O primeiro-ministro recuou nas alterações à taxa social única (TSU) que com
pompa anunciou ao país no dia 7. Não por reconhecer o disparate ou por coacção
do Conselho de Estado, mas porque a isso se viu obrigado pelo clamor popular
ouvido nas manifestações do dia 15.
O recuo e a crise política dentro da coligação ditaram o fim deste Governo, que nenhuma remodelação poderá iludir. Passou a ser um Governo a prazo, mais ou menos curto. Mas não é isso, por agora, o que mais importa.
O relevante é que o recuo mostra que o protesto e luta populares valeram a pena e que nunca haverá ganhos se o povo não der voz à sua legítima revolta. E pôs fim a uma medida que dolosamente era apresentada como benéfica para a economia e o emprego (os estudos conhecidos mostram que o desemprego iria aumentar e a recessão agravar-se). A redução dos salários era, apenas, mais um esbulho.
Mas o protesto popular foi igualmente contra a iniquidade na distribuição dos sacrifícios impostos e contra uma política demonstradamente fracassada.
Ora, o recuo na TSU e a "devolução parcial dos subsídios" não afastam a iniquidade. O Governo pretende "compensá-los" com o agravamento do IRS sobre o trabalho. O capital, as rendas excessivas e os contratos leoninos nas PPP continuam intocados. Um exemplo entre outros: a tributação em apenas 0,8% do património em acções, participações e outros títulos detidos por empresas e particulares residentes, renderia 2.800 milhões de euros, tanto como o que queria tirar aos trabalhadores via TSU.
E o fracasso da política é notório: a redução anual do rendimento dos cidadãos é crescente, o défice não trava, a dívida e o desemprego aumentam, a recessão prolonga-se.
Por isso justifica-se plenamente continuar a lutar.
O recuo e a crise política dentro da coligação ditaram o fim deste Governo, que nenhuma remodelação poderá iludir. Passou a ser um Governo a prazo, mais ou menos curto. Mas não é isso, por agora, o que mais importa.
O relevante é que o recuo mostra que o protesto e luta populares valeram a pena e que nunca haverá ganhos se o povo não der voz à sua legítima revolta. E pôs fim a uma medida que dolosamente era apresentada como benéfica para a economia e o emprego (os estudos conhecidos mostram que o desemprego iria aumentar e a recessão agravar-se). A redução dos salários era, apenas, mais um esbulho.
Mas o protesto popular foi igualmente contra a iniquidade na distribuição dos sacrifícios impostos e contra uma política demonstradamente fracassada.
Ora, o recuo na TSU e a "devolução parcial dos subsídios" não afastam a iniquidade. O Governo pretende "compensá-los" com o agravamento do IRS sobre o trabalho. O capital, as rendas excessivas e os contratos leoninos nas PPP continuam intocados. Um exemplo entre outros: a tributação em apenas 0,8% do património em acções, participações e outros títulos detidos por empresas e particulares residentes, renderia 2.800 milhões de euros, tanto como o que queria tirar aos trabalhadores via TSU.
E o fracasso da política é notório: a redução anual do rendimento dos cidadãos é crescente, o défice não trava, a dívida e o desemprego aumentam, a recessão prolonga-se.
Por isso justifica-se plenamente continuar a lutar.
Gina,
ResponderEliminarA situação é muito mais complexa do que que aquela que nos é dada a conhecer e a saber....
O polvo é gigantesco... e internacional.
A única possibilidade para este país... era arranjar governantes que soubessem gerir a crise, que era inevitável, de outra forma... e com capacidade de comunicar com clareza e de uma só vez ... o que é preciso...
Amanhã lá estaremos na rua...
Abraço
Claro que se os governantes fossem mais honestos a crise seria gerida de modo diferente,mas se não temos essa sorte a alternativa é a luta porque tal como alguém diz e bem #quando se luta nem sempre se ganha, mas se não lutarmos perde-se sempre #.
EliminarBeijo
Gina
seremos muitos. e mais serão necessários
ResponderEliminarabraço