A pouco mais de metro e meio de
distância do local onde estou confortavelmente sentado, reparo que andam dois
pardais em luta para debicarem o resto de uma codea de pão que por ali ficou.
Para susto e decepção dos mesmos, eis que um pombo baixou de um beiral para disputar
o mesmo manjar afugentando logo do local os pobres pardalitos. Situação esta que se altera com o aproximar de um
rafeiro preto, de pequeno porte e coleira vermelha que, cheirando o resto do pão, vai junto ao poste mais perto alça a pata esquerda e marca
aquele local com a sua passagem fazendo ali uma mijadela para, depois de
aliviado, seguir em frente de cauda enrolada, na direcção indicada pelo seu GPS genético à procura de mais qualquer coisa.
Entretanto, olho o relógio; são
18 horas em Portalegre, estão 23 graus na Praça da República, as imperiais e os tremoços acabam de chegar à mesa…
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