Dizem que Berlim, Bruxelas, Paris,
Frankfurt…, que pressionaram e chantagearam o povo grego para votar no partido
do Eurogrupo,
respiraram de alívio com os resultados das eleições gregas. Não se percebe
porquê nem por quanto tempo.
Porquê, se a maioria dos gregos votou nos partidos que se opõem aos programas de resgate que os conduzem à miséria e o país à ruína. Apenas um sistema eleitoral que distorce a transformação do voto popular em mandatos (bónus de 50 lugares ao partido mais votado), permite que o bloco central, responsável pela austeridade extrema, obtenha a maioria parlamentar. Ou seja, só o antidemocrático desprezo pelas vontades expressas dos povos soberanos pode explicar esse sentimento de alívio.
E por quanto tempo, se as reacções imediatas de Angela Merkel, Comissão Europeia, Eurogrupo, até do inefável ministro da Economia português, foram a de que o novo governo grego deverá ter como prioridade e compromisso absoluto o prosseguimento das "reformas estruturais e orçamentais" impostas pelos programas de resgate ao serviço dos interesses financeiros. Talvez sejam prolongadas por um ou dois anos as metas definidas pela troika, para dar a ideia de que algo muda. Mas a substância dos programas - redução dos salários e das pensões de reforma, elevado desemprego, degradação do Estado social, recessão económica,… - não será alterada. Se nada de substancial muda, não parece crível que a vontade da maioria dos cidadãos gregos seja revertida. Com as consequências prováveis.
E agora, que fazer? Só o encarar de frente a urgência de alterações profundas nos tratados e políticas da União pode evitar a implosão da Grécia, dos "contagiáveis" e do euro. É mais que tempo de dar prevalência aos cidadãos sobre os mercados.
Porquê, se a maioria dos gregos votou nos partidos que se opõem aos programas de resgate que os conduzem à miséria e o país à ruína. Apenas um sistema eleitoral que distorce a transformação do voto popular em mandatos (bónus de 50 lugares ao partido mais votado), permite que o bloco central, responsável pela austeridade extrema, obtenha a maioria parlamentar. Ou seja, só o antidemocrático desprezo pelas vontades expressas dos povos soberanos pode explicar esse sentimento de alívio.
E por quanto tempo, se as reacções imediatas de Angela Merkel, Comissão Europeia, Eurogrupo, até do inefável ministro da Economia português, foram a de que o novo governo grego deverá ter como prioridade e compromisso absoluto o prosseguimento das "reformas estruturais e orçamentais" impostas pelos programas de resgate ao serviço dos interesses financeiros. Talvez sejam prolongadas por um ou dois anos as metas definidas pela troika, para dar a ideia de que algo muda. Mas a substância dos programas - redução dos salários e das pensões de reforma, elevado desemprego, degradação do Estado social, recessão económica,… - não será alterada. Se nada de substancial muda, não parece crível que a vontade da maioria dos cidadãos gregos seja revertida. Com as consequências prováveis.
E agora, que fazer? Só o encarar de frente a urgência de alterações profundas nos tratados e políticas da União pode evitar a implosão da Grécia, dos "contagiáveis" e do euro. É mais que tempo de dar prevalência aos cidadãos sobre os mercados.
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