Nunca fui o que quiseste,
Fui sempre o que não gostavas,
Deitei fora o que me deste,
Pedi-te o que não me davas
Fui abraço de serpente
E beijo amargo limão
Fui um corpo sem ser gente,
Mão que é prego noutra mão
Fui de promessa fingida
E rosto que não se encara -
Dor que não chega a ser ferida
E até por isso não sara
Fui noites sem madrugadas,
Desejo sem aflição
Estamos de costas voltadas
Por mais que digas que não.
Letra enviada por Mário Rodrigues
Bom sábado, boas notícias e boa música
Bom sábado, boas notícias e boa música
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