Hoje, quando ao virar na esquina que dá para o quiosque, onde me dirigia para comprar o jornal, reparei que, a Maria Luísa, rapariga criada aqui no bairro, estava à conversa com a vizinha do cão num tom acima do habitual, o que estranhei.
Á medida que me fui aproximando de ambas, apercebi-me que a conversa era à volta das manifestações de ontem em Lisboa e no Porto e a respectiva cobertura que os jornais portugueses lhe tinham dado.
Maria Luísa (ML) estava de facto irritada porque para ela, tinha sido a primeira vez que tinha participado numa tão grande manifestação-palavras suas- e achava escandaloso que os meios de comunicação não lhe tenham dado o devido relevo como ela achava que era justo . Ao seu lado a vizinha do cão, mulher de um ex trabalhador da Lisnave, tentava explicar-lhe que a vida é feita de opções; e as opções dos trabalhadores não são as mesmas das dos patrões sendo que, são estes que estão a mandar nos jornais, televisões e na maioria das rádios!.
Entretanto, chegou a minha vez de ser atendido no quiosque, coloquei a moeda de um euro na mão do Sr. António, ele deu-me o jornal desejando-me ( como sempre o faz ), um bom dia e lá fui para o café em frente na procura de encontrar no meu jornal as reportagens das manifestações que a (ML) não viu referidas nas capas dos jornais e, as quais tinham tido uma participação de 50 mil pessoas em Lisboa e 20 mil no Porto segundo ouvi ontem, numa rádio local.
O numero ofial que saiu era de facto de 50.000 na rua mas os organizadores (e aqui há sempre uma diferença entre uns e outros não sei se uns a extrapolar se os outros a diminuirem a importância destas iniciativas) o certo é que ainda no decurso da manifestação se falava em 70.000.
ResponderEliminarIsso porém é o que menos importa o que importa é que esteve muita gente na rua manifestando a sua indignação sobre a acção deste governo ruinoso tanto para a economia do país como para as economias familiares.
Como já referi, noutro espaço, posso não perceber nada do assunto mas tenho cabeça para pensar e o que penso é que sem poder de compra não há economia que resista.
Olá Zusete Evaristo, seja bem-vinda ao Ponta Esquerda e obrigado pelo seu comentário.
ResponderEliminarVolte sempre.
Cumprimentos.