sábado, 30 de junho de 2012

Sendo sábado, temos música (130)





Lagrimas Negras
Buena Vista Social Club



Aunque tu, me has echado en el abandono
aunque tu, has muerto todas mis ilusiones
y en vez, de maldecirte con gusto en coro
en mis sueños te colmo,en mis sueños te colmo
de bendiciones


Sufro la inmensa pena de tu extravío
siento el dolor profundo de tu partida
y lloro sin que sepas que el llanto mio
tiene lagrimas negras, tiene lagrimas negras
como mi vida

tu me quieres dejar, yo no quiero sufrir
contigo me voy mi santa aunque me cueste morir

Un jardinero de amor, siembra una flor y se va
otro viene la cultiva, de cual de los dos sera

amada prenda querida, no puedo vivir sin verte
porque mi fin es quererte y amarte toda la vida

yo te lo digo mi amor, te lo repito otra vez
contigo me voy mi santa porque contigo moriré

yo te lo digo mi amor, que contigo morire
contigo me voy mi santa te lo repito otra vez

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Indignação

Hoje, na Covilhã (podia ter sido noutro sítio qualquer do nosso País), a indignação dos trabalhadores pela forma brutal como estão a ser tratados pelo Governo, saiu à rua para protestar contra estas políticas que estão a empurrar centenas de trabalhadores diariamente  para  o desemprego e para a miséria.


Roma e Madrid forçam Merkel a ceder


A pressão de Itália e Espanha funcionou e a zona euro aceitou esta madrugada flexibilizar substancialmente o funcionamento dos seus mecanismos de resgate, de uma forma que pode ser decisiva para acalmar as tensões nos mercados da dívida.

Comentário: O título acima está incompleto. Faça-se justiça  e complete-se da seguinte maneira: Roma e Madrid forçam Merkel com Passos Coelho e o seu Governo a ceder.

O inexplicado caso do dinheiro volátil

Por Correia da Fonseca, no sítio «ODiario.info»

O Norberto muito se espanta, e bem mais que isso, muito se indigna, quando agora aparecem na televisão uns senhores bem-falantes e muito sábios a avisá-lo de que pode muito bem acontecer que um dia destes a sua pensão de reforma, alcançada ao cabo de 50 anos de duros trabalhos, não possa ser-lhe paga. Por não haver dinheiro, sobretudo se os senhores Mercados se zangarem. Mas que fez o Estado ao dinheiro que Norberto tão duramente descontou?
Continuar a leitura aqui.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Portugal ficou nas meias-finais.



A Espanha está na final; Portugal perdeu 2-4 nos penáltis depois do 0-0 aos 120 minutos.

Amanhã é dia de emalar a trouxa conferir os euros,  ver se chegam para pagar a conta da estadia e, mandar o pessoal de férias  que bem   merecem.

Horas de vingança

Por Francisco Queirós no sítio «as beiras. pt» no passado dia 21.


O que será que se ensina nas faculdades de Direito sobre a Constituição da República? Que traduz meras recomendações ou que é a lei fundamental do país? A dúvida impõe-se cada vez mais à medida que o texto constitucional se torna letra morta e é sistematicamente violado. As alterações ao Código do Trabalho, agora promulgadas pelo Presidente da República, parecem confirmá-lo. Haverá um Código do Trabalho ou um código de despedimentos, de gestão de precariedades e de normativas da exploração? “É garantida aos trabalhadores a segurança no emprego (…)” (artigo 53.º da Constituição). Que segurança? A dos despedimentos fáceis e baratos, com indemnizações em saldo?
As alterações às leis laborais introduzem bancos de horas, reduzem subsídios de desemprego, retiram dias de férias e feriados, limitam a acção sindical. Na Constituição pode ler-se: “Compete às associações sindicais exercer o direito de contratação colectiva, o qual é garantido na lei” (número 3 do artigo 56.º). É garantido? Na Constituição é, mas à direita e aos grandes patrões interessa liquidar as convenções colectivas pelo que estas consagram ao nível de direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores.
O golpe constitucional promulgado por Cavaco Silva e que teve a anuência da UGT (há resgatados, resgatadores e coadjutores de resgatadores) traduz um enorme retrocesso civilizacional. Aliás, estocadas e golpes à Constituição sucedem-se a um ritmo alucinante. O que se ensinará nas faculdades?
As gerações mais jovens não conhecem a segurança no emprego que o artigo 53.º da Constituição consagra. São muitos os jovens de trinta e muitos anos que só conheceram relações contratuais extremamente precárias. Dizem-lhes que é muita sorte! Dizem-lhes que sempre vão tendo qualquer coisita! Dizem-lhes que emigrem! Dizem-lhes! E insultam-nos a todos! Mas se para os mais jovens já não se aplicavam muitos direitos, liberdades e garantias constitucionais, havia que reduzir ainda mais o que ainda ia sobejando. E assim fez o governo de Portas e Passos Coelho. A culminar, cereja em cima do bolo, o Presidente da República não cumpriu também o seu dever, dever consagrado na mesma dita Constituição que jurou cumprir e fazer cumprir.
Bem vistas as coisas, o que está mal é a tal Constituição, paulatinamente transformada num manual de recomendações. O que está mal são os direitos, as liberdades e as garantias dos trabalhadores e dos cidadãos. Para quê saúde, educação, cultura, segurança social, trabalho ou pão? Regalias e não direitos! Mordomias e não direitos! Luxos e não direitos. Luxúria e não Democracia e Liberdade! Por detrás do plano minucioso de destruição do regime constitucional, da democracia instaurada em Abril de 1974, está esta mentalidade salazarista felicíssima pela oportunidade de à boleia da crise ter a sua hora de vingança! Porém, a história tem muitas e muitas horas!

A realidade não mente

Por Octávio Teixeira, no Jornal  «negócios»



O que era visível desde Março é agora definitivo e não escamoteável: a meta do défice orçamental de 4,5% foi ao ar. Diz o ministro das Finanças que aumentaram os riscos e incertezas quanto ao cumprimento desse objectivo. Não há riscos, há certezas.

Pois é.

A realidade escapa-se a qualquer desejo governamental e confirma o que a teoria ensina e as experiências comprovam: as políticas de austeridade, geradoras de recessão económica, de aumento do desemprego e de redução dos rendimentos, provocam a diminuição das receitas fiscais e contributivas e o consequente aumento do défice e da dívida em percentagem do PIB.

A realidade dos factos corrobora a teoria de que um Governo pode administrar a despesa, mas não consegue controlar o défice. Porque este depende de factores não domináveis por decreto. E por isso a realidade mostra que é estulto eleger o défice orçamental como objectivo estratégico da política macro-económica.

Apesar da brutalidade das reduções salariais e de pensões e dos aumentos de impostos, a realidade põe a nu o completo fracasso da estratégia do Governo. E se é verdade que, como disse Vítor Gaspar, "se o fracasso for certo, não teremos apenas crise, mas antes uma catástrofe", então o desastre está garantido.

Por isso é grave que o Governo teime na recusa de aprender com a teoria e com a realidade. Só a atracção doentia pelo abismo pode justificar que o primeiro-ministro reafirme que o Governo "tem metas e objectivos para cumprir, e vamos cumpri-los". É irresponsabilidade e prenuncia novas medidas de austeridade que, comprovadamente, só podem agravar a situação.

Exige-se senso. É indispensável e urgente mudar este rumo destrutivo que lança o País numa espiral recessiva e de empobrecimento sem fim. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

O roubo dos gravadores

O deputado socialista Ricardo Rodrigues foi condenado a 110 dias de multa de 45 euros por dia, o que perfaz 4950 euros. Rodrigues foi considerado culpado no caso do roubo dos gravadores aos jornalistas da revista Sábado.
Link:

Comentário: O comentário já foi feito aqui.
"Depois de Ricardo Rodrigues ter ficado com os gravadores, foi nomeado para o Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários, e integra, actualmente, a Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, na condição de suplente".

Pode parecer estranho, mas não é!

No universo da bola nem sempre aquilo que parece é.
Por um lado estamos nas meias-finais de um campeonato Europeu de Selecções o que significa que o pior que pode acontecer é ficarmos em quarto lugar. Por outro, internamente existem clubes que desportivamente reúnem condições para disputar no próximo ano os principais campeonatos e por questões económicas ou outras estão sujeitos a não poder participar. 

Em aberto


Por Anabela Fino, no Jornal «Avante!» de dia 21


Caso encerrado. Assim classifica o secretário-geral da UGT, João Proença, a promulgação pelo Presidente da República do Código do Trabalho. Como se se tratasse de uma porta que se fecha deixando para trás um pesadelo. Como se se varresse para debaixo do tapete o lixo incómodo. Como se se apagasse por artes mágicas as provas comprometedoras de um crime hediondo. Como se, uma vez promulgado, o Código do Trabalho – que Proença reconhece ser mau, «nomeadamente por pôr em causa o valor dos salários e do trabalho extraordinário», e por não resolver os «problemas da economia e das empresas» – dali não resultassem quaisquer consequências.
Caso encerrado? Caso encerrado para quem?
Certamente que Proença e a UGT gostariam de pôr uma pedra no assunto, testemunho da sua traição, mais uma, aos trabalhadores portugueses. Gostariam de fazer esquecer que as alterações à legislação laboral resultam do Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, subscrito pela UGT a 18 de Janeiro com o Governo e o patronato, em obediência cega aos ditames do memorando de entendimento assinado por PS, PSD e CDS com a troika estrangeira. Gostariam de apagar da memória dos portugueses o facto dessas alterações terem sido aprovadas na AR por PSD e CDS com a conivência do PS (de que Proença é um dos dirigentes), traduzida na fórmula abstrusa que José Seguro baptizou de «abstenção violenta». Gostariam de poder continuar a convencer os incautos das «boas intenções» da UGT ao integrar a troika, mais uma, da concertação social, como se desconhecesse os resultados não só expectáveis como assumidamente prosseguidos nas alterações que apadrinhou.
Sucede porém que no caso vertente os parceiros de eleição da UGT não poupam elogios a Proença, fazendo questão de sublinhar a quota parte que lhe cabe na paternidade do aborto. No dia da promulgação do Código do Trabalho, o ministro Álvaro Santos Pereira veio de novo lembrá-lo – «a legislação laboral só foi conseguida porque tivemos um acordo de concertação social» – frisando que «todo o articulado da lei laboral foi discutido à vírgula, num trabalho muito intenso de muitos meses e que culminou no acordo de concertação social, mas prosseguiu com a discussão com os parceiros sociais».
Proença, tal como a UGT, tenta ainda fazer crer que a «revisão da legislação laboral evita uma maior desregulação do mercado de trabalho e novas formas de despedimento», mas não consegue avançar um argumento que seja na defesa desta tese quando confrontado com o crescimento galopante do desemprego, prova provada da falácia da apregoada «rigidez» da legislação laboral.
Temos pois que o caso estará tudo o que Proença quiser menos encerrado, pois o acordo que assinou acaba de escancarar as portas à redução dos salários, ao trabalho forçado e gratuito, aos despedimentos sem justa causa, à liquidação da contratação colectiva, à lei da selva no mundo do trabalho, com a inevitável consequência de mais opressão e exploração nas empresas, mais pobreza e mais miséria, o que só tem paralelo com as condições laborais vigentes no tempo do fascismo.
Talvez a UGT de Proença não saiba – sabem-no certamente os trabalhadores nela filiados – mas casos destes não se encerram. As traições de classe podem retardar a luta, não a impedem. É uma questão de tempo e de consciência.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Uma semana em cheio!


Esta será uma boa semana para os estagiários em comunicação.
Passo a explicar:
1- Vamos ter no sector desportivo os melhores e mais bem pagos profissionais e comentadores (de manhã à noite), ocupados com o jogo da meia-final do Euro entre Portugal-Espanha. Vão dizer e fazer crer que somos os melhores do pontapé na bola, logo vamos ganhar por uma catrefada a zero. Entrevistas, e comentários no máximo.
Se entretanto o tal… resultado, não acontecer, será certamente por que se distraíram em demasia com as ementas da comitiva e os técnicos não acompanharam os princípios básicos da evolução do jogo. O que me parece razoável.

2- Logo a seguir as redacções dos Mídea, partem freneticamente para outro acontecimento fabuloso e importantíssimo para eles, que será a Cimeira da União. Vamos assistir dia 28 e 29 em directo e em exclusivo, à chegada dos figurões, dos seguranças, dos assessores, das secretárias, dos ajudantes dos assessores, dos tradutores; quase todos em polidas limusines do melhor que há por aquelas bandas.
Vamos ver ainda, uns correndo-que-se-faz-tarde, e, outros mandando umas frases soltas para os jornalistas que se encontram (uns por cima de outros) na zona de segurança num esforço perspectivado no alcance de um importante boneco/declaração.
Dia seguinte, fazem-se os retractos de “família” todos muito bem vestidos, contentes e risonhos; depois, na hora do brinde durante o repasto dirão que foi um encontro muito importante para o futuro da UE. Etc., Etc.,. A seguir, embalam-se as resmas de papel produzido e cada um parte para o seu cantinho de conforto. E a motanha continua a parrir ratinhos!

Por cá, o Pedrito virá depois (certamente em mangas de camisa), dizer que afinal vai ser necessário mais austeridade por causa do buraco nas contas das receitas e Seguro virá buzinar que o PS não concorda com mais austeridade mas que não está de acordo que se abra uma crise política por que esta questão não é política mas política e técnica e, o que irão pensar de nós os senhores da Europa, do Eurogrupo e dos mercados.

E pronto assim vai terminar mais uma semana na vida (difícil) dos portugueses onde quem ganhou alguma coisa foram os estagiários porque não foi necessário irem fazer aquelas reportagens (manhosas) pelas praias a perguntar aos banhistas se está muito calor e onde pensam fazer férias ou nas paragens dos transportes levando os passageiros a pronunciarem-se sobre as greves, manifestações e coisas afins. A restante população irá de mal a pior se entretanto não arregaçar as mangas e arranjar forma de correr com esta gente de lá para fora.


Dois dias depois da continuação das más notícias...


...todos contentes, todos  iguais nos modos e propósitos assumidos, em empurrar o País e os portugueses para a lixeira da Europa.

PS: Como se pode verificar na foto, Cristas  mandou tirar as gravatas para poupar nos ares-condicionados.
 Entretanto,  não conseguimos confirmar se os trabalhos no interior dos aposentos decorreram em tronco nu. 

A vida podia ser bela

"A vida poderia ser bela se cavaco o governo e os seus amigos no ps, não nos dessem cabo dela!".

-Foi assim que o Presidente da República Portuguesa foi ontem recebido em Castro Daire e Guimarães.

sábado, 23 de junho de 2012

Sendo sábado, temos música (129)





No habrá nadie en el mundo

Desde que el agua es libre
Libre entre manantiales, vive
Jazmines han llorado
Yo no comprendo
Como en tus ojos niña
Solo hay desierto

Hermosa era la tarde
Cuando entre los olivos,
Nadie vio como yo a ti te quise
Como te quiero
Hoy los olivos duermen
Y yo no duermo

No habrá nadie en el mundo
Que cure la herida
Que dejó tu orgullo

Yo no comprendo
Que tú me lastimes con todo,
Con todo el amor
Que me diste

Pa´ cuando tú volvieras
Pensé cantarte coplas viejas
De esas que hablan de amores y de sufrimiento.

Cuando tú vuelvas niña
Te como a besos

Y volaremos alto
Dónde las nubes van despacio
Despacio va mi boca
Sobre tu cuerpo tan lento que seguro se para el tiempo.

No habrá nadie en el mundo…

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Incompetência, será?!

Gaspar sinaliza “aumento significativo” de “incertezas” sobre metas
Link

ComentárioUm governo que é repetidamente avisado que as metas orçamentais propostas, face às políticas de austeridade e recessão impostas, não serão atingidas (o que era óbvio), mas que teima em prosseguir: afirmando  que «custe o que custar vamos cumprir o deficit 4,5 % para 2012». Vem agora,  o ministro das finanças, depois de colocarem o País e os portugueses na situação de miséria, dizer que existe “um aumento significativo nos riscos e incertezas” quanto aos compromissos orçamentais assumidos com a troika. 
Só pode ser brincadeira de gente mal formada, ou então, estamos a falar de incompetência pura. 
Como este não pode ser o caminho, é urgente mudar de políticas. 

E agora?

Por Octávio Teixeira, no Jornal «negócios» do passado dia 19.

Dizem que Berlim, Bruxelas, Paris, Frankfurt…, que pressionaram e chantagearam o povo grego para votar no partido do Eurogrupo, respiraram de alívio com os resultados das eleições gregas. Não se percebe porquê nem por quanto tempo.

Porquê, se a maioria dos gregos votou nos partidos que se opõem aos programas de resgate que os conduzem à miséria e o país à ruína. Apenas um sistema eleitoral que distorce a transformação do voto popular em mandatos (bónus de 50 lugares ao partido mais votado), permite que o bloco central, responsável pela austeridade extrema, obtenha a maioria parlamentar. Ou seja, só o antidemocrático desprezo pelas vontades expressas dos povos soberanos pode explicar esse sentimento de alívio.

E por quanto tempo, se as reacções imediatas de Angela Merkel, Comissão Europeia, Eurogrupo, até do inefável ministro da Economia português, foram a de que o novo governo grego deverá ter como prioridade e compromisso absoluto o prosseguimento das "reformas estruturais e orçamentais" impostas pelos programas de resgate ao serviço dos interesses financeiros. Talvez sejam prolongadas por um ou dois anos as metas definidas pela troika, para dar a ideia de que algo muda. Mas a substância dos programas - redução dos salários e das pensões de reforma, elevado desemprego, degradação do Estado social, recessão económica,… - não será alterada. Se nada de substancial muda, não parece crível que a vontade da maioria dos cidadãos gregos seja revertida. Com as consequências prováveis.

E agora, que fazer? Só o encarar de frente a urgência de alterações profundas nos tratados e políticas da União pode evitar a implosão da Grécia, dos "contagiáveis" e do euro. É mais que tempo de dar prevalência aos cidadãos sobre os mercados.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

R. Checa 0-1 Portugal



Portugal nas meias-finais do Euro 2012


Cristiano Ronaldo fez aos 79 minutos o único golo da partida.
Todo o colectivo está de parabéns.

Ligue por favor Ligue 700 700 ...


Este poderia até ser um apelo do governo( talvez quem sabe um gesto de boa vontade do ministro Gaspar), mas não ,não é de todo; trata-se de um dos números mágicos com que as nossas televisões nos bombardeiam diàriamente para nos ajudarem a resolver os nossos problemas económicos. Como poderá  constatar se ligar a sua televisão de manhã vai ter alguém a lembrar-lhe insistentemente que deverá ligar o 707 100 ... porque tem 1000€ para lhe oferecer mas se quiser ver televisão à tarde não faltarão os mesmos pedidos para ligar tantas vezes quantas puder o 707 600 ... porque será um favor que faz a si próprio ,dadas as muitas possibilidades que terá de ganhar mais 1000€, mas não ficamos por aqui, pois se quiser assistir à sua novela da noite alguém estará lá para lembrar que pode e deve ligar o 707 200 ... para se habilitar a outros tantos euros ( € ) que estão só à espera de ir parar ao seu bolso. E, enquanto os euros não chegavam e as expectativas se goravam o dia terminava tal como tinha começado. Bem sei que são horas de deitar e os problemas vão connosco para a cama, mas mesmo assim  e, apesar de tudo durma bem e por favor não sonhe com o 707 700...

Coincidências




A Procuradoria Geral da República (PGR) comunicou à comissão de inquérito sobre o Banco Português de Negócios (BPN) que estão a correr processos crime contra os ex-dirigentes sociais-democratas Dias Loureiro, Duarte Lima e Arlindo de Carvalho.
Link:

Comentário: Todos do PSD. Ele há cada coincidência!...

Protesto

Cerca de 14 mil postais subscritos por opositores ao encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) vão ser entregues nesta quinta-feira na Presidência da República.

Comentário: Como afirmou em tempos (em tom de grande tirada!)  " Eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas".
O Presidente da República, terá neste postais  boa matéria para não ficar com dúvidas, de que o encerramento da MAC  é uma má decisão politica em todos os aspectos, e, sobretudo naquele que diz respeito à prestação de cuidados  médicos à população na sua especialidade.
Esperemos que desta vez o PR  fique mesmo sem dúvidas que a opção em manter a MAC  a funcionar será continuar a garantir um bom serviço à população no SNS.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

As Estatíticas e as Conclusões

As famílias portuguesas gastam mais em hotéis, restaurantes e cafés do que em saúde e educação, apesar de estas duas áreas terem cada vez mais peso no orçamento familiar, revela o Instituto Nacional de Estatística.

Comentário: Eu tenho sempre muita dificuldade em entender este tipo de pretensas conclusões saídas destes trabalhos rigorosos mas que a meu ver  raras vezes espelham a  realidade da sociedade em que vivemos e ficam sempre longe do que  pretendem demonstrar.

Quando sou confrontado com estas estatísticas vem-me sempre à ideia  aquela velha estória do frango para duas pessoas sendo que uma delas não gosta de frango logo não pode comer ficando o outro com
o frango por inteiro; no entanto as estatísticas referem um frango para duas pessoas e que cada uma comeu metade o que não é verdade!

O meu vizinho do 5º esq. trabalhador da industria naval, costuma dizer a propósito de situações como esta,da noticia do instituto, que quem tem força é que levanta peso e talvez por isso ele não faça parte daquelas tais famílias referidas pelo INE não tendo hipótese  de viajar para o Canadá como também gostaria,por falta de verbas, problema que outros não tem porque esses são outros protagonistas e fazem parte de outras estórias!!!.

Seis meses depois

Por Manuel António Pina, no Jornal «JN»


Seis meses depois de lhe ter dado o seu aval, aprovando despedimentos fáceis e baratos, menores indemnizações, subsídios de desemprego mais baixos e durante menos tempo, menor retribuição das horas de trabalho, menos dias de férias, menos feriados, limitação da acção sindical, etc., a UGT parece ter descoberto, agora que o Código dos Despedimentos (é um eufemismo continuar a chamar-lhe Código do Trabalho) foi promulgado, que tudo isso "é ma[u], nomeadamente por pôr em causa o valor dos salários e do trabalho extraordinário".
Entretanto, ficou para as calendas a viril ameaça feita há três meses pela mesma central de denúncia do Acordo de Concertação Social se o Governo, em vez de só se preocupar com "a desregulação laboral e a redução das prestações sociais", não activasse o previsto "Compromisso para a Competitividade, Crescimento e Emprego". Na altura, João Proença lamentava já que o Governo andasse a negociar "medidas no âmbito do memorando da troika que [iam] contra o Acordo".
E, contudo, João Proença não pode queixar-se de ter sido enganado. Passos Coelho avisara: "Temos que dar um passo atrás para dar dois à frente". O passo atrás oferecido a Proença em troca do seu acordo a 200 passos em frente no sentido da desregulação laboral foi ceder na meia hora de trabalho diário. O que, decerto por acaso, era uma exigência do patronato.

Banco de Portugal entra na campanha ideológica pela baixa dos salários em Portugal e no ataque aos sindicatos



Por Eugénio Rosa no sítio «resitir. info» para ler aqui.

O Banco de Portugal divulgou recentemente um "estudo", depois utilizado pelos media, que procura criar na opinião pública a ideia de que o aumento do desemprego se deve à rigidez dos salários. O dito estudo vem na linha do comunicado da troika, divulgado após a 4ª avaliação de Junho de 2012, que afirma que a subida do desemprego em Portugal " foi exacerbada pela antiga rigidez do mercado laboral português ". A "cassete" habitual do FMI e seus defensores quando recusam a realidade.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Esta estória tem um pai e uma mãe que são conhecidos.

A taxa de desemprego em Portugal aumentou de 3,9% em 2000 para 12,7 % em 2011, subindo para 14,9% no primeiro trimestre de 2012, divulgou, esta terça-feira, o Governo.

Comentário: Será que os senhores do PS, PSD, CDS e UGT ainda continuam satisfeitos por a dita (por eles) ajuda a Portugal estar a surtir os efeitos que os números acima mostram?  Hoje, já se vai  ouvindo alguns a dizer (meio envergonhados) que o plano não é exequível por que a dívida todos os dias aumenta, logo, será urgente negociar prazos.
Mas, entretanto, com a austeridade e a recessão instaladas, rebentaram violentamente com médias e pequenas empresas e famílias com consequências sociais e económicas imprevisíveis. Sendo que os senhores do capital continuam a rir à gargalhada.
Veremos até quando...

"O que se busca é uma via"

Por Baptista Bastos, no Jornal« negócios » do passado dia 15


Estou a revisitar os livros de André Malraux. Tenho de admitir, hoje, que a minha geração foi injusta e cáustica para o imenso escritor. O factor político determinou (sem explicar) o sentimento crítico. Tudo, agora, parece obsoleto. Aquela época foi fértil em contradições e a virulência saiu das baias morais e intelectuais para se transformar num ódio lamacento. As coisas talvez tivessem acalmado e os ajustes começaram. Tive grandes discussões com companheiros e camaradas meus. Líamos tudo e tudo contrariávamos. Possuo uma biblioteca imensa, porque aqueles tempos não permitiam atrasos. E tive a sorte de conviver com os maiores escritores, actores, artistas e cineastas portugueses da época. A idade da formação e do cimentar das convicções ética e ideológicas foi aí.

Os meus adversários na altura liam os mesmos livros que eu. O conceito de conhecimento não se coaduna com exclusões. Do comunista Aragon ao fascista Robert Brasilach, de Knut Hamsun a Ernst Junger, passando pelos grandes americanos, e, naturalmente, pela leitura da Bíblia, tudo passou pela minha curiosidade ardente. Sou um produto dessa gente toda. E de António Vieira, sempre folheado com mão diurna e mão nocturna. E mais do Camilo do que do Eça, devo dizê-lo.

A solidariedade e a fraternidade não estavam desempregadas. E o niilismo parecia estar removido para sempre. Não estava. O regresso do niilismo manifesta-se todos os dias e acentua os nossos pesares. Não importa se continuo na mesma luta; na mesma, não: em luta semelhante. Mas tenho pena de que as coisas estejam como estão. O abandono da grandeza de espírito, o esquecimento do grande monumento à humanidade e erguido pela humanidade, o desprezo pelas emoções e pela compaixão doem, e doem profundamente. Mas creio que nem tudo está perdido, apesar de assistir ao desespero dos mais novos e à negligência de muitos dos mais velhos.

Capas de jornais (39)


Comentário:  Fica certamente mais claro, o porquê de algumas figuras entenderem que o novo Código do Trabalho é "perfeitamente" constitucional. Pelo menos enquanto este rectângulo à beira-mar   plantado for para alguns, um país de bananas e a Constituição da República uma coisa menor.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Os Meus Livros (2)



AS ROSAS DE ATACAMA

de Luís Sepúlveda

É um dos últimos livros que li e, pelo muito que me impressionou, não resisto a partilhar com quem gosta de ler, as histórias que Luís Sepúlveda nos conta nesta sua pequena grande obra.
Chamo-lhe assim por se tratar de um pequeno livro com trinta e cinco histórias individuais e de tão fácil leitura que nos prende do principio ao fim, quer pelas imagens quase reais que as suas descrições nos ajudam a construir, quer pelo conhecimento que adquirimos através das suas narrativas,onde o ser humano tem sempre o papel principal e o caráter e a solidariedade para com os mais fracos e desfavorecidos são condições imprescindíveis e lema de vida.
Luís Sepúlveda, nascido em 1949, em Ovalle, no Chile, tem muitas outras obras publicadas, todas dignas de destaque, e com tradução em Portugal como por ex: " O Velho que lia Romances de Amor", " História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar " , " Patagónia Express ", " Histórias daqui e dali ", "Encontros de Amor num País em Guerra " ou " A Sombra do que Fomos " ( Prémio Primavera de Romance em 2009 ) entre outros.
A escolha do livro é de cada um mas o autor vale a pena conhecer!

Código do Trabalho "forçado" a custo zero.

O Presidente da República promulgou as alterações ao Código do Trabalho, exortando nesta segunda-feira a que, “a partir de agora”, se “assegure” a estabilidade legislativa “com vista” à “recuperação” do investimento, criação de emprego e relançamento “sustentado” da economia.

Comentário: Os portugueses ficaram hoje a saber ( mesmo aqueles  que ainda tinham ilusões), que têm na Presidência da República uma figura que entende que Trabalho forçado e gratuito; Diminuição dos salários; Fomentação da Precariedade no Trabalho com contratos de curta duração; Promoção dos Despedimento sem justa causa; Fomentação de Bancos de Horas pondo em causa a vida profissional e familiar dos trabalhadores, entre outras matérias  são todas Constitucionais e, como alguém dizia no  antigamente, são a bem da nação.
Não, Sr. Presidente! Como disse Francico Lopes na declaração de voto na Assembleia da República "As alterações ao Código de Trabalho são uma brutalidade"  "só servem para o agravamento da exploração, o empobrecimento e o afundamento do País".

 

E agora?...

...depois da vitória do partido de direita nas eleições gregas de ontem o responsável também pela situação em que a Grécia  se encontra hoje; Merkel e  sua gente, saltaram e vibraram de contentamento, vindo logo representantes da "Finança"  europeia (alguns até ministros de outros países), indicar o caminho que os gregos deveriam seguir, ou seja: formar rapidamente um governo para levar por diante os programas de ajustes e as reformas  impostas ao povo grego pela troika.
Para estes senhores (que se acham donos da Europa), a austeridade na Grécia tem que continuar a levar o povo grego para o caos social e para a miséria.

Se o Syriza, partido que ficou em segundo lugar nas eleições cumprir aquilo que disse durante a campanha, que não participaria num governo com os «partidos do resgate», não vejo que o resultado destas eleições tenham contribuindo para alguma coisa nesta Europa doente que não seja mais do mesmo, continuando a evidenciar globalmente a crise que o capitalismo atravessa e que está a conduzir os países com economias mais débeis à ruína e os respectivos povos à miséria.


domingo, 17 de junho de 2012

Portugal 2-1 Holanda

A equipa portuguesa que entrou mal no jogo; com alguma tremedeira, a perder muitas bolas e sem acertar nas marcações, permitiu assim, aos holandeses, que aos 11 minutos de jogo  fizessem um golo por Rafael van der Vaart. 
A partir desse momento Portugal deitou fora os maus acertos começou a dominar mais no meio campo e Ronaldo marcou aos 28’, indo as equipas para o intervalo com o jogo empatado. Na segunda parte  aos 74, Cristiano Ronaldo fez o segundo golo e colocou a equipa de Portugal nos quartos-de-final  jogo que se irá disputar em Varsóvia contra e República Checa, na próxima quinta-feira.

Tal como aqui, desejamos que no próximo jogo a equipa portuguesa consiga um resultado positivo, que lhe permita  passar mais esse obstáculo, rumo às meias finais continuando a  alimentar a vontade de ir jogar a final deste Europeu, como penso ser o desejo de todos.


Hoje pode ser dia de cinema (60)

Realização:Robert Guédiguian




Sinopse:  
Apesar de ter perdido o emprego, Michel vive feliz com Marie-Claire. Amam-se há trinta anos, os filhos e os netos preenchem a sua vida, têm amigos muito chegados, orgulham-se dos seus combates sindicais e políticos e as suas consciências são tão transparentes como os seus olhares. Mas esta felicidade vai desmoronar-se juntamente com a fechadura da porta perante o assalto de dois homens armados e mascarados que lhes batem, os amarram, lhes arrancam as alianças e fogem com os cartões de crédito de ambos. O choque será ainda mais violento quando souberem que esta brutal agressão foi organizada por um dos jovens operários da sua comunidade…

Bom domingo e bons filmes. 

sábado, 16 de junho de 2012

Sendo sábado, temos música (128)


Margem Sul (canção Patuleia)

Letra de Urbano Tavares Rodrigues
Musica de Adriano Correia de Oliveira
 Acompanhamento a viola por Rui Pato

 


Ó Alentejo dos pobres
Reino da desolação
Não sirvas quem te despreza
É tua a tua nação.
Não sirvas quem te despreza
É tua a tua nação.

Não vás a terras alheias
Lançar sementes de morte
É na terra do teu pão
Que se joga a tua sorte.
É na terra do teu pão
Que se joga a tua sorte.

Terra sangrenta de Serpa
Terra morena de Moura
Vilas d'angústia em botão
Dor cerrada em Baleizão.

INSTRUMENTAL

Ó margem esquerda do verão
Mais quente de Portugal
Margem esquerda deste amor
Feito de fome e de sal.
Margem esquerda deste amor
Feito de fome e de sal.

A foice dos teus ceifeiros
Trago no peito gravado
Ó minha terra morena
Como bandeira sonhada.
Ó minha terra morena
Como bandeira sonhada.

Terra sangrenta de Serpa
Terra morena de Moura
Vilas d'angústia em botão
Dor cerrada em Baleizão.

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Emprego cai mais de 4% nos primeiros três meses do ano

No primeiro trimestre do ano, o emprego caiu em Portugal 4,2%. De acordo com os dados do Eurostat, só a Grécia regista uma queda superior.
Comentário: Ainda há quem afirme que a moção de censura  ao Governo que o PCP vai apresentar na Assembleia da República  é «inoportuna e inconsequente».
Consequente com o desastre e a ruína do País têm sido as políticas de Governo e de quem o apoia.  
É necessário e urgente apear esta gente dos destinos  da governação, mudar de políticas e, dar novo rumo ao nosso País no sentido do crescimento e não da recessão como defendem os papagaios de serviço passando a vida a martelar a infeliz ideia da inevitabilidade.
Em democracia há sempre alternativas, e essas, também existem no nosso País.

Homenagem a Cesaria Évora


Participam: Bonga, Celeste Rodrigues, Lura, Maria Alice, Nancy Vieira, Sara Tavares, Teófilo Chantre e Tito Paris.

Se estiver por perto e gosta deste tipo de música aproveite para assistir ao espectáculo.

FMI pede a Espanha que suba já o IVA e baixe os salários

Perspectivas para o país vizinho são “muito difíceis”, admite o FMI. Instituição recomenda que o Governo de Mariano Rajoy aumente já o IVA e outros impostos e que corte os salários dos funcionários públicos. Ajustamento salarial no sector privado é também essencial.

Comentário: Onde é que nós já vimos isto?... 
A receita é sempre a mesma, e os culpados da crise para os agiotas são também sempre os mesmos, os mais fracos, ou seja os trabalhadores.

Impulsos


Por Anabela Fino, no Jornal «Avante!»


Como seria de esperar, a quarta avaliação da troika a Portugal foi «positiva», apesar das nuvens que se adensam no horizonte: crescimento da economia ainda mais raquítico do que o previsto (0,2 em vez de 0,6 por cento), um valor mais elevado para a dívida pública (118 por cento do PIB em 2013), um nível de desemprego excepcionalmente elevado e com tendência para aumentar. Nada que impeça os avaliadores de dizer que o programa vai «no bom caminho», embora estejam «preocupados» com o desemprego, motivo que os levou a instar o Governo para que tome «medidas adicionais para melhorar o funcionamento do mercado laboral», o que «inclui reformas institucionais que dêem maior flexibilidade às empresas para ajustar os custos laborais à produtividade». Ou seja, persistir nas medidas que têm vindo a ser tomadas contra os direitos dos trabalhadores, naquela lógica de que, se o desemprego continua a aumentar, não é porque as medidas não prestam mas sim porque ainda não chegam, recomendando-se portanto o reforço da dose. O «doente» não melhorou com a sangria? Pois sangre-se mais um bocado...
Passos Coelho e Vítor Gaspar reagiram também como seria de esperar à avaliação, com o primeiro a afirmar que a mesma teve «bastante sucesso» e o segundo a dizer mesmo mais: a avaliação teve bastante sucesso.
Quanto ao desemprego – o coiso, como lhe chamou o ministro da Economia – o Governo «ficou de encontrar um mecanismo» para responder «a alguns segmentos». E logo Gaspar anunciou que o Executivo vai «avaliar a possibilidade», no OE de 2013, de «uma redução específica da contribuição para a Segurança Social dos empregadores, como forma de estimular a criação de emprego». É o que se chama ouro sobre azul. Entretanto, qual cereja em cima do bolo, o ministro Relvas foi ao Parlamento apresentar o ‘Impulso Jovem’, pretensamente destinado a combater o desemprego, que tem como grande atracção uma redução da taxa social única (TSU) de 90 por cento, até ao montante máximo de 175 euros, para as empresas que contratem a termo jovens desempregados de longa duração, por um período mínimo de 18 meses. Basicamente, o que o Governo se propõe fazer com esta e outras medidas, como o 'Estímulo 21', é injectar capitais nas empresas de forma a que seja o erário público a pagar os salários dos trabalhadores, ao mesmo tempo que oferece de bandeja às empresas mão-de-obra altamente qualificada a baixo preço – com vínculos precários ou em regime de estágio –, o que terá inevitavelmente como consequência mais despedimentos – dos trabalhadores mais velhos – e mais precariedade e salários de miséria dos mais jovens.
E para que não nos falte nada, veio agora a OCDE dizer que é preciso aumentar a idade da reforma para os 67 ou mais anos, e que a «solução ideal» para garantir a sustentabilidade do sistema público de pensões é tornar obrigatória a contribuição para fundos de pensões privados.
O evidente contra-senso – criar por um lado condições para despedir os trabalhadores mais velhos e, por outro, dilatar a idade de reforma – vem na lógica da sangria do doente. É mais um estímulo, mais um impulso... para dar vida ao capital.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Os cortes na Saúde

O alerta consta do Relatório de Primavera de 2012 do observatório, intitulado "Crise & Saúde - Um país em sofrimento", que será apresentado, esta quinta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que também aponta "a falta de uma verdadeira política de saúde" que enquadre e minimize os efeitos das medidas de racionalização e contenção de gastos.

Comentário: Claro que já todos percebemos o que se pretende com estas políticas macedianas na saúde.
O objectivo é acabar com o SNS e dar consistência económica ( através do Estado) ao negócio privado com a saúde em Portugal. E, cumprir o principio neoliberal (ao gosto das troikas) de quem quer saúde terá que a pagar, se não tiver dinheiro para ir ao médico ou ao hospital para ser visto e tratado, que fique em casa e beba um chá.

Capas de jornais (38)



Comentário: "Agora que a carruagem foi novamente posta em cima dos carris, esperamos todos que a máquina tenha força e o maquinista  reflexos suficientes para levar este comboio de emoções até à estação no final da linha". 

Mais uma vitória no próximo domingo frente à Holanda, é o que se espera e deseja à equipa desta rapaziada  do pontapé-na-bola, para fazermos contas e continuarmos a alimentar a esperança, que ainda é possível, a equipa portuguesa, chegar à final neste Europeu de 2012.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Governo escuta o povo está em luta"

Não há comboios a circular nesta quarta-feira nas linhas de Sintra, Cascais e Azambuja, por causa da greve dos trabalhadores da CP. Já no serviço Intercidades havia 50% de comboios suprimidos até às 10h.

Comentário: O Governo, com as suas  políticas de desastre económico, está a empurrar os trabalhadores deste País para a luta. Será a luta dos trabalhadores que irão ter nos próximos tempos.

Homenagem a Bernardo Sassetti

O concerto realiza-se no Hot Clube, em Lisboa, e participam os músicos Carlos Barretto, Pedro Burmester, André Fernandes, Mário Laginha e Carlos Martins, com os quais Bernardo Sassetti partilhou várias vezes o palco e os estúdios de gravação.
Lindo aqui.

Sem surpresa

O ex-administrador do BPN Norberto Rosa afirmou, esta terça-feira, que estão contabilizados 2,8 mil milhões de euros em prejuízos para o Estado, mas que ainda existem mais três mil milhões de ativos que podem resultar em novas imparidades.

Comentário: A surpresa seria a notícia (com a demonstração dos factos) que afinal estamos todos(?) enganados,  os sucessivos governos dos últimos 36 anos fizeram bons negócios para a economia portuguesa e colocaram o País na rota do progresso e do desenvolvimento como era sua obrigação.

"Impulso jovem", mais uma trama do governo & troika

Por Eugénio Rosa, publicado no sitio «resistir.info»

(...)Em Maio deste ano o governo anunciou que os desempregados que aceitassem um emprego com um salário inferior ao subsidio que estavam a receber, ou seja, um emprego a receber o salário mínimo ou pouco mais, poderiam acumular, durante 6 meses, metade do subsidio de desemprego, desde que não ultrapassasse 500€, com o salário, e depois, durante mais 6 meses, 25%. O objectivo era claro: levar os desempregados a aceitar salários extremamente baixos, acumulando com uma parte do subsidio de desemprego, mas passado o primeiro ano a remuneração que passariam a receber seria o salário contratado, mesmo que à sua escolaridade e qualificações devesse corresponder uma remuneração superior. É desta forma que o governo está a provocar uma baixa generalizada dos salários nominais em Portugal, que Passos Coelho tem afirmado que não é objectivo do governo

terça-feira, 12 de junho de 2012

"Diga lá senhor primeiro-ministro o que é que andam a cozinhar em relação aos salários dos portugueses!" (2)





«Governo aberto a diminuir mais os custos laborais em alguns segmentos»



Comentário: "Diga lá senhor primeiro-ministro o que é que andam a cozinhar em relação aos salários dos portugueses!" Perguntou o PCP ao primeiro-ministro no último debate parlamentar com o Governo. Na altura, na bancada do executivo (todos, irritadíssimos) responderam não haver nada. Contudo, o novelo... vai-se desenrolando!...

Digo sim mas pode ser sim; digo sim mas pode ser não. Resultado: 3-1


 «António Borges diz que nunca defendeu redução de salários».


Comentário: António Borges, pode dizer em qualquer programa de televisão, que o Mundo gira ao contrário, mas o que eu li e ouvi foi isto e, mais isto

CGTP-IN

A CGTP enviou ao Presidente da República um documento em que indica as inconstitucionalidades da revisão do Código do Trabalho com o objetivo de que Cavaco Silva suscite hoje a fiscalização da proposta de lei junto do Tribunal Constitucional.

Comentário: Esta é a verdadeira e única Central Sindical que luta no nosso País todos os dias na defesa intransigente  dos interesse dos trabalhadores portugueses.

Regulador do sector rodoviário diz que recebeu orientações do gabinete do ex-secretário de Estado para praticar “significativas omissões de informação” ao TC

A Secretaria de Estado das Obras Públicas dos governos de Sócrates, então liderada por Paulo Campos, alterou e retirou factos às respostas que o Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR) preparou para enviar ao Tribunal de Contas, no âmbito da auditoria que fez à gestão e regulação por parte do InIR das parcerias público-privadas. Alterações que provocaram “significativas omissões” ao TC.

Comentário: Enquanto se andar a brincar aos reguladores (gastando também aqui recursos do Estado) no sentido de estes actuarem por esta formula, ou seja: Mandem lá um relatório sobre isto ou aquilo; ou então preparem aí um  dossier sobre tal assunto que nós dia tal vamos inspeccionar/verificar. Os resultados finais, serão infelizmente, sempre estes!... Da confusão, do desgaste e da dúvida.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Os custos 'escondidos' do megarresgate a Espanha


O Governo espanhol será sujeito a um duplo controlo pela troika - o da reestruturação da banca e do cumprimento do objectivo de redução do défice até 2014. Os credores privados dos bancos espanhóis poderão arcar com uma parte do custo das reestruturações.


Comentário: Lá como cá os governos não dizem a verdade ao povo. A tramóia que andam a urdir vai continuando até ao dia em que todos vamos dizer: BASTA!.

ZON condenada

A Direcção-Geral do Consumidor (DGC) condenou a ZON ao pagamento de uma coima de 10 mil euros por prática desleal em matéria de publicidade na campanha “Mais de 1 milhão de casas ligadas à ZON Fibra’.
Link

Comentário: Falta entrar aqui  em linha de conta com duas palavras muito importantes na justiça portuguesa, que são: recurso e prescrever. Depois, "tudo como dantes no quartel em Abrantes".

Há oásis no abismo?


Por Carvalho da Silva, no passado dia 9 no Jornal «JN»

Como é possível, com que fundamentos e objetivos o primeiro-ministro (PM) afirmou esta semana que "os portugueses já não estão perante o abismo com que nos defrontámos há praticamente um ano atrás"? Passos Coelho, que já afirmou "só vamos sair da crise empobrecendo", surge contaminado pela "malvadez difusa" que caracteriza os contextos de profundas crises.
Uma análise rigorosa aos problemas com que se depara a União Europeia (UE) - onde estamos e de que dependemos em grande medida -, às duríssimas condições de vida e de trabalho dos portugueses e aos bloqueios estruturais da nossa economia só pode conduzir-nos, infelizmente, a conclusão oposta àquela.
Nestes últimos dias surgiram duras confirmações do caminho para o abismo que a UE está a percorrer. Há um ano, os países da UE em dificuldade eram três ou quatro, hoje são já a maior parte dos membros da Zona Euro. As estimativas económicas anunciadas para 2013 foram revistas em baixa e também para Portugal.

Que é isso de "democracia partilhada"?

Por Baptista Bastos, no passado dia 8 no Jornal «negócios»


Cada vez se percebe menos o significado exacto dos discursos do Dr. Pedro Passos Coelho. Agora, numa magna reunião qualquer, confessou uma doce esperança, na "democracia partilhada." Partilhada como, com quem e com quê? Com os bancos, com a troika, com a senhora Merkel, com aqueles cujo rosto desconhecemos? O português não precisa de ser medianamente letrado para recusar esta "partilha." E, apesar da propaganda do Governo, já não admite, acrítico e resignado, a falácia do que lhe é dito.

As coisas ainda não se moveram o suficiente para que extraiamos conclusões. Porém, as últimas sondagens são de molde a fazer reflectir alguns e a alimentar noutros uma réstia de esperança. Não podemos continuar a assistir ao vexame de o primeiro-ministro de Portugal se comportar como um subalterno abjecto da chanceler alemã. Ao seguir-lhe o passo e ao apoiá-la, em decisões gravíssimas, como a rejeição das euro-obrigações, contrariando Hollande, Monti, Rajoy, Juncker e instituições respeitáveis, Passos Coelho pareceu um servil trintanário.

O homem anda muito mal avisado, e sugiro ao meu velho amigo Luís Fontoura, lido, reflectido e sábio, que lhe indique uns livros e o persuada a dar a volta, ao arrepio desses "conselheiros", certamente inimigos, que o empurram para a fossa. De contrário, estamos todos tramados.

domingo, 10 de junho de 2012

RESCATE HISTÓRICO A LA BANCA ESPAÑOLA

España pide auxilio a Europa para sanear su banca. Bruselas ofrece una línea de crédito de hasta 100.000 millones de euros, pero impone condiciones a la banca y una supervisión más regular de las reformas estructurales y del cumplimiento del déficit. El FMI monitorizará todo el proceso.

Valsinha das Medalhas

Desculpem lá a repetição, mas no 10 de Junho toca-se a Valsinha das Medalhas.



"Eu nunca vi pátria assim, pequena e com tantos peitos!"

sábado, 9 de junho de 2012

Alemanha1-0 Portugal



Fotografia  daqui

Portugal entrou neste campeonato com uma derrota por um zero (golo de Gomez) frente a uma equipa, que já inicialmente, era claramente favorita a vencer este Euro 2012.
A equipa portuguesa que assumiu muito tarde o jogo, pensou sempre que o empate seria um bom resultado e, quem joga para o empate sujeita-se a perder;  foi no fundo o que aconteceu.  
Faltam ainda disputar 6 pontos, veremos se a equipa portuguesa os conseguirá vencer e  passar à fase seguinte.
Agora, que venha o próximo jogo e a vitória também. 

Protesto da CGTP reúne milhares de trabalhadores no Porto

Milhares de trabalhadores participam no Porto desde as 14.50 horas deste sábado, indiferentes à chuva e ao vento, numa manifestação convocada pela CGTP em defesa de uma nova política para o país.
Os trabalhadores estão a realizar um percurso de três a quatro quilómetros entre a Boavista e a zona de S. Bento, onde o secretário-geral da CGTP fará uma intervenção.

Escalada imparável

Cartoon de hoje no «JN»

Já são mais de 1 milhão e 200 mil os desempregados em Portugal, sendo que, uma grande percentagem dos mesmos não recebe qualquer subsídio. E, na UE o desemprego atinge 24,6 milhões.
Alguém pode aceitar (com estes números) que nos venham dizer que estamos no bom caminho, como fazem diariamente os comentadores políticos de serviço permanente nos órgãos de comunicação social dominantes?!

Este é  um país onde vai valendo tudo, e, qualquer dia se o povo continuar a "baixar as calças", até tirar olhos por decreto será permitido, em nome das contas  troikianas.

Subidas e descidas

Sporting da Covilhã "repescado" por exclusão da União de Leiria
Link


Grande confusão na "industria" do futebol. Então  andam por aí alguns dirigentes a apostar tudo no aumento do número de clubes para disputar os principais campeonatos nacionais, enquanto  os que por lá andam há anos, mal se aguentam nas canetas, financeiramente falando!

Hoje, no Porto



É urgente mudar de POLÍTICA!

Sendo sábado, temos música (127)



Lá vai no mar da palha o cacilheiro,
Comboio de Lisboa sobre a água:
Cacilhas e Seixal, Montijo mais Barreiro.
Pouco Tejo, pouco Tejo e muita mágoa.

Na ponte passam carros e turistas
Iguais a todos que há no mundo inteiro,
Mas, embora mais caras, a ponte não tem vistas
Como as dos peitoris do cacilheiro.

Leva namorados, marujos,
Soldados e trabalhadores,
E parte dum cais
Que cheira a jornais,
Morangos e flores.
Regressa contente,
Levou muita gente
E nunca se cansa.
Parece um barquinho
Lançado no Tejo
Por uma criança.

Num carreirinho aberto pela espuma,
La vai o cacilheiro, Tejo à solta,
E as ruas de Lisboa, sem ter pressa nenhuma,
Tiraram um bilhete de ida e volta.

Alfama, Madragoa, Bairro alto,
Tu cá-tu lá num barco de brincar.
Metade de Lisboa à espera do asfalto,
E já meia saudade a navegar.

Leva namorados, marujos,
Soldados e trabalhadores,
E parte dum cais
Que cheira a jornais,
Morangos e flores.
Regressa contente,
Levou muita gente
E nunca se cansa.
Parece um barquinho
Lançado no Tejo
Por uma criança.

Se um dia o cacilheiro for embora,
Fica mais triste o coração da água,
E o povo de Lisboa dirá, como quem chora,
Pouco Tejo, pouco Tejo e muita mágoa.

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Picaresco





A seguir  ao aconselhamento à emigração dos nossos jovens,  o primeiro-ministro,  oferece-lhes agora a oportunidade  da agricultura....
Link 

-Numa roda de amigos quando não se tem nada de importante para dizer, conta-se uma anedota. Diz o meu vizinho do 5º. Esqº.


Sistema privado de propaganda

 
PorÂngelo Alves, no Jornal «Avante!»
 
Falar de manipulação da e na comunicação social dominante não é, infelizmente, coisa pouco habitual. No plano nacional temos como mais recente exemplo o vergonhoso silenciamento das acções de luta do PCP contra o pacto de agressão que mobilizaram dezenas de milhares de pessoas, e no plano internacional pontifica a gigantesca campanha em torno do massacre de Al-Houla para sustentar a escalada belicista contra a Síria. Conhecemos bem as razões de tais fenómenos. Radicam em primeiro lugar na questão da propriedade dos principais media – detidos pelo grande capital (nacional e transnacional) e cada vez mais concentrados em grandes grupos de comunicação. Tal factor determina por um lado uma crescente exploração dos jornalistas e perversão da sua missão de informar e, por outro, um cada vez maior enfeudamento ao grande capital, às forças políticas que o representam no sistema político e ao imperialismo.

Mas se faltassem exemplos para comprovar o processo de transformação da comunicação social num sistema privado de propaganda, o que aconteceu no fim-de-semana foi altamente elucidativo. A maioria dos portugueses não sabe, mas estiveram em Portugal, a convite do Movimento para os direitos do povo da Palestina e para a paz no Médio Oriente (MPPM), o embaixador da Palestina na ONU e o presidente do Comité para os Direitos do Povo Palestiniano das Nações Unidas. Reuniram com todos os grupos parlamentares e no sábado à tarde o MPPM promoveu uma importante sessão com a participação dos representantes da ONU, onde estes anunciaram o seu desejo de no próximo ano Portugal receber a reunião do Comité da ONU para os direitos do povo palestiniano. O debate, onde intervieram destacadas personalidades de vários quadrantes políticos que ali confirmaram a sua solidariedade para com a causa palestiniana, foi completamente ignorado e silenciado pela comunicação social dominante. Porquê? Porque por ali passou não só a solidariedade mas também a denúncia da política assassina de Israel e dos EUA, da hipocrisia da União Europeia e ainda da gigantesca manobra de manipulação que se desenrola em torno da situação síria. E isso, mesmo envolvendo a ONU, não pode ter visibilidade mediática.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Alguém entende?...


Num país que é vice campeão europeu de obesidade e sobrepeso na  segunda infância, o Ministério impõe redução da carga horária para a Educação Física. Link

Finório...

Isaltino Morais fala sobre combate à corrupção

Isaltino Morais fala sobre combate à corrupção


Isaltino Morais fala sobre combate à corrupção  Link

A trama está urdida



Por Octávio Teixeira, no Jornal «negócios»


O ministro sombra António Borges deu o pontapé de saída: "a diminuição dos salários é uma urgência". E, como qualquer urgência, não pode esperar. Tem de ser já e em força.

O ministro da Economia corroborou a ideia e adiantou estar já "a ser equacionada" a sua concretização. Formalmente referiu-se à baixa da Taxa Social Única (TSU) para empresas que contratem jovens trabalhadores com menos de 25 anos e com salário mínimo. Mas esclareceu que a redução da TSU se reduzirá à medida que o salário aumentar. Ou seja, para continuarem a beneficiar dessa redução as empresas não podem aumentar os salários baixos. E como entretanto se facilitou o despedimento individual e baixaram as indemnizações por despedimento, o roteiro do filme é linear: não se trata de criar mais emprego, mas de substituir trabalhadores por outros com salários mais baixos.

O ministro das Finanças apadrinhou. Segundo ele o Governo não terá uma visão de futuro baseada em baixos salários, "mas para chegarmos a esse futuro"… tem de ser.

E a troika coordenou: "são urgentemente necessárias medidas que permitam às empresas maior flexibilidade para ajustarem os custos do trabalho".

Embora negada pelo primeiro-ministro (manter aparências a isso obriga pois os ministros esquecerem que "o silêncio é de ouro"), está urdida a trama para uma maior redução dos salários. A perspectiva do Governo é o modelo de baixos salários, responsável pelo medíocre desempenho económico que temos. Ignorando acintosamente que qualquer análise objectiva prova que a nossa economia não tem um problema de competitividade pelos custos salariais. 

Ideologicamente, para o Governo e a troika tem de ser assim. Só a mobilização dos trabalhadores pode impedir a concretização dessa tecedura.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Para balanço

(recebido por mail de pessoa amiga)

Quando for oportuno fazer um balanço da governação, não se esqueça desta e outras afirmações do género perante os portugueses, de uma pessoa que se diz primeiro-ministro de Portugal.

Agora desculpem lá, vou ali fora beber uma água gelada que já estou a ficar mal disposto!...

Educação

(...) Mário Nogueira acusa o Ministério da Educação e Ciência (MEC) de ter agido «cobardemente», ao ter avançado com as alterações «em segredo», contrariando o que é imposto pela lei, que determina que a organização dos horários dos professores é matéria de negociação obrigatória.  «TSF»

O meu comentário: Para este (des)governo as únicas leis que importa cumprir são as suas por forma a prejudicar até à medula, a vida, a educação e saúde dos portugueses. 
É preciso estar atento e não esquecer que estes governantes não o são para o povo Português, eles são os capatazes, representantes das troikas  nos seus interesses económicos e financeiros, sobre os quais ( nas palavras do primeiro-ministro) é preciso respeitar e cumprir «custe o que custar»!... Ainda que para tal fique o País e os portugueses na sua grande maioria, na merda. Digo eu.

terça-feira, 5 de junho de 2012

A novela dos abrumados

Ao que consta na cidade os barões da laranjada, quando hoje deram ordens para que se abrissem as portas do palácio a fim dos criados irem passear os lulus, entrou-lhes pela porta dentro qualquer coisa que os deixou surpreendidos. Então do que se tratava?  Conforme relatos no local, parece ter sido a vinda  de um mensageiro... para informar os senhores do palácio que "a receita estava a matar o doente".

Ao que foi possível apurar através das informações disponíveis no palácio, os barões da laranjada, depois do seu banho matinal perfumado e com massagem e depois de ouvirem o mensageiro,  enquanto se banqueteavam no festim habitual do seu pequeno-almoço, não  terão ficado nada preocupados com os possíveis efeitos da noticia, sendo que  logo de seguida, terão  mandado colocar mais um cabrito no forno para o almoço na corte, e, quanto ao doente, disseram apenas: que morra!...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A pobreza engravatada


A selecção portuguesa de futebol partiu hoje com muita pompa e circunstância, rumo à fase final do Campeonato Europeu de 2012 a disputar a partir do próximo dia 8 na Polónia e na Ucrânia.
Vão (toda a comitiva), ficar bem alimentados, bem preparados e muito bem instalados. Os resultados logo se verão... Nem sei se serão muito importantes porque nos jogos de preparação não o foram. Pensava eu ( de acordo com o que aprendi) que um resultado final positivo seria sempre o objectivo do jogo.

No meio de tudo isto, e a propósito, permitam-me que faça uma sugestão! Uma vez que  vemos nos mais variados momentos em Portugal tantos estudos de opinião pelos vários órgãos de comunicação social a pretexto de tudo e de nada, talvez fosse bom, esses mesmos orgãos fazerem desta feita, um estudo junto dos portugueses em geral onde os desempregados ultrapassam os 1200 mil, para ficarmos a saber o que sentem os portugueses face a tantas mordomias para uns e, tanta miséria para outros.

E, já agora, o que pensarão os "mercados" destas brincadeiras futebolísticas!...Afinal será verdade que precisamos de alguma  "ajuda" para tirar o País do buraco em que o meteram?

Tenho para mim que este País está  a ser governado por políticos incompetentes ou mal intencionados por que após um ano de exercício, verificamos que os resultados são todos negativos em relação aos objectivos inicialmente apresentados. Mesmo assim, há sempre alguém, que se disponibiliza para fazer aquele papel ridículo de vir dizer que "estamos no bom caminho". 

Se isto não fosse um assunto muito sério, eu diria que este governo e quem o apoia continuam a brincar com a maioria dos portugueses. Como se governar um pais pobre fosse  uma festa onde só alguns podem entrar para se divertir.

Somos mesmo um País com muita  pobreza, onde alguns andam engravatados.

Agiotagem e conto do vigário





Por Carvalho da Silva, no Jornal «JN»





O povo português, como outros povos europeus, vive submetido a processos de agiotagem cada vez mais refinados e, em Portugal, o conto do vigário tornou-se prática da governação económica e política. Os portugueses foram convidados a fazerem de conta que eram ricos e embalados em falsas festas de modernidade, autênticas cortinas de fumo que escondiam negociatas e fraudes monumentais. Depois, passaram a ser acusados de irresponsáveis e de terem andado a viver acima das suas possibilidades.

Mas quem foram ao longo dos anos os "irresponsáveis", ou seja, os verdadeiros responsáveis pelas dificuldades em que vivemos e pelas limitações em que hoje se nos apresenta o futuro?

O relatório do Tribunal de Contas sobre as parcerias público-privadas é mais uma peça que confirma os negócios ruinosos feitos por vários governos. Trata-se de um processo prenhe de ilegalidades, de enganos, de fraudes e vigarices feitas sobre a riqueza e o interesse de todo um povo.

As promessas do primeiro-ministro de repor a legalidade nesses negócios não têm concretização possível, por duas razões: primeiro, o problema fundamental é a génese subversiva desse tipo de parceria; segundo, o Governo está de corpo e alma nos pressupostos políticos e nos objetivos económicos que sustentam essas parcerias. O problema só será resolvido quando tivermos um Governo identificado com os interesses do povo e não com os interesses egoístas dos grandes acionistas da banca e dos grupos económicos.

A trapalhada em que está envolvido o ministro Relvas é outra expressão das manipulações e atuações antidemocráticas. A insistência no distanciamento do ministro em relação a um dos "operários" das jogadas chantagistas com que estes processos se desenvolvem e os argumentos "legalistas" e formais que o primeiro-ministro, o Governo, os partidos do poder e outra gente do centrão político vão repetir, só agravarão a situação. O povo ficará mais descrente no Governo e nas instituições. Acumulam-se assim graves riscos para a democracia.

Conversas do dia


O meu vizinho do 5º Esqº  apareceu  ontem no café onde habitualmente  nos encontramos para a bica e a conversa do dia, muito zangado com um tal António Borges (AB) que passou  pelo FMI, Citibank, BNP Paribas, Petrogal, Sonae, Cimpor , Vista Alegre e Jerónimo Martins.
Hoje, (AB), parece ser ainda consultor do Governo para as privatizações e para as parvoíces descabeladas como aquela canelada de sexta-feira quando “recomendou” (na entrevista à Económico TV) que diminuir os salários não é uma política mas "uma urgência". Sabemos ainda (pelo título de um jornal) que a dita-cuja criatura ganhou 225 mil euros livre de imposto enquanto funcionário do FMI; a mesma instituição que pretende colocar os portugueses e o país na miséria através das políticas aconselhadas, seguidas  e implementadas  pelas troikas.
É claro que o meu vizinho tem toda a razão em estar zangado, não com a vida, mas com aqueles que fazem com que os seus dias sejam cada vez mais longos, mais sombrios, mais difíceis de viver. O sujeitinho anunciado que ganha milhões sem pagar impostos, pode ser mais desboucado que certos cucos-velhos do governo mas são todos farinha de mesmo saco; requentada e com cheiro a bafio que tresanda fazendo lembrar tempos vividos de má memória que importa tudo fazer para não voltarmos a repetir.

domingo, 3 de junho de 2012

Hoje pode ser dia de cinema (59)

Cosmopolis

Realização: David Cronenberg



Sinopse:
Eric, um golden boy de 28 anos, fez da sua vida um microcosmos obsessivo e violento do mundo de hoje em dia. Uma obra frenética e visual, numa unidade de tempo e lugar- 24 horas em Nova York.
Um filme de David Cronenberg cineasta visionário do colapso do mundo, adaptação de um romance entre o real e o virtual, onde o protagonista penetra num labirinto de imagens contraditórias e assimétricas, é uma promessa de luz para cada espectador.

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 2 de junho de 2012

Sendo sábado, temos música (126)





Já tive mulheres de todas as cores,
De várias idades, de muitos amores.
Com umas até certo tempo fiquei.
Prá outras apenas um pouco me dei.

Já tive mulheres do tipo atrevida,
Do tipo acanhada, do tipo vivida.
Casada carente, solteira feliz.
Já tive donzela e até meretriz.

Mulheres cabeça e desequilibradas.
Mulheres confusas, de guerra e de paz,
Mas nenhuma delas me fez tão feliz
Como você me faz.

Procurei em todas as mulheres a felicidade,
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade.
Foi começando bem, mas tudo teve um fim.

Você é o sol da minha vida, a minha vontade.
Você não é mentira, você é verdade.
É tudo o que um dia eu sonhei prá mim.

Já tive mulheres de todas as cores,
De várias idades, de muitos amores.
Com umas até certo tempo fiquei.
Prá outras apenas um pouco me dei.

Já tive mulheres do tipo atrevida,
Do tipo acanhada, do tipo vivida.
Casada carente, solteira feliz.
Já tive donzela e até meretriz.

Mulheres cabeça e desequilibradas.
Mulheres confusas, de guerra e de paz,
Mas nenhuma delas me fez tão feliz
Como você me faz.

Procurei em todas as mulheres a felicidade,
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade.
Foi começando bem, mas tudo teve um fim.

Você é o sol da minha vida, a minha vontade.
Você não é mentira, você é verdade.
É tudo o que um dia eu sonhei prá mim.

Procurei em todas as mulheres a felicidade,
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade.
Foi começando bem, mas tudo teve um fim.

Você é o sol da minha vida, a minha vontade.
Você não é mentira, você é verdade.
É tudo o que um dia eu sonhei prá mim.

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

São dez os jogadores da selecção que nasceram para o futebol na Academia do Sporting




Contas feitas, estarão no Europeu dez jogadores formados na Academia. Rui Patrício, Beto, Custódio, Miguel Veloso, Hugo Viana, João Moutinho, Nani, Quaresma, Silvestre Varela e Cristiano Ronaldo vão representar Portugal e em comum têm o facto de terem feito a sua formação futebolística de verde e branco vestidos. Esta dezena de jogadores é suficiente para ultrapassar os nove que o Barcelona coloca na prova que decorre na Polónia e Ucrânia entre 8 de junho e 1 de julho. Os culé “enviam” ao Euro sete jogadores que ainda representam o clube (Valdés, Piqué, Iniesta, Xavi, Fàbregas, Busquets e Pedro Rodríguez) e dois formados em La Masía mas que, entretanto, seguiram para outros clubes (Pepe Reina, do Liverpool, e Jordi Alba, do Valencia).
No Jornal «Record»

Spooooooooooorting!