Michal Bociurkiw, o primeiro
observador da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) a
chegar junto dos destroços do avião abatido na Ucrânia confirmou a informação
de que a fuselagem do aparelho apresenta “marcas nos estilhaços que parecem ser
de munições de metralhadoras, poderosas metralhadoras”.
Por outro lado, tal como admitiu
anteriormente o piloto alemão Peter Haisenko através da observação de fotos de
alta resolução de restos do cokpit, entretanto retiradas da internet, os
destroços do aparelho não apresentam sinais de míssil, na opinião do
representante da OCSE.
As informações de Bociurkiw,
obtidas através da observação no local “de dois ou três pedaços da fuselagem”,
coincidem com a interpretação do comandante alemão Peter Haisenko com base na
imagem de alta resolução: o avião tem marcas que podem ser de munições de
metralhadoras como as que equipam os SU 25, pelo que foi provavelmente abatido
por caças da aviação ucraniana. As imagens divulgadas durante o depoimento do
observador da OSCE confirmam que as imagens que serviram de base à análise do
piloto alemão são efectivamente do avião malaio.
Caças foram detectados nas
imediações do avião acidentado pelo controlador aéreo espanhol “Carlos”, que
trabalhava na torre de controlo do aeroporto de Kiev quando se deu a
catástrofe, por testemunhas oculares momentos antes do desastre, e pelos
radares russos, segundo provas apresentadas pelo Ministério da Defesa de
Moscovo.
As informações divulgadas por
Michal Bociurkiw à estação de televisão canadiana de televisão CBS contribuem
para afastar um pouco mais a tese do derrube através de um míssil, uma vez que
os restos do aparelho não mostram indícios da acção de um engenho deste tipo,
tal como interpretara o piloto alemão.
Michal Bociurkiv é o porta voz da
missão da OSCE na Ucrânia, tem origem ucraniana e nacionalidade canadiana.
Esteve no local do acidente imediatamente a seguir à queda do aparelho e agora
voltou a fazer parte do primeiro grupo de representantes da OSCE a visitar o
local depois de a situação dos combates na região o permitir.
Michal Bociurkiw em entrevista à CBS
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