sábado, 28 de fevereiro de 2015

Sendo sábado, temos música (230)



Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazón
De la grande babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel
Pa' una ciudad del norte
Yo me fui a trabajar
Mi vida la dejé
Entre ceuta y gibraltar
Soy una raya en el mar
Fantasma en la ciudad
Mi vida va prohibida
Dice la autoridad
Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Por no llevar papel
Perdido en el corazón
De la grande babylon
Me dicen el clandestino
Yo soy el quiebra ley
Mano negra clandestina
Peruano clandestino
Africano clandestino
Marihuana ilegal
Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazón
De la grande babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel
Argelino clandestino
Nigeriano clandestino
Boliviano clandestino
Mano negra ilegal
Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

As dores de Cavaco

Por Vasco Cardoso, no jornal «Avante!»
O assunto já tem uns dias mas nem por isso pode deixar de provocar perplexidade e indignação. O actual Presidente da República, Cavaco Silva, referindo-se à situação grega, decidiu, tal como o Governo português, alinhar no coro das pressões, chantagens e ameaças que se fizeram sentir sobre a Grécia nas últimas semanas. Desta vez, Cavaco optou por relembrar os «muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses» para aquele país, insinuando desta forma que qualquer decisão que rompesse com as imposições da UE e do grande capital seria prejudicial para Portugal.
Não cabe aqui avaliar os desenvolvimentos posteriores na Grécia, mas tem uma enorme importância desmontar a hipocrisia e a mistificação a que Cavaco deu voz. De facto, Portugal envolveu-se em 2010 num programa de empréstimos bilaterais aos quais estava associado um conjunto de condicionamentos políticos. Essa «ajuda», que envolveu cerca de 1000 milhões de euros, foi apoiada por PS, PSD, CDS e BE com as consequências que estão à vista. Mas ao mesmo Presidente que procurou instigar o povo português contra qualquer miragem de exercício de soberania de outros povos, não se lhe ouviu, nem ouve, uma palavra sobre os milhares de milhões de euros de recursos públicos despejados no BPN, BPP, BES & Cia, sobre os 35 mil milhões de euros que Portugal pagará (sem renegociação, claro!) de juros pelos empréstimos da troika, sobre os milhões de euros perdidos em negócios ruinosos das chamadas parcerias público privadas, sobre os muitos milhões que são esbulhados ao erário público por via da fuga e evasão fiscal (dentro e fora da lei) a que os grupos económicos e financeiros recorrem.
Na verdade, muitas destas decisões passaram pelas suas mãos e o seu papel enquanto PR tem sido o de garantir que os agiotas e especuladores possam receber até ao último cêntimo o produto da sua agiotagem. Consciente da insustentabilidade da dívida pública (portuguesa ou grega), a sua intervenção política (tal como a do PS, PSD e CDS) ao recusar a renegociação da dívida ou qualquer ruptura com os condicionalismos impostos pela UE, visa tão só a defesa dos interesses do grande capital. O que dói a Cavaco não é o sofrimento do povo português mas a possibilidade de um dia este querer ser dono do seu nariz.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

António Costa, o Benfica, o descaramento e que Deus nos guarde

Por José Vítor Malheiros no jornal Público

"O que Costa diz é que é aceitável não pagar impostos se se for rico, porque o Estado será benevolente."

Para ler aqui

domingo, 15 de fevereiro de 2015

A direita política empurrou o País e os portugueses para a esmola. E, novamente, para sopa dos pobres

Estado paga quase 50 mil refeições por dia a famílias carenciadas


(...) O Estado paga, no máximo, 178,15 euros por titular de RSI; 89,07 por cada um dos outros adultos que existam no agregado; 53,44 por cada criança. Ora, um casal com duas crianças recebe no máximo 374,1 euros de RSI. “Para o Governo é este o montante mensal necessário e suficiente para uma família com esta composição satisfazer as suas necessidades básicas”, sublinha Cláudia Joaquim, lembrando que os critérios de acesso à prestação são apertados e a medida envolve assinatura de contrato de inserção social que implica todos os membros.

Já às instituições particulares de solidariedade social (IPSS), o Estado paga 2,5 euros por cada refeição fornecida pelas cantinas sociais. Conforme o protocolo, podem as refeições ser fornecidas até duas vezes por dia, sete dias por semana. Quer isto dizer, nas contas da economista, que uma IPSS pode receber até 600 euros por mês para fornecer almoço e jantar a um casal com dois filhos e ainda cobrar 1 euro por refeição.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A linha da pobreza

Por Margarida Botelho, no jornal «Avante!»

Os números sobre a pobreza que o Instituto Nacional de Estatística divulgou no passado dia 30 são um enorme libelo acusatório à política de direita, ao Governo e aos subscritores do pacto de agressão.
A vida é sempre mais complexa do que as estatísticas conseguem mostrar. E não era preciso esperar pelo estudo do INE para perceber que o País está mais pobre. Essa é uma realidade que entra pelos olhos dentro, mesmo que Passos Coelho tenha tido a lata de dizer que estes dados são um «eco» do que o País passou, mas que a realidade hoje é bem melhor.
Mas os dados são arrasadores: a pobreza atinge 40,5 por cento dos desempregados e 10,7 por cento de quem tem emprego; o risco de pobreza é de 20 por cento para as mulheres e de 18,9 por cento para os homens; Portugal regrediu para os níveis de pobreza e exclusão social de há dez anos; a pobreza afecta 25,9 por cento dos portugueses – um em cada quatro, cerca de dois milhões; 25,6 por cento dos menores de 18 anos vivem na pobreza.
O pior é que a situação pode ser ainda mais dramática do que o que estes números espelham. As regras das estatísticas europeias estabelecem que estão abaixo da linha de pobreza todos os que vivem 60 por cento abaixo do rendimento mediano de cada país. Como nos últimos anos o rendimento médio dos trabalhadores e do povo se reduziu tanto como temos vindo a denunciar, essa chamada linha de pobreza também baixou. E com isso, pessoas que eram pobres antes do pacto de agressão, podem ter deixado de o ser – à luz da estatística, claro, porque a sua situação não melhorou nada…
Esta situação de calamidade é indissociável da política de direita: desemprego, cortes nos salários e nas pensões, brutal aumento de impostos, cortes nas prestações e apoios sociais – do abono de família ao complemento solidário para idosos, do subsídio de desemprego ao rendimento social de inserção, nada escapou. E bem pode o PS vir agora chorar lágrimas de crocodilo, que são centenas de milhares as famílias que se lembram muito bem que foi o governo de Sócrates e Costa que – e é só um exemplo – acabou com a universalidade dos abonos de família e os cortou a todos os agregados familiares do 4.º escalão de rendimentos.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Capas de jornais (80)


Conforme mostra a foto acima, um pouco por toda a UE (ontem foi em Espanha),  as pessoas começam a juntar forças para correr do poder quem empurrou - através das suas políticas neoliberais de mercados - a grande maioria das populações nos vários países para o desemprego, para a miséria e para a fome.

É tempo de arrepiar caminho!
É tempo de lutar por outras políticas!