quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Uma pedra de toque

Por Filipe Diniz, no jornal «Avante!»

Não temos nada a ver com as «primárias» do PS. Até porque nenhum dos candidatos é de molde a que se alimente qualquer espécie de ilusão. E uma das pedras de toque para avaliar a questão é a posição relativa ao processo de evolução da UE. O nosso País não estaria na dramática situação actual sem o processo de integração europeia, sem a integração no euro, sem a ingerência da troika, sem o «Pacto de Estabilidade», sem o «Tratado orçamental».
E que dizem Costa e Seguro sobre a matéria? Em primeiro lugar, tiram o cavalo da chuva: os problemas existentes são da responsabilidade do PSD e do CDS. Se o PS subscreveu o «memorando», aprovou tratados e «estratégias» anteriores, pactos e tratados posteriores, eles não deram por isso.
E é a reboque desta UE que traçam as suas perspectivas de «futuro». Diz Seguro: a «correcção desta União Económica e Monetária» […] «só pode nascer de um impulso que reforce a componente federal da construção europeia. Impulso que é preciso dar […] nos planos da integração económica, orçamental, fiscal e política». E Costa responde com «uma aplicação inteligente e flexível do Pacto de Estabilidade e Crescimento e do Tratado Orçamental».

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Modos de ver e sentir


Hoje o bairro acordou assim: no lado do campo cheira a terra e pastos molhados (que recordações e memórias :-) !), nas ruas andam  "pardais" a sacudir das penas, as primeiras chuvas de Outono.

Ao longe, ouvem-se trovões anunciando a necessária substituição das sandálias e calções por outras peças mais confortáveis. 

Para alguns moradores aqui no bairro, este tempo é sempre uma chatice, para outros, o dia promete... para mim será um dia de tarefas habituais.

Tenham uma boa quarta feira! 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O lingote

Por Henrique Custódio, no jornal «Avante!»
Este Governo – no que, anote-se, não é diferente dos anteriores – movimenta a «coisa pública» como se ela fosse uma caverna de Ali Bábá, onde o Executivo se vai servindo quando e quanto lhe apetece e sem minimamente temer que alguém lhe peça contas.
A impunidade do caso contribuiu não apenas para o endémico descrédito em que mergulhou a governação do País, mas também (e sobretudo) para a insuportável mixórdia do público com interesses privados e na espécie de nó górdio em que se constituiu a apropriação do poder político pelo poder económico, consubstanciado na alta finança.
Teceu-se e instalou-se uma floresta de enganos onde, regularmente, o País se reúne em clareiras para renovar eleitoralmente o mandato de quem sempre o iludiu e, sobretudo, foi implacavelmente destruindo os direitos e garantias de cidadania na República democrática.
Inventaram até uma designação totalitária – a do «arco da governação» – para se perpetuarem no poder com uma legitimidade de facto e presuntivamente aceite num arremedo de vox populi.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Capas de jornais (75)


Alguns figurões a viver fora de portas da democracia e do respeito pelo Povo que dizem representar vão dormindo nos aposentos dos resignados.

É urgente voltarmos para dentro daquilo que se sonhou e fez no 25 de Abril!