1808 e 1822 " Portugal e Brasil "
Dois países irmãos, duas realidades tão diferentes, quanto podem ser também os próprios irmãos.E, tal como os irmãos, Brasil e Portugal têm também as suas diferenças, mas têm também muitas afinidades, diria mesmo que mais importante é o que nos une do que aquilo que nos separa e eu considero especialmente duas das grandes afinidades : a língua e a história como as maiores. Sobre a primeira, e, não entrando em questões linguísticas, porque não estou habilitada para falar sobre esse tema , nem vem ao caso, ressalvo apenas que todos nos entendemos quanto baste; e, sobre a segunda, direi que qualquer leitor com o mínimo de interesse por história ficará fascinado ao ler as obras 1808 e 1822 do escritor " Laurentino Gomes " . Desta última obra diz o jornalista e professor Carlos Magno que é um livro que ajuda a explicar as raízes comuns de brasileiros e portugueses enquanto que Mónica Rector da Universidade da Carolina do Norte diz ser uma forma livre e divertida de estudar história sem sofrimento. E quanto a nós se quisermos conhecer melhor o nosso Portugal ao tempo de D. João VI, comecemos por ler I808, para entender como, segundo o escritor, uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta ( já era assim nessa altura imaginem ) conseguiram fugir de Napoleão, deixando o nosso pobre país falido e entregue a si próprio e às guerras napoleónicas, mudando deste modo a história de Portugal e do Brasil. Dois séculos depois, outros portugueses , num estilo muito semelhante abandonaram o país e o governo de Portugal, em troca de maiores e melhores mordomias na governação europeia, mas isso faz parte de uma outra história contada quem sabe mais tarde por um outro escritor qualquer. Em 1821, depois de 13 anos n0 comando do país a partir do Brasil ( então colónia portuguesa ) D. João VI regressa a Portugal ( continente ) deixando os cofres do Brasil tal como tinha deixado anteriormente os de Portugal , ou como diriam hoje os nossos economistas " à beira da banca rota ", ficando D. Pedro como Regente do Brasil. A partir daqui e porque o principe é coroado em 1 de Dezembro do ano seguinte como D. Pedro Iº imperador do Brasil, justifica-se plenamente a leitura de 1822 que nos relata como, no entender do autor, um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro, ajudaram D. Pedro a criar o Brasil independente, país que à data tinha tudo para não dar certo mas que resultou num grande país.
Quero apenas acrescentar que os livros referidos ( 1808 e 1822 ) são da Porto Editora e custam entre 18 e 20 € cada .
Continuação de um bom dia ou férias, se fôr caso disso, e, boas leituras !
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