quarta-feira, 31 de março de 2010

Negócios

Chegam hoje notícias da Alemanha que são demonstrativas de como representantes do governo lá fora fazem negócios para o Estado.
Ainda há pouco tempo eram notícias do mesmo género vindas de Inglaterra sobre Alcochete que ainda hoje não se sabe em que situação é que isso está.
Agora, é o anunciado cônsul honorário de Portugal que terá recebido 1,6 milhões de euros de uma empresa (Man Ferrostaal) na ajuda à compra de dois submarinos para Portugal.
Naturalmente que, ter o deficit controlado, deverá ser uma preocupação do governo no sentido de transmitir-mos uma imagem credível aos investidores no nosso País, mas depois borra-se a pintura toda com estes acordos, sobre com quem fazer negócios com Portugal.
Precisamos urgentemente de colocar gente séria, nos negócios do Estado.

terça-feira, 30 de março de 2010

Joaquim Benite



Joaquim Benite, director da Companhia de Teatro de Almada, foi condecorado, no dia 26 de Março, pelo Presidente da República, Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Em 1971, em Lisboa, o Grupo de Teatro Campolide, sobre a direcção de Joaquim Benite, inicia a sua actividade.
A partir de Janeiro de 1978, o Grupo instalou-se em Almada, no teatro da Academia Almadense e em 1988, após dez anos de actividade teatral intensa no concelho, a Companhia, convidada pela Câmara de Almada, torna-se residente do Teatro Municipal de Almada, onde se encontra para apresentar, a partir de 8 de Abril e até dia 2 de Maio, a peça TUNING de Rodrigo Francisco, ensaiada por Joaquim Benite.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Instabilidade

Nos cafés, nas paragens dos transportes, nos locais onde as pessoas se juntam a conversar, só se ouve dizer uns para outros: «Será que quando chegar a minha vez, ainda vai haver dinheiro para a minha reforma?» Eu, como muitos economistas, onde destaco o Eugénio Rosa, penso que entre todos os sistemas conhecidos, a Segurança Social ainda é o que mais garantias oferece. Agora também penso, que a continuar-mos com estas políticas de por a Segurança Social como o "chapéu" do regime, a resolver com as suas verbas o problema da competitividade das empresas, sustentar planos anticrise, etc, etc. E, sendo cada vez mais baixo o patamar dos vencimentos e os descontos para a (SC) a serem feitos, na base dos vencimentos e não nos lucros que as empresas têm - o que daria um aumento significativo das receitas-corremos o risco de andarmos permanentemente com as «calças na mão» na dúvida se haverá ou não dinheiro para pagar as reformas aos que estão na reforma e às pessoas que estão neste momento a trabalhar mais longe da idade da reforma.
Claro que as políticas que os governos têm desenvolvido nesta matéria, vêm provocando este mau estar nas pessoas, agravado com as recentes medidas do PEC, é naturalmente compreensível que todos os dias seja notícia, o grande número de pessoas a meter os papéis para a reforma (prejudicando assim o normal funcionamento dos serviços por não serem substituídos) ainda que nalguns casos com grandes penalizações.
É urgente mudar de política ( por muitas outras razões mas também por esta), uma vez que se anuncia para breve, a saída em massa com reformas antecipadas, de profissionais como professores, médicos e muitos outros dentro da Função Pública.

sábado, 27 de março de 2010

Sendo sábado, temos música.

Gigliola Cinquetti a cantar -Dio, come te amo-1966 no filme com o mesmo nome.



Quando a televisão era a preto e branco e só havia aparelhos de televisão em alguns cafés e Sociedades Recreativas, as músicas e notícias que chegavam ás nossas casas vinha através do rádio, quando havia dinheiro para as pilhas.
As músicas eram estas e as notícias eram: A Guarda Fiscal apanhou junta à fronteira, dois contrabandistas com 15kg de café que iam para Espanha.
Partiu ontem de Lisboa,mais um barco com um Batalhão de Cavalaria e duas Companhias de Sapadores Independentes com destino à Província Ultramarina de Angola.
A Guarda Civil Espanhola prendeu ontem um grupo de portugueses que iam a "salto" (sem documentos), para França, etc, etc.
Foram tempos brutais para a maioria dos portugueses esses anos 60/70 até Abril de 74.

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A mentira

De facto, parece que muita, mesmo muita gente, já reconheceu que foi mais uma vez enganada na última campanha eleitoral que o PS fez.Ou seja: O partido socialista apresenta em campanha um programa eleitoral de governação, o qual, será imediatamente rasgado assim que o partido formar governo passa a fazer precisamente o contrario do que vinha escrito no programa. Ora isto tem um nome; chama-se vigarice, chama-se não ter sentido de Estado, chama-se ao fim e ao cabo não ter o mínimo de respeito pelos portugueses. Aliás, isto... é, o que o PS tem feito desde o tempo do Mário Soares, quando resolveu meter o Socialismo, que dizia defender na gaveta e que, por lá ficou até hoje, não me parecendo que alguma vez de lá volte a sair, pelas mãos destes dirigentes Socialistas.
É urgente perguntar a estes senhores que se dizem e proclamam socialistas, o seguinte:
Então onde é que estão os mais e melhores apoios sociais?
Então onde é que está os aumentos progressivos dos salários?
Então onde é que está o tal pacote de investimentos Públicos?
Então onde é que está o tão referido combate às desigualdades sociais?
Então onde é que está o reforço do sistema público da segurança social,de modo a garantir a protecção na velhice, invalidez, doença ou desemprego?
Então onde é que estão as medidas temporárias de apoio social anticrise?
Então onde é que está o novo apoio público às famílias trabalhadoras com filhos?
Então onde é que está o não aumento de impostos?
Claro que não estão em lado nenhum essas promessa feitas em tempo eleitoral, antes pelo contrário, com o PEC ontem aprovado, onde todas estas e outra promessas são rejeitadas, a vida dos portugueses não vai ter dias fáceis, antes se avizinham tempos duros, com muita luta para mudar este futuro cinzento que nos querem impor e que não tem que ser sempre assim.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Solidariedade

Somos de facto um povo com um coração enorme, sempre disponíveis nos apoios solidários quando convocados para tal.
Vem isto a propósito, de uma situação verificada por mim há dias junto de uma caixa de pagamento de uma loja numa superfície comercial.
Já toda a gente foi confrontada com a pergunta no acto de pagamento, se pretende arredondar a conta para auxílio às vitimas da Madeira. Foi o que aconteceu também com uma senhora que estava à minha frente na fila para pagar as compras que tinha efectuado e, espanto meu ou talvez não, a senhora disse que sim e duma conta que seria de oito euros e pouco, entregou uma nota de dez euros e mandou ficar com resto para as vítimas da Madeira. Bom, eu não sei se este tipo de atitude será muito frequente ou não, mas aquele gesto daquela senhora que até não aparentava viver desafogadamente, marcou-me para aquele dia, no sentido de concluir que, de facto, somos um povo com um grande sentido de ajudar sempre, quem de alguma forma se apresente com muitas dificuldades na vida. Apreciei também o facto (numa forma errada), de a senhora ter deixado a sua contribuição, sem perguntar nada; Nem como é que aquele dinheiro chegaria à Madeira, nem quem será o responsável ou responsáveis por o juntar e distribuir, nada. Quando chegou a minha vez, aconteceu o mesmo e, quando fiz este tipo de perguntas à menina da caixa, ela nada soube responder, disse apenas que a tinham instruído para aquela pergunta e efectuar a operação conforme a vontade do cliente.
Julgo que neste momento ninguém sabe o valor que os portugueses já contribuíram por esta forma e todas as outras anunciadas para esta causa, mas esperamos todos que, apesar de todas as atoardas que o Sr. Alberto João tem dito sobre os portugueses do Continente, a reconstrução da Madeira esteja a ser feita com critérios de justiça social e que desta vez sejam respeitados os estudos das entidades competentes, feitos já no passado (aos quais o Governo Regional não passou cartão) e ás propostas dos partidos da oposição no sentido de não serem feitas mais construções em leitos de ribeiras e outras asneiras de género.
Vamos acreditar que pelo menos desta vez assim será.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Parlamento

Na trapalhada do negocio do Magalhães, o presidente executivo da Vodafone, António Coimbra, foi ontem à comissão de inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), dizer que afinal a Vodafone perdeu dinheiro com o negócio e que o portátil Magalhães eram o único que reunia condições para o efeito, blablablabla, etc,etc.
Conclusão; Com este tipo de comissões, a funcionarem assim... fico com a ideia de que as conclusões finais vão ser as mesmas de sempre, ou seja: Está tudo bem e uma vez mais se prova que o governo fez um bom trabalho. Pese embora, uma ou outra contradição como foi aquela em que o ex-ministro Mário Lino, disse que, a referida fundação tinha sido feita por iniciativa das operadoras e António Coimbra disse ontem que tinha sido por proposta do Governo. E pronto! "Tudo vai continuar como dantes no quartel de Abrantes".
Assim, com estes procedimentos, ficará sempre a nossa Democracia mais fraca porque neste País nada se consegue saber verdadeiramente e o que se sabe, não tem consequências políticas, nem outras.

terça-feira, 23 de março de 2010

Trabalho

A maioria da oferta de trabalho colocada nos Centros de Emprego é por agências de trabalho temporário, diz a CGTP ao jornal DN hoje.

(...)"Não se pode dizer, com ligeireza, que as pessoas não querem trabalhar, o problema é que não há empregos com o mínimo de qualidade, e entre abandonarem o subsídio e irem para um emprego que já sabem que é precário e mal pago, não o fazem", sustenta o sindicalista. Ao aceitar-se um trabalho precário pior remunerado que o anterior - e se voltar ao desemprego alguns meses depois -, o subsídio subsequente já terá um valor menor, na medida em que a percentagem dos 65% será calculada sobre uma base salarial menor. No caso de as contribuições não reunirem o mínimo legal de meses, o acesso à prestação é mesmo vedado.
Informação do sindicalista Arménio Carlos ao referido jornal.

Claro que esta não é a "verdade" que o governo apregoa, para eles... São as pessoas no desemprego que não querem trabalhar porque o subsidio de desemprego é muito generoso.

Gostaria de ver a atitude do Sr. Ministro das Finanças numa situação de desemprego a ter que aceitar ir trabalhar para um lugar qualquer através de uma empresa de trabalho temporário pago conforme trabalho a desenvolver e onde o valor horário fosse cinco ou mais vezes inferior ao anterior.
Diria certamente; aqui, Del-Rei!!! Não foi para isto que eu fui Ministro. Mas foi, para isto... e infelizmente muito mais.





segunda-feira, 22 de março de 2010

Perdão fiscal

Parece que o Governo deste País prepara a saída de um perdão fiscal aos empresários que colocaram o dinheiro em offshores.
Ora aí está mais um grande favor aos senhores afortunados e especuladores, deixando assim bem vincado o sentido de classe destes senhores desgovernantes que ainda por aqui vão andando a tirar as últimas migalhas aqueles a quem a subsistência vai sendo uma miragem.
Temos que ficar indignados uma vez mais com este tipo de medidas-salvadoras-não -sei- do-quê! Como disse há dias o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, na Marinha Grande: " Esses paraísos fiscais servem, entre outras coisas, para as grandes fortunas e grande capital financeiro fugirem ao fisco. Não se trata de premiar os infractores com tal proposta, mas permitir que vingue a ideia de que o crime compensa".
É exactamente assim que eu vejo esta questão.
É um escândalo quando se anuncia no PEC "a manutenção do valor nominal das prestações não contributivas" o que quer dizer que nem as pensões mínimas ( pensão mínima 246,36€; pensão social 189,52€; pensão rural 227,43€) serão aumentadas, se venha com estas medidas de perdão fiscal a quem "fugiu" com o dinheiro do nosso sistema para não pagar os impostos.

domingo, 21 de março de 2010

Dia Mundial da Poesia

Hoje, comemora-se o Dia Mundial da Poesia, o Ponta Esquerda associa-se a este dia , deixando aqui um poema de Eugénio de Andrade.

Passamos pelas coisas sem as ver

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

Eugénio de Andrade

Um bom domingo para todos com muitos poemas.

sábado, 20 de março de 2010

Sendo sábado...



Hoje o dia acordou cinzento, vamos ficar cara a cara e recordar o primeiro beijo.

Bom sábado, boas notícias e claro, boa música.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Crise


«Um terço dos doentes crónicos admite que não compra remédios receitados pelo médico por falta de dinheiro, com maior ou menor frequência. Com um gasto médio mensal de 62,31 euros em medicamentos, mais de metade considera que esta factura representa um peso elevado ou muito elevado no seu orçamento familiar.»

Isto vêm hoje relatado no jornal Público, como resultado de um estudo agora divulgado que foi coordenado pelos Sociólogos: Villaverde Cabral e Pedro Alcântara da Silva do Instituto de Ciências Sociais.

No mesmo estudo é referido ainda ( aquilo que infelizmente todos nós sabemos menos o Governo), que uma grande parte da população não têm dinheiro para consultas no dentista nem para a compra de óculos. E muito mais, digo eu.

Qualquer dia, se entretanto nada for feito, Portugal será certamente um País de desdentados e cegos.

Liga Europa

Sporting-A. de Madrid 2-2
Ontem fui deitar-me com o coração cansado.

O. de Marselha-Benfica 1-2
Parabéns a todos os benfiquistas pelo brilhante resultado do seu Benfica em Vélodrome.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Desgovernar

Continua a ser notícia o famigerado PEC que, segundo consta, transformou numa alegria enorme este desgoverno que ainda por cá vai andando, a governar alguns e a desgovernar a maioria dos portugueses.

O Ministro da Economia ( o tal que tem andado desaparecido), veio agora com pompa e circunstância, anunciar que através de um plano de investimento no sector da Energia vai criar uma porrada de postos de trabalho. Etc, etc. É curioso que este plano apareça só agora, numa altura em que toda a gente começa a tomar consciência do que de mau vai ser o seu dia-a-dia com o tal PEC e, não tivesse sido anunciado quando se calculou o valor do PIB para 2010. Bom, mas as razões são do Governo e ele não as diz.

Há de facto em todo este processo, uma grande trapalhada e a meu ver ( esta ideia do Ministro da Economia), é mais uma nuvem de poeira lançada sobre a população que terá rapidamente que acordar para as lutas que se avizinham, para que estas políticas não vão em frente, e que sejam alteradas onde as dificuldades para fazer face á crise sejam igualmente distribuídas por todos em geral e não apenas (como pretende o Governo), pelos mais pobres, sacrificando assim continuamente, todos aqueles que indiciam já nada ter e que são em Portugal a maioria.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mistério



Diziam-me hoje no café que este fim de semana, na localidade de Mafra, quando um orador no uso da palavra, pediu para lhe trocarem a água por um copo de vinho, a laranjada transformou-se em rolha.
Mistério ou talvez não!
Eu também acho que algumas "laranjas" em Portugal andam muito encortiçadas e improprias para consumo.

Adenda: Afinal, parece que esta sena é do congresso do PSD.

sábado, 13 de março de 2010

Sendo sábado, temos música.



Hoje escolhi os Xutos & Pontapés, para nos dizerem algo que julgo certo.

...Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar...


Bom sábado com boas notícias e boas músicas.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Hoje

Ao que se anuncia, hoje é dia de votação do Orçamento do Estado na Assembleia da República.
Quando é anunciado que 85% da redução do défice nos próximos anos vai ser feita à custa de cortes na despesa e nos subsídios sociais, e que 15% será do aumento das receitas fiscais. È claro que, uma vez mais ficarão os portugueses, na sua grande maioria, mais pobres, mais tristes e com maiores dificuldades no seu dia-a-dia com a aprovação em votação final global esta tarde do já referido orçamento.
Foi uma semana arrasadora: Ela foi OE, foi PEC, foi Teixeira dos Santos a dizer baboseiras como a que disse sobre o financiamento do poder local, foi uma semana com tanta coisa má que chegados aqui, apenas nos resta a esperança que um dia virá com novas políticas (que não seja só a política do capital), mais justas, mais capazes para todos nós.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Assiduidade

Depois de dois dias com problemas com o meu fornecedor do serviço de Internet,o qual me impossibilitou de passar por aqui, inicio hoje nova etapa a qual espero que me permita mais assiduidade nesta tarefa.
Um bom dia para todos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

Em homenagem à mulher, um poema de António Gedeão

Calçada de Carriche

Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.

Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas,
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu da sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada;
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce a calçada,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga.
Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

António Gedeão

sexta-feira, 5 de março de 2010

Os números

Ontem ao fim do dia tivemos mais uma demonstração de falta de rigor e respeito deste governo pelos portugueses quando apareceu na comunicação social um Sr. Gonçalo Castilho-Secretário de Estado da Administração Pública-a dizer que «segundo os dados do governo a greve na função pública tinha tido uma adesão de apenas 13%».
Quem necessitou de ir aos hospitais, quem pretendeu por os filhos nas escolas,quem se dirigiu aos serviços das repartições públicas e quem teve de ficar com o lixo à porta de casa, sabe que aqueles números não podem ser verdadeiros e que apenas vêm contribuir para confundir alguns portugueses,que apesar de tudo,acham que estes senhores com tiques de vendedores de meia-tigela ainda se podem ouvir.
Por mim, acho que os governantes deste País, já perderam a perspectiva e o sentido da coisa Pública. Tratam os portugueses como tolos e como tal, há que dar-lhes papas e bolos.
Não é com esta tripulação... que vamos conseguir levar o barco a bom-porto.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Greve

Hoje é dia de luta na Função Pública.

Pela primeira vez desde 2007 que os sindicatos da CGTP-IN e UGT se juntam para fazerem greve.
O congelamento dos salários, a nova penalização das pensões para os funcionários públicos, apresentado pelo Governo no orçamento para 2010, juntamente com a precariedade laboral, leva a que hoje os trabalhadores estejam em greve.

Esperamos que o Governo deste País tenha vontade politica para ouvir os trabalhadores.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Poesia

Realizou-se ontem ao fim da tarde na Casa Fernando Pessoa, um Recital de poesia integrado na Semana Cultural das Ilhas Baleares a cargo de vários poetas de língua e cultura catalã, numa excelente organização da Associação Catalunyapresenta.
Foi um resto de dia e principio de noite bem passado, onde tive o prazer de estar presente, assistindo ao recital e convivendo com grandes nomes da cultura e da poesia catalã. É sempre um prazer muito grande ter entre nós poetas como: Ponç Pons, Miquel Cardell, Gabriel Sampol, Antoni Xumet, Manel Marí, Clara Fontanet e Nora Albert entre outros.
Foi de facto um momento cultural muito grande, espero contudo que em anos próximos eventos destes, se venham a repetir.