quinta-feira, 31 de julho de 2014

Aniversários sangrentos

Por Jorge Cadima, no jornal «Avante!»

Cem anos após o começo da I Grande Guerra, e quase 75 após o início da II Guerra Mundial, o imperialismo está a lançar a Humanidade num novo e terrível conflito de enormes proporções. Os massacres israelita em Gaza e do fascismo ucraniano no Donbass têm mais em comum do que se possa pensar. As guerras no Iraque, Síria, Afeganistão, Líbia não chegaram a acabar. Os ataques militares por intermédio de aviões não tripulados (drones) semeiam a morte e destruição nesses países, mas também no Iémene, Paquistão, Somália e outros. Misteriosos bandos terroristas fazem o jogo do imperialismo na destruição da Nigéria, Iraque, Sudão. O planeta está a ser incendiado pelos senhores da guerra imperialista. Que agora ameaçam abertamente a Rússia, a China e qualquer outro país que não cumpra as ordens imperiais. Um sistema decadente e senil, mas armado até aos dentes, está disposto a sacrificar os povos para manter o seu domínio. Para parte importante do mundo não é exagero falar já hoje numa nova Grande Guerra. E ninguém pode garantir que não se esteja perante uma nova Guerra Mundial, de ainda maiores e mais devastadoras proporções, que ameaça a própria sobrevivência da Humanidade. 
Os mais de mil mortos de Gaza, na sua grande maioria civis e em boa parte crianças, são bem o espelho da barbárie do capitalismo dos nossos dias. De forma nada surpreendente, os promotores das chamadas «guerras humanitárias» estão calados. Sempre prontos a dizer que é preciso bombardear ou invadir o país X porque supostamente o seu povo estaria a ser vítima de alguma barbaridade (as mais das vezes fictícia e inventada pela propaganda do «partido da guerra»), calam-se perante a chacina diária duma população encurralada numa enorme prisão a céu aberto, quase toda refugiada de anteriores guerras e limpezas étnicas do monstro sionista. Ou juntam-se mesmo ao coro dos que, mais do que pôr a vítima e o agressor em pé de igualdade, têm o desplante de culpar a vítima pela agressão. 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

O anteprojeto de reforma do IRS do PSD/CDS

– não respeita a Constituição da República
– agrava as desigualdades e a injustiça fiscal
– não reduz a carga fiscal global

Estudo de Eugénio Rosa que pode ler aqui.

terça-feira, 29 de julho de 2014

HOSPITAIS DA FAIXA DE GAZA SÃO ALVOS ESCOLHIDOS POR ISRAEL

Matança no parque infantil

Por Christopher Wadi, Gaza, em Jornalistas Sem Fronteiras

Piso de cuidados intensivos e das salas de operações do hospital de Deir Balah, hospital de Beit Hanun, centro de reabilitação de el-Wafa e, agora, o hospital de Shifa: o exército de Israel prossegue a sua ronda de bombardeamentos directos ou nas imediações dos principais estabelecimentos hospitalares de Gaza, onde equipas de socorro exaustas tentam salvar a vida a centenas de vítimas do massacre. Assim tenciona Israel erradicar “o terrorismo” partindo do princípio de que o argumento dos “escudos humanos” cobre tudo.
“A tese israelita dos escudos humanos, aliás o único argumento que os israelitas invocam, a par dos disparos de rockets, para tentar justificar a chacina humana a que procedem tem que ser olhada de maneira mais séria”, desafia Suheir Khoury, uma jurista oriunda da Cisjordânia voluntária da resistência em Gaza. “Se queremos resistir – e nós queremos resistir ao bloqueio, à ocupação e à privação dos mais elementares direitos – somos todos escudos humanos. Isso é inerente à situação que Israel, com a cumplicidade do Egipto, criou em Gaza”, afirma.

domingo, 27 de julho de 2014

Hoje pode ser dia de cinema (112)

Realização:  James Gray



Sinopse
Em 1921, Ewa Cybulski e sua irmã Magda saem da Polonia rumo a Nova Iorque em busca de um novo começo e do sonho americano. Quando chegam a Ellis Island, os médicos descobrem que Magda está doente e as duas são separadas. Ewa é libertada para as ruas de Manhattan, enquanto a irmã é colocada em quarentena. Sozinha, sem ter onde ficar e desesperada por reunir-se com Magda, Ewa rapidamente torna-se prisioneira de Bruno, um homem cativante mas perverso que a leva a prostituir-se. Mas com a chegada de Orlando - um mágico destemido, primo de Bruno - Ewa restabelece a sua autoconfiança e esperança num futuro melhor, o que ela não contava era com os ciúmes de Bruno. (sapo cinema)

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 26 de julho de 2014

Sendo sábado, temos música (217)


Era uma vez um país
"Lá num canto desta velha Europa,
era uma vez um país
vivia à beira do mal "prantado",
mas apodrecia na raíz

Reza a história que foi saqueado
mesmo por debaixo do nariz
Triste sina, oh que triste fado,
era uma vez um país

Os mandantes que por lá passavam
eram só ares de "bon vivant"
Viviam à grande e à francesa
como se não houvesse amanhã

Havia quem avisasse o povo
p´ra não dar cavaco a imbecis
Mas caíram na asneira de novo,
era uma vez um país

Esta fábula do imaginário
tão próxima do que é real
Canção de maledicente escárnio
à república do bananal

Que se encontrava em tão mau estado,
andava a gente tão infeliz
E o polvo já tão infiltrado,
era uma vez um país

E lá se vão sucedendo os casos,
grita o povo: "agarra que é ladrão!"
Mas passam belos dias à sombra do loureiro
Enquanto o Duarte lima as grades da prisão

E nunca se esgotam personagens
neste faz de conta que é assim
Raposas com passos de coelho no mato
e até um corta relvas de madeira no jardim

Entre campeões de assalto à vara
e filósofos de pacotilha
Entram nas portas dos submarinos azeiteiros de oliveira às costas
com o ouro da nação p'ra por nas ilhas Cai-mão, cai-pé, 
baixa os braços e as calças e a cabeça e o nariz,
aqui finda esta história que não tem final feliz"
(era uma vez um país)

Prémio Ary dos Santos -- Poesia
Tema -- Era uma Vez um País
Autor - Miguel Calhaz
Intérprete -- Miguel Calhaz

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

O aviso foi feito...



...só anda distraído e entretido com o futebol e as novelas da noite televisiva, quem quer! 
Contudo:
O Banco de Portugal disse que não havia suspeitas sobre a seriedade de Ricardo Salgado. O presidente do BES foi chamado a explicar-se depois das três correções na declaração de IRS.

Ontem, Ricardo Salgado foi constituído arguido . sob acusação de burla, falsificação de documentos e branqueamento de capitais e abuso de confiança, após cerca de sete horas de audição.


quinta-feira, 24 de julho de 2014

O cheiro a gás... e a sangue

Por Ângelo Alves, no jornal «Avante!»
O massacre israelita prossegue em Gaza. Os números são elucidativos do crime contra a Humanidade que ali está a acontecer. Os mortos palestinianos ascendem, no momento em que escrevemos, a 512. Apenas no passado domingo o exército israelita matou 100 palestinianos. As vítimas são civis e na sua maioria mulheres, crianças e idosos. Os alvos são zonas residenciais como o bairro de Shejaiya onde ocorreu o massacre que o mundo viu. Nas praias de Gaza crianças são assassinadas enquanto brincam. Sentem o primeiro bombardeamento lançado de um submarino israelita. Põem-se em fuga, correm e tentam resguardar-se numa cabana de pescador. O segundo «tiro» do submarino não falha e mata as três crianças.
Os feridos são, ao momento da redacção deste artigo, francamente mais de 3000. Os refugiados internos contam-se já em 63 000, amontoados em 48 centros da ONU. Colonos israelitas montam plateias improvisadas para ver o «espectáculo» da matança. A loucura racista e fascista vai tão longe que Mordechai Kedar, um dito professor de Literatura Árabe na Universidade de Bar-Ilan, recomendou, num programa de rádio, a violação de mulheres palestinianas como forma de impedir «ataques terroristas». Mas os palestinianos não estão sós. São centenas as cidades, por todo o mundo, onde o povo faz ouvir, por estes dias, a solidariedade com a Palestina.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Conto-do-vigário



- Ou seja: o caldeirão do bloco central está em ebulição...  Tudo está perfeito!
Caminhar com as políticas que  nos trouxeram até hoje (com os resultados sociais, políticos e económicos conhecidos), apenas com caras diferentes.

Iremos ver se os portugueses vão uma vez mais no conto-do-vigário. 
Tenho para mim que não!

terça-feira, 22 de julho de 2014

“Esperamos pela nossa bomba”, relatam moradores de Gaza


Centenas de famílias palestinas fugiram depois de Israel ter intensificado seus ataques aéreos contra alvos do Hamas.
REUTERS/Finbarr O'Reilly
(...)O dia de segunda-feira e as primeiras horas desta terça-feira (22) foram novamente marcados por ataques. Ontem, cerca de 50 pessoas morreram. O hospital Al-Aqsa, situado ao sul da Faixa de Gaza, foi atingido e quatro pessoas morreram. Um outro prédio residencial também foi alvo de um bombardeio que deixou 11 mortos, sendo 5 crianças.
Entrevistado pela RFI, Anal Charwan, um médico do hospital Al-Shifa, também localizado em Gaza, relata o cotidiano sob os ataques de Israel. “Domingo, muitas pessoas chegaram de Al-Shuja’iyeh, onde havia ataques de mísseis israelenses. Havia muitos mortos, muitos feridos. Não havia mais lugar para ninguém. Nem para os mortos. Os serviços de cirurgia estão cheios. Não temos instrumentos cirúrgicos. Faltam médicos, especialistas em queimaduras e em ferimentos causados por mísseis. No hospital Al-Aqsa, que foi atingido [ontem], havia serviços de cirurgia, de reanimação e de ginecologia. Mas tudo foi destruído”, contou.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

UM DIA DE TERROR, DESESPERO E GUERRA EM GAZA

Fugir de Gaza para Gaza (Hatem Moussa, AP)

Por Christopher Wadi, Gaza, em Jornalistas Sem Fronteiras


O primeiro ministro de Israel diz que fará em Gaza “o que tem a fazer”, mas além de o exército às suas ordens já ter assassinado 430 pessoas, na sua maioria civis, e de ele continuar a falar na destruição dos túneis que ligam o território ao Egipto, não se prevê quando dará a chacina por concluída e o que se seguirá.
Domingo foi o dia mais mortífero da operação “Barreira Protectora”, que o exército israelita começou há 11 dias com o apoio dos Estados Unidos, a compreensão da União Europeia e a cumplicidade objectiva das Nações Unidas – apesar de este acto de agressão ser uma violação flagrante dos direitos humanos e de numerosas resoluções do Conselho de Segurança em relação ao conflito israelo-palestiniano.
O número de palestinianos assassinados durante a operação chegou aos 430, a que se acrescentam mais de três mil feridos num cenário onde não existem condições mínimas de socorro clínico, desde hospitais sob bombardeamentos, falta de água e energia eléctrica, carência de medicamentos e exaustão de equipas de médicos e enfermeiros trabalhando 24 horas por dia. Grande parte das vítimas são crianças.
“Não tínhamos nenhum túnel na nossa casa, mas agora temos um monte de ruínas onde ela existia e acabei de enterrar os meus dois filhos, um com 11, outro com 13 anos, relata Hisham Said com os olhos perdidos no vazio e o rosto hirto, como se o medo, o sentido de sobrevivência e as emoções o tivessem abandonado. “Sou viúvo, a minha mulher foi assassinada também pelos israelitas em 2008, agora aqui estou, bem podia ter ido no lugar dos meus filhos mas Deus (Alá) destinou assim”.
Estamos em Shizhaya, um bairro na região oriental da cidade de Gaza onde as tropas israelitas saciaram parte da sua sede de sangue no domingo, desrespeitando uma “trégua humanitária” que acusam o Hamas de ter violado, apesar de ter sido este grupo a pedi-la, com mediação do Egipto.

domingo, 20 de julho de 2014

Hoje pode ser dia de cinema (111)

Realização: Pawel Pawlikowski



Sinopse
Polónia, 1962. Anna é uma bonita jovem de 18 anos que irá em breve celebrar os votos definitivos para se tornar freira no convento onde vive enquanto órfã desde criança. A madre obriga-a, no entanto, a conhecer antes a única familiar viva, a tia Wanda. Juntas, as duas mulheres embarcam numa viagem à descoberta de si próprias e do passado que têm em comum. Anna descobre que é judia e que o seu verdadeiro nome é Ida. Esta revelação leva-a a dar início a uma jornada para desvendar as suas raízes e confrontar a verdade sobre a sua família. Ida terá de escolher entre a sua identidade biológica e a religião que a salvou dos massacres provocados pela ocupação Nazi na Polónia. E Wanda terá de confrontar as decisões que tomou durante a guerra quando optou por colocar a lealdade à causa, à frente da sua família. (sapocinema)

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 19 de julho de 2014

Há muitos anos que percebi para que lado andas virado, oh Costa!



(...) A discussão sobre a política de alianças veio para ficar na campanha interna do PS e António Costa, depois de ter dito que era um sinal de "fraqueza" do PS abrir esse debate, explicou com mais detalhe, na Quadratura do Círculo, na SIC-Notícias, qual será a sua estratégia se vencer as primárias no PS. O candidato recusou uma aliança com Passos Coelho, mas não fechou a porta "a outro PSD".



Sendo sábado, temos música (216)



Como Se Faz Um Canalha


Conheci-te ainda moço
Ou como tal eu te via
Habitavas o Procópio
Ias ao Napoleao
Mas ninguém sabia ao certo
Como se faz um canalha
Se a memória me nao falha
Tinhas o mundo na mao
Alguma gente enganaste
(A fé da muita amizade
Tem também as suas falhas
Hoje fazes alianças
A bem da Santa Uniao
Em abono da verdade
A tua Universidade
Tem mesmo um nome: Traiçao
Um social-democrata
Nao foge ao Grao-Timoneiro
Basta citar o paleio
O major psicopata
Já sao tantos namorados
Só falta o Holden Roberto
Devagar se vai ao longe
Nunca te vimos tao perto
Nunca te vimos tao longe
Daquilo que tens pregado
Nunca te vimos tao fora
Da vida do Zé Soldado
Ninguém mais te peça meças
No folgor dos gabinetes
Hás-de acabar às avessas
Barricado até aos dentes
És um produto de sala
Rasputim cá dos Cabrais
Estas sempre em traje de gala
A brincar aos carnavais
Nos anais do mundanismo
A nossa história recente
Falará com saudosismo
Dum grande Lugar-Tenente
Sao tudo favas-contadas
No país da verborreia
Uma brilhante carreira
Dá produto todo o ano
Digamos pra ser exacto
Assim se faz um canalha
Se a memória nao me falha
Já te mandei prò Caetano.
Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Caldo entornado

Por Aurélio Santos, no jornal «Avante!»
Consta que o velho Ford um dia irritado com as reivindicações dos seus trabalhadores ameaçou que os despediria e os substituiria por máquinas.
Um sindicalista não resistiu e respondeu: – o senhor vai então ter outro problema para resolver que é descobrir como vai vender os seus carros às máquinas.
Verdade ou não, o facto é que Henry Ford defendia que os seus trabalhadores deveriam ganhar o suficiente para poder comprar os carros que ele próprio vendia.
Chegados à década de 80 um actor de 2.ª categoria, Ronald Reagan, a Sra. Thatcher e o seu inestimável mentor, o economista liberal Friedmam descobriram o ovo de colombo – «não era preciso continuar a pagar aos trabalhadores o suficiente para consumirem, bastava pagar-lhes o necessário para que estes pagassem as prestações do que iriam passar a consumir a crédito».
A massificação do crédito permitia por um lado comprimir mais facilmente os salários e por outro desviar uma parte desses mesmos salários para o sacrossanto império do capital financeiro, que através dos juros dos empréstimos abocanhava uma generosa fatia desses salários.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Boa gente, bons gestores, bons currículos e bons negócios.

(...) A venda da HPP - Hospitais Privados de Saúde, a holding da Caixa Geral de Depósitos para o sector da Saúde, aos brasileiros da Amil por 85,6 milhões de euros foi feita à pressa e por cerca de metade do seu valor. Quem o diz é o Tribunal de Contas (TC) numa auditoria à execução do contrato de gestão do Hospital de Cascais, entre 2008 e 2012, um dos projectos em modelo de parceria público-privada (PPP).

BRICS ABALAM MONOPÓLIO DO FMI E DO BANCO MUNDIAL



Por Luís O. Nunes, Fortaleza, em Jornalistas Sem Fronteiras

Os BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África – criaram em Fortaleza o seu banco internacional, o Novo Banco para o Desenvolvimento (NBD), e um Fundo de Reserva para fazer frente aos efeitos das tempestades financeiras. O FMI e o Banco Mundial deixaram de estar sós no mundo, de funcionar como um monopólio para impor práticas políticas e económicas em todo o planeta a pretexto da concessão de empréstimos e “ajudas”.
“As instituições de Brentton Woods levaram o maior abanão da sua história com a decisão dos BRICS na sua cimeira de Fortaleza”, nota Francisco de Oliveira Filho, economista especializado na área de Economia Social. “O Banco Mundial e o FMI têm agora verdadeiros rivais, sobretudo se as novas instituições conseguirem ser aquilo que se propõem ser: alternativas para o desenvolvimento, a criação de infraestruturas, o combate à pobreza e às desigualdades e a protecção ambiental”, acrescentou.
A imprensa oficial neoliberal europeia e norte-americana reagiu às notícias de Fortaleza com uma postura caracterizada pelo cepticismo, invocando como problemas inerentes às novas instituições a diminuição da velocidade de crescimento económico dos cinco países, as suas diferenças políticas e económicas e a distância geográfica entre eles.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Emprego/Desemprego

O que nós sabia-mos era que alguém andava a manipular os números do desemprego. Agora sabemos que o Governo «esconde» 162 mil  desempregados na «gaveta» da formação que poderia fazer disparar a taxa de desemprego de 15,1% para os 18,2%.
Infelizmente para todos nós, a realidade nestas matérias continuam a contrariar o optimismo daqueles que, nos aparecem diariamente, nos canais de TV, no papel de "pica-miolos" a dizerem que o desemprego dá sinais de estar a diminuir; a economia está a recuperar, o País está hoje melhor que ontem etc., etc. 
Sentimos nas nossas vidas que nada disto é verdadeiro: cada vez temos mais desempregados nas nossas famílias, e os que têm alguma ocupação é sempre com baixos salários e com enorme precariedade.

Os pobres são cada vez em maior número e, muitos estando no activo, não conseguem ter rendimentos que lhes permita sair da pobreza.

É preciso urgentemente mudar de Governo!
É preciso urgentemente mudar as políticas governativas neste País!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A MATANÇA EM GAZA FAZ PARTE DO NOVO MÉDIO ORIENTE


Sara A. Oliveira, Jerusalém, Martha Ladesic, Nova York, em Jornalistas Sem Fronteiras

A nova fase da intensificação da matança israelita em Gaza  “é pré-fabricada como todas as outras”, não resulta de qualquer acontecimento específico no terreno militar, corresponde a um conjunto de circunstâncias e objectivos que têm interligação com tudo o que está a acontecer no Médio Oriente, segundo as interpretações de numerosas fontes israelitas e palestinianas.
Existem muitas teses circulando na imprensa israelita que pretendem expor uma relação de causa e efeito própria para esta nova operação militar determinada pelo governo de Netanyahu, “mas quase todas elas escondem a leitura global que deve ser feita entre esta ofensiva e aspectos como a criação de um governo de unidade nacional na Palestina e as situações no Egipto, Síria, e Iraque”, segundo Benjamin Stern, professor israelita de ciências políticas.
“A crise entre Israel e Gaza é permanente, faz parte de um conflito por resolver e a sua existência permite criar picos de guerra conjugados com  objectivos estratégicos e acertos tácticos que vai sendo preciso fazer”, explica Stern. “É mais uma vez o que está a acontecer”, diz.
Para o professor Stern, “a crise está mal explicada desde o início através dos mistérios, contradições, omissões e acusações que envolvem o caso de três adolescentes israelitas sequestrados e que apareceram mortos três semanas depois na Cisjordânia, mas isso agora deixou de interessar: a atenção mediática, e logo da opinião pública nacional e internacional, foi transferida e focalizada para a componente militar da punição ao Hamas e correspondente impossibilidade de conviver e negociar com um governo que integra terroristas como os do Hamas”.

domingo, 13 de julho de 2014

Final da copa - Brasil 2014

Alemanha 1-0 Argentina


Cumpriu-se o velho ditado: "são 11 de cada lado, a bola é redonda e no final ganha a Alemanha".
Não ganhou quem eu gostaria, mas enfim; ganhou quem marcou.


Uma boa semana para todos.

Pensamento do dia...

...no jogo  de hoje  da final 
Alemanha- Argentina


que seja a ARGENTINA a levantar a taça!   

sábado, 12 de julho de 2014

Sendo sábado, temos música (215)



Cheguei ao fundo da estrada,
Duas léguas de nada,
Não sei que força me mantém.
É tão cinzenta a Alemanha
E a saudade tamanha,
E o verão nunca mais vem.
Quero ir para casa
Embarcar num golpe de asa,
Pisar a terra em brasa,
Que a noite já aí vem.
Quero voltar
Para os braços da minha mãe,
Quero voltar
Para os braços da minha mãe.

Trouxe um pouco de terra,
Cheira a pinheiro e a serra,
Voam pombas
No beiral.
Fiz vinte anos no chão,
Na noite de Amsterdão,
Comprei amor
Pelo jornal.
Quero ir para casa
Embarcar num golpe de asa,
Pisar a terra em brasa,
Que a noite já aí vem.
Quero voltar
Para os braços da minha mãe,
Quero voltar
Para os braços da minha mãe.

Vim em passo de bala,
Um diploma na mala,
Deixei o meu amor p'ra trás.
Faz tanto frio em Paris,
Sou já memória e raiz,
Ninguém sai donde tem Paz.
Quero ir para casa
Embarcar num golpe de asa,
Pisar a terra em brasa,
Que a noite já aí vem.
Quero voltar
Para os braços da minha mãe


Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A destruição do SNS pelo governo

Por Eugénio Rosa, em resistir.info
Numa altura em que os médicos recorreram à greve para defender o SNS e os seus direitos, interessa recordar (até para que possa ficar claro para todos portugueses a razão da luta dos médicos), a forma como este governo, através do seu ministro da saúde, tem procurado destruir, de uma forma silenciosa, o SNS, através de cortes brutais no seu financiamento e no dos hospitais públicos. Ao mesmo tempo que faz isto tem-se revelado um " mãos largas " no financiamento dos grupos económicos privados (Espírito Santo Saúde, José Mello e o grupos brasileiro AMIL que adquiriu os Hospitais Privados à CGD, quando o governo privatizou a área de saúde da "Caixa") grupos esses que já controlam uma parte importante do serviço público de saúde.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

ARREPIANTE


Fascismo silencioso

Por Anabela Fino, no jornal «Avante!»
O fantasma do fascismo paira sobre a Europa. Embora seja impossível determinar o momento em que começou a manifestar-se, é um facto que os atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001 nos EUA abriram a porta à imposição de legislação altamente restritiva da liberdade e dos direitos dos cidadãos naquele país e em todo o espaço europeu. Veio depois a «crise», também com origem no outro lado do Atlântico, com as consequências que se sentem deste lado. De súbito os trabalhadores e os povos da Europa ficaram a saber que viviam «acima das suas possibilidades», por isso se entendendo o trabalho com direitos, a habitação, o direito à saúde, à educação, à protecção social. Em menos de uma década registou-se uma regressão civilizacional tal que a expressão «escravatura do século XXI» entrou no vocabulário do velho continente.
Formalmente, claro, a democracia existe, mas a par da destruição paulatina de direitos elementares – apresentada sob a forma de «inevitáveis reformas estruturais» – sucedem-se casos de inegável matriz fascista. É o que se está a passar com a perseguição aos sem-abrigo, transformados em «inimigo público» a abater, não com a resolução das causas que lhes dão origem, mas escorraçando-os da sociedade. O caso extremo é o da Hungria, onde com a chegada ao poder da extrema-direita a escalada para a criminalização dos sem abrigo aumentou exponencialmente; dormir na rua é punido a nível nacional com multas e penas de prisão. O exemplo húngaro está longe de ser caso único. Em Liége, na Bélgica, mendigar tem horário, não podem estar mais de quatro mendigos na mesma rua e há espaços rigorosamente proibidos, como cruzamentos ou entradas de edifícios públicos, casas, empresas... Quem é apanhado três vezes em prevaricação é preso. Barcelona, Madrid, Roma, Verona enveredaram pelo mesmo caminho. Por uma questão de «higiene», como diz o presidente de Verona, eleito pelo partido da extrema-direita anti-imigração Liga do Norte.
Segundo o jornal The Guardian, que fez as contas, há na Europa 11 milhões de casas vazias e cerca de 4,1 milhões de sem abrigo, mas isso não interessa nesta história do fascismo silencioso que a direita está a escrever. Pensar que isto não nos diz respeito seria um erro trágico. Como diria Brecht, eles começam sempre por qualquer lado.

É HOJE!!




BORA LÁ TODOS! Dar mais um puxão na corda!





quarta-feira, 9 de julho de 2014

Capas de jornais (73)

Alemanha 7-1 Brasil
 

Mais palavras para quê!

Uns (muitos), com este resultado ficaram tristes; outros (muitos), ficaram alegres.

Depois de se arrumarem as bandeiras e os equipamentos para próximos entusiasmos, fica a Vida para viver, O Trabalho para fazer e a Família para governar.








terça-feira, 8 de julho de 2014

Para memória futura

Repórter TVI: a verdade sobre os incêndios onde morreram 8 bombeiros.

RUSSOS EM BAGDADE, OBAMA COM O TERRORISMO ISLÂMICO

O "califado" a tracejado (imagem RTP)

Por Charles Hussain, Beirute, em Jornalistas sem Fronteiras

Os sinais de que meios militares russos e iranianos estão a ser utilizados no apoio ao exército iraquiano para combater a ofensiva dos fundamentalistas do Exército Islâmico, que acaba de criar um “califado” nas regiões sob seu controlo, confirma que os Estados Unidos e Israel estão por detrás do processo do desmembramento do Iraque.
“Depois dos discursos iniciais de que tudo estava em aberto, o que se observa é uma complacência absoluta dos Estados Unidos perante o que aqueles a quem chama ‘os mais ferozes terroristas islâmicos’ fazem no Iraque”, afirma Husseini Farag, professor universitário em Beirute, embora com origem egípcia. “Isto só pode dizer uma coisa: cumplicidade”, denunciou.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Onze das melhores escolas primárias vão fechar

Veja lá se consegue perceber esta...!
Ministro disse que critério é "dar melhores condições de educação e sociabilização aos alunos", mas das 311 escolas a encerrar há 11 no top 100 na média dos exames

Restaurante do Parque Eduardo VII foi entregue pela câmara a uma empresa sem actividade

Concessão daquele que veio a ser o restaurante Eleven foi ganha em 2001 por uma empresa que se registou nas Finanças na véspera do concurso. Empresa pertencia a dois filhos de um ex-ministro e ex-grão mestre da Maçonaria. Concorrentes preteridos eram dois grandes empresários de restauração.

Por José António Cerejo, no jornal Público

domingo, 6 de julho de 2014

Hoje pode ser dia de cinema (110)

Realização:  Frank Coraci


Sinopse
À primeira vista, Lauren e Jim parecem ter muito em comum, mas depois de um desastroso primeiro encontro estão de acordo em apenas uma coisa: nunca mais se voltarem a ver. No entanto, uma inesperada viagem a um resort na África do Sul vai colocar as famílias de ambos no mesmo caminho e não será fácil sobreviverem uma à outra. (sapocinema)

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 5 de julho de 2014

Sendo sábado, temos música (214)


Flagrante

Bem te avisei, meu amor
Que não podia dar certo
E que era coisa de evitar
Como eu, devias supor
Que, com gente ali tão perto,
Alguém fosse reparar
Mas não!
Fizeste beicinho e,
Como numa promessa,
Ficaste nua p'ra mim
Pedaço de mau caminho
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te disse que sim?
Embora tenhas jurado
Discreta permanecer
Já que não estávamos sós
Ouvindo na sala ao lado
Teus gemidos de prazer
Vieram saber de nós
Nem dei pelo que aconteceu
Mas mais veloz e mais esperta
Só te viram de raspão
A vergonha passei-a eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão
Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Ele não é o Presidente de todos os portugueses

(imagem tirada do Google)
(...)Já é uma tradição de Belém - sempre que um português se distingue ou é galardoado com um prémio, sobretudo no plano internacional, a Presidência envia uma mensagem de felicitações, da qual dá nota pública. Esta semana a regra teve uma excepção. O anúncio chegou na segunda-feira: o fadista Carlos do Carmo foi distinguido com um Grammy, o maior e mais prestigiado prémio da indústria discográfica, nunca atribuído a um português. De Belém, nem uma palavra.  
(aqui)

quinta-feira, 3 de julho de 2014

COMEDIANTE BEPPE GRILLO JUNTA-SE AO NEOFASCISMO


Por Pilar Camacho, Estrasburgo, em Jornalistas Sem Fronteiras

Os 17 eurodeputados do Movimento Cinco Estrelas do comediante italiano Beppe Grillo juntaram-se ao Grupo Europa da Liberdade e da Democracia Directa (GELDD), expressão organizada do neofascismo no Parlamento Europeu.
“Caíram por terra todas as ilusões que pudessem existir quanto à frescura, inovação e poder contestatário deste movimento”, comenta Stefano Gualdieri, funcionário parlamentar italiano.
O Movimento Cinco Estrelas representa a segunda maior força do grupo, que assenta sobretudo nos 24 eleitos dos neofascistas britânicos designados Partido da Independência do Reino Unido (UKIP na sigla anglo-saxónica), organização xenófoba de Neil Farage que combate a imigração no Reino Unido.
“Não sei se o Cinco Estrelas poderia ter escolhido melhor ou se encaixa exactamente onde deve estar: assim demonstra que os seus conceitos ‘anti política’, ‘anti sistema’ ou ‘anti corrupção’ são aspectos variados de um mesmo populismo com que se pretendem disfarçar velhos e novos fascismos”, afirma ainda Stefano Gualdieri.

Maria Luís

Por Henrique Custódio, no jornal «Avante!»
Maria Luís Albuquerque, com o seu ar de colegial madura, assomou aos microfones do País para informar que ascende às centenas de milhões de euros a verba a que «o chumbo» do TC «irá forçar o Governo» a «encontrar alternativa», acrescentando, com a prosápia dos illuminati, que «essa alternativa só pode ser por via de mais impostos ou de mais cortes».
Infelizmente, não a vimos assim tão expedita quando foi chamada a explicar os swap que subscreveu na REFER – e, radicalmente, se escusou a fazê-lo, perante uma Comissão de Inquérito da AR –, nem assim tão altiva, quando aceitou substituir um ministro a quem assessorava e seguia como deus ex maquina, disponibilizando-se a prosseguir uma política que o próprio ministro Gaspar declarara errada o suficiente para lhe impor a demissão...
Esta génia instantânea das Finanças (mais uma) formou-se na Lusíada (também mais uma), onde foi professora e deu aulas a Pedro Passos Coelho, relação que frutificou, como está à vista. Profissionalmente, andou sempre nos meandros das Finanças onde, além de subscrever as famosas swap numas incursões às empresas públicas REFER e Estradas de Portugal (nesta última como técnica do IGCP), conduziu ainda a privatização da EDP em Julho de 2013, mesmo a tempo de o seu marido, o jornalista António de Albuquerque, arranjar uma «consultadoria» nessa EDP frescamente privatizada.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Capas de jornais (72)


Parabéns ao Carlos do Carmo por este prémio merecido (a celebrar 50 anos de carreira), e que a voz nunca lhe doa para continuar a transmitir as emoções, os sentimentos e o melhores valores Humanos que, ao longo da sua vida nos tem oferecido através daquilo que é a sua profissão. Cantar.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Zona euro. Banca ignora BCE e mantém cortes no crédito ao sector privado

Por António Ribeiro Ferreira, no jornal «i»

Além de o crédito ter diminuído em Maio, a inflação prevista para Junho mantém-se nos 0,5%, muito longe do tecto de 2% da zona euro 

O ano da grande retoma económica da zona euro está a revelar-se um rotundo fracasso e os riscos de uma enorme recaída estão a aumentar. Em primeiro lugar, o crédito da banca europeia às empresas e às famílias continuou a cair em Maio, com o Banco Central Europeu confiante de que a situação se altere em Junho por efeito das medidas anunciadas no dia 5 do mês passado, não só o corte na taxa de juro directora para 0,15%, como a penalização dos depósitos dos bancos no BCE e a injecção de 400 mil milhões de euros na banca europeia. Mas com os testes de stresse à porta, a banca ignora a economia e faz tudo o que pode para passar nos exames rigorosos do banco liderado por Mario Draghi. E a realidade não engana. A concessão de empréstimos ao sector privado na zona euro contraiu 2% em Maio, em termos homólogos, mais duas décimas que em Abril, anunciou ontem o Banco Central Europeu. Segundo o BCE, esta contracção resultou da redução dos créditos às famílias, apesar da desaceleração da queda dos créditos às empresas nalguns países.