a Liberdade

Sinopse:
A extraordinária vida de Nelson Mandela desde a sua infância numa pequena aldeia até à sua eleição como Presidente da África do Sul. Baseado na sua autobiografia, o filme mostra-nos o político ativista pela defesa dos direitos humanos e pelo fim do apartheid, mas também o homem simples, meigo e brincalhão num retrato inspirador de uma das mais importantes figuras da história da humanidade.

Estreia : 2013-12-12
Distribuidora : Lusomundo

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Sendo sábado, temos música (189)

(lembrando um entre muitos que não se esqueceram de Mandela)

 

Freedom Now

Tracy Chapman

Composição: Tracy Chapman
They throwed him in jail
And they kept him there
Hoping soon he'd die
That his body and spirit would waste away
And soon after that his mind
But every day is born a fool
One who thinks that he can rule
One who says tomorrow's mine
One who wakes one day to find
The prison doors open the shackles broken
And chaos in the street
Everybody sing we're free free free free
Everybody sing we're free free free free
Everybody sing we're free free free free
They throwed him in jail
And they kept him there
Hoping his memory'd die
That the people forget how he once led
And fought for justice in their lives
But every day is born a man
Who hates what he can't understand
Who thinks the answer is to kill
Who thinks his actions are god's will
And he thinks he's free free free free
Yes he thinks he's free free free free
He thinks he's free free free free
Soon must come the day
When the righteous have their way
Unjustly tried are free
And people live in peace I say
Give the man release
Go on and set your conscience free
Right the wrongs you made
Even a fool can have his day
Let us all be free free free free
Let us all be free free free free
Let us all be free free free free
Free our bodies free our minds
Free our hearts
Freedom for everyone
And freedom now
Freedom now
Freedom now
Freedom now
Let us all be free free free free
Let us all be free free free free
Let us all be free free free free

Bom sábado e boa música.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mandela 1918-2013

Nelson Mandela, ex-presidente da República da África do Sul e Prémio Nobel da Paz, morreu, esta quinta-feira, na sua casa em Joanesburgo, após uma prolongada infeção pulmonar, anunciou o atual presidente sul-africano, Jacob Zuma. Tinha 95 anos.

Mandela: Um exemplo  para a Humanidade

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Cunhal em 2013

"Álvaro Cunhal nasceu há cem anos. O partido que deu sentido à sua vida, e ao qual ele dedicou quase toda a sua existência, decidiu comemorar o centenário. Não só: muitas instituições públicas, associações, as mais variadas entidades, sem nada a ver com o PCP, o fizeram também."

Manuel Loff

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O revolucionarismo da direita

"...Precisamos de mudança, sim! De derrotar este revolucionarismo, desmascarando as suas mentiras e traições. Precisamos de dar sentido a palavras como igualdade, justiça, reforma, progresso, trabalho, emprego, liberdade, democracia. Precisamos de inverter as prioridades enquanto é tempo."

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Os chamados nem-nem

Por Vasco Cardoso, no jornal «Avante!»

Não gosto da expressão, por algo que esta encerra de menorização e responsabilização dos próprios, mas os dados são relevantes e chegaram até nós por via de uma insuspeita Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound). São os chamados «nem-nem». Jovens entre os 15 e os 34 anos que não têm emprego, não estudam, nem estão em formação. De 2008 para cá – data em se iniciou o estudo – são mais 92 mil aqueles que em Portugal estão nesta situação. O estudo revela ainda uma distribuição que não é homogénea. Em Portugal, o fenómeno dos «nem-nem» é mais expressivo entre os jovens adultos, dos 25 aos 34 anos, com uma taxa 18,9%, acima da média europeia (16,8%).
São dados que revelam muito do país que temos e das opções políticas que têm sido impostas na União Europeia e em Portugal, mas também da própria natureza do capitalismo.
Significam desde logo um enorme desperdício de recursos. Jovens em idade activa que pura e simplesmente estão «em lista de espera». O estudo adianta como estimativa um prejuízo para uma economia como a nossa na casa dos 1,3% do PIB (cerca de dois mil milhões de euros). Mas significam mais do que isso.
As consequência no plano social e na vida de cada um destes indivíduos é devastadora. Nuns casos, jovens que abandonaram precocemente os estudos, muitos sem cumprirem a escolaridade obrigatória e que ficaram privados do acesso ao conhecimento, à cultura, à formação. Noutros, jovens que se arrastam na condição de desempregados, alguns com elevadas habilitações escolares. O prolongamento da vida em casa dos pais, na ausência de qualquer rendimento ou ocupação, é seguramente o destino de muitos, que ficam não só privados da sua autonomia e emancipação, como constituem em muitas situações um encargo financeiro que pesará muito nesta altura de agravamento brutal do custo de vida, de cortes nos salários e pensões. E há ainda uma dimensão humana, na vida de cada um e das suas famílias, cujo impacto, não podendo ser quantificado, não pode ser subestimado.

Mas esta negação de direitos, este rolo-compressor que esmaga a vida de milhões de seres humanos, não pode e não vai ser o futuro. E também por isto a luta continua!