DOMINGO DE RAMOS ,
de Clara Pinto Correia, é o livro que acabo de lêr e me deixou temporàriamente prisioneira dos anos 70 e da vivência do pós revolução.
Como foi estranho relembrar aquele período de euforia e quão longínquas me pareceram já as tarefas referidas no livro e que muitos de nós chamavam a si como as campanhas de alfabetização, a formação de creches e cooperativas e as infindáveis horas de trabalho comunitário, muitas vezes com prejuízo da vida particular.
Não obstante as complicações resultantes da descolonização e da consequente integração dos retornados, cujo tema não foi esquecido, tudo à época nos parecia possível de concretizar e até as utopias se confundiam fàcilmente com a realidade.
O lema de vida era para muitos de nós, como a autora bem descreve,lutar por um país onde todos se sentissem felizes e devidamente integrados.
Infelizmente não foi assim que aconteceu ; e, porque os ventos e as marés adversas não abrandam o país continua a precisar que acreditemos na mudança.
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