Ouvi hoje noticiar numa rádio, da qual não me recordo o nome que o Ministério da Saúde (MS), se prepara para fechar serviços nos hospitais onde em Portugal é possível fazer tratamento do cancro, por os mesmos não terem 500 casos por ano para tratar, número que o MS acha mínimo para o serviço ser viável, o que a confirmar-se, não deixa de ser muito preocupante.
Como se não bastasse o sofrimento que este tipo de doença provoca nos doentes, vêm agora dizer-nos que em certos casos, muitos terão que suportar mais essa dor e desgaste acrescido, que maiores deslocações para os tratamentos lhe vão provocar.
Estas medidas (tomadas sempre numa perspectiva economicista), só podem ser decididas, por responsáveis que têm da saúde um entendimento de negócio, o que significa dizer: que o que não der lucro é para acabar, como se a saúde não fosse um bem inalienável, adquirido com o 25 de Abril. Infelizmente este tipo de comportamentos até nem constitui grande novidade, já se fez o mesmo com as maternidades e centros de saúde que foram fechando ao sabor dos números, >sem terem em consideração o bem-estar das referidas populações.
Hoje, nos concelhos de Elvas e Campo Maior (para enumerar só estes dois), as mulheres para terem os seus filhos tem que se deslocar a Badajoz, por que o governo resolveu fechar a maternidade que servia aquelas zonas populacionais, dado-lhes como alternativa Badajoz ou Portalegre que fica muito mais longe.
Espero bem, que amanhã os nossos doentes com cancro residentes fora dos grandes centros urbanos, não tenham que se deslocar a Espanha para fazerem os respectivos tratamentos que necessitam.
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