domingo, 2 de agosto de 2009

Um homem enigmático


Fez no passado dia 31 de Julho, oito anos, que faleceu Francisco da Costa Gomes.
Foi Presidente da República de 1974 a 1976, precedido por António de Spínola e sucedido por António Ramalho Eanes.
Figura que Abril gerou,bastante enigmático e que ainda hoje continua a inquietar os mais variados historiadores, pela forma como conseguiu exercer o cargo de Presidente da República,durante momentos tão conturbados da revolução dos cravos,que, como alguém o descreveu um dia - foi demasiado neutro para ser interveniente e demasiado interveniente para ser neutro.
Assumiu a Presidência da República por nomeação da Junta de Salvação Nacional,na sequência da renuncia de António de Spínola em 30 de Setembro de 1974.Cargo que ocupou até 27 de Junho de 1976,sendo sucedido por António Ramalho Eanes eleito, nas primeiras eleições livres para o cargo de Chefe de Estado de Portugal depois do 25 de Abril de 1974.
Quando da sua morte,houve logo grande coro de elogios o que contrastou com o quase esquecimento a que foi submetido durante os últimos anos da sua vida,o que confirma aquela regra muito portuguesa de que « depois de mortos todos fomos muito bons ».

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