(...)Durante os 15 anos que estive no TC foi constatado que nas PPP e nas grandes obras públicas havia constantemente derrapagens de prazos e de custos. Sem consequências nenhumas. O planeamento não tem um mínimo rigor. Lança-se o projecto muitas vezes sem se saber bem o que se quer. É ao longo do projecto que se vai definindo aquilo que se pretende. Estas alterações de contrato escacaram a porta para as derrapagens de prazos e de custos. Há aumentos de custos gravíssimos, como o da Casa da Música que foi de cerca de 300%, mas os atrasos de prazo não são menos graves. Veja--se o exemplo do túnel do metro do Terreiro de Paço que se atrasou 10 anos. Qual foi a consequência desse atraso, para além da financeira? Foi que milhões de passageiros que iam usufruir dessa obra foram privados dela durante uma década e isso tem custos económicos e sociais que nunca foram avaliados. E finalmente, há um outro defeito de planeamento que é habitual em Portugal, quando se lança uma grande obra pública como a construção dos Estádios do Euro 2004 avalia-se apenas os custos de construção, deixando de fora o dinheiro que é necessário para a manutenção e exploração dos equipamentos. Não se faz a avaliação do custo total da obra. Não me causou espanto aquela declaração de uma pessoa da Câmara Municipal de Aveiro que confrontada com o dinheiro que era preciso para manter um estádio que dava pouquíssimas receitas, disse que o melhor que se podia fazer era implodir a obra.
Entrevista completa que pode ler aqui e ficar a saber melhor, a porcaria de negócios que os sucessivos governos têm andado a fazer com os nossos descontos e impostos, tantas vezes exigidos a quem tem que passar fome e viver na miséria para os cumprir.
Para que políticas destas sejam afastadas do nosso País é preciso que todos tomemos conciência(para lá das situações relatadas na entrevista), da gravidade da situação que as troikas nos estão a colocar, e, vir já no próximo sábado para a rua, numa forma organizada pela CGTP-IN, exigindo uma rotura com a política de direita e um novo rumo para Portugal.
Tudo é normalíssimo quando não somos nós que somos chamados a pagar!
ResponderEliminarIr para a rua no sábado é o caminho.
ResponderEliminarUm abraço.