quarta-feira, 30 de abril de 2014

Ao fim da tarde acontece...


A pouco mais de metro e meio de distância do local onde estou confortavelmente sentado, reparo que andam dois pardais em luta para debicarem o resto de uma codea de pão que por ali ficou. Para susto e decepção dos mesmos, eis que um pombo baixou de um beiral para disputar o mesmo manjar afugentando logo do local os pobres pardalitos. Situação esta que se altera com o aproximar de um rafeiro preto, de pequeno porte e coleira vermelha que, cheirando o resto do pão, vai junto ao poste mais perto alça a pata esquerda e marca aquele local com a sua passagem fazendo ali uma mijadela para, depois de aliviado, seguir em frente de cauda enrolada, na direcção indicada pelo seu GPS genético à procura de mais qualquer coisa.

Entretanto, olho o relógio; são 18 horas em Portalegre, estão 23 graus na Praça da República, as imperiais e os tremoços acabam de chegar à mesa…  

Uma saída não limpa

Por Eugénio Rosa, no sítio resistir.info

O governo PSD/CDS, a "troika" e os seus defensores quer nos órgãos de comunicação social quer fora deles, têm desenvolvido uma gigantesca operação de manipulação e de engano da opinião pública procurando fazer crer aos portugueses que a situação atual do país é muito melhor do que aquela que existia quando, em Março de 2011, tomaram conta do poder, já que foram criadas as condições que permitem a recuperação da sua economia e o país desenvolver-se. Falam mesmo de uma "saída limpa" procurando levar a opinião pública a pensar que agora o país está liberto dos obstáculos que, no passado, impediam o seu crescimento económico e desenvolvimento (recorde-se, a este propósito, o simbolismo do relógio de Paulo Portas) . Infelizmente a realidade é muito diferente daquela que têm pintado, como mostram os dados do próprio Banco de Portugal do quadro 1

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terça-feira, 29 de abril de 2014

Costa da Caparica

O Ministério das Finanças levou dois meses a autorizar o ministro do Ambiente a libertar os 5,1 milhões de euros para iniciar a requalificação das praias da frente urbana da Costa da Caparica, que ficaram sem areal durante as chuvadas deste Inverno. A promessa de Jorge Moreira da Silva foi feita em Fevereiro e a autorização chegou através de um despacho publicado em Diário da República, no fim da semana passada. "Perdeu-se demasiado tempo, avisa o presidente da câmara de Almada (PCP), que teme agora que o concurso público não fique concluído a tempo da abertura desta época balnear.
"Se demoraram 60 dias a tomar esta decisão, quanto tempo vão levar a concluir um processo tão burocrático e demorado como é um concurso internacional?", questionou ao i Joaquim Judas. Em causa, adverte o autarca, estão não só os "elevados prejuízos" dos concessionários que dependem da reabertura das praias, como também a própria época balnear de milhares de banhistas que todos os Verões usam as praias urbanas da Caparica nas férias e fins-de-semana. 
(no jornal «i»)

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Lembrete

(foto da net)

Escuto na rádio que as cantinas sociais (sopa dos pobres), com o aumento da pobreza,tiveram que aumentar 33% o número de refeições servidas  desde 2012. Trabalho da TSF que visitou três destes espaços em Olhão, Braga e Bragança.

- É esta folha-de-serviço..., que o desgoverno actual tem para apresentar como resultado positivo do seu trabalho... 

No próximo dia 25 de Maio vamos a votos.

  

domingo, 27 de abril de 2014

Hoje pode ser dia de cinema (102)

Realização: François Ozon



Sinopse
A história, em quatro estações e quatro canções, das aspirações e motivações de uma jovem de 17 anos que a levam a prostituir-se, não pela falta de recursos económicos, mas pelo prazer da descoberta da sexualidade e do jogo da sedução.

Bom domingo, boas notícias e bons filmes.

sábado, 26 de abril de 2014

Sendo sábado, temos música (204)





Ei-los que partem
velhos e novos
buscar a sorte
noutras paragens
noutras aragens
entre outros povos
ei-los que partem
velhos e novos

Ei-los que partem
de olhos molhados
coração triste
e a saca às costas
esperança em riste
sonhos dourados
ei-los que partem

de olhos molhados
Virão um dia
ricos ou não
contando histórias
de lá de longe
onde o suor
se fez em pão
virão um dia

ou não

Bom sábado e boa música

sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 de Abril SEMPRE!



Que nenhuma força contra o medo, a repressão, a exploração do homem pelo homem fique para trás.
"Comemorar Abril é uma oportunidade para afirmar a exigência que respeite e projecte os seus valores".
25 de Abril SEMPRE!

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Na senda de Calígula

Por Aurélio Santos, no jornal «Avante!»

«Roma locuta causa finita» (Roma falou questão encerrada)

Foi assim que o secretário de Estado da Administração Pública rematou no Parlamento a explicação do que tinha dito dias antes sobre os cortes nas pensões. Triste figura a do sr. secretário de Estado assumindo publicamente o papel de moço de recados, desdito pelos seus pares, quando afinal a notícia até era verdadeira.
E Roma «locuta» de novo através de entrevista de Passos Coelho na televisão.
A vacuidade da entrevista foi mais um pesado sacrifício imposto a quem a ouviu. Pelo muito que não disse ficamos a saber que os dois milhões e meio de pobres não tiram o sono ao Primeiro-ministro, que as 181 mil famílias em risco de perder a habitação são uma questão menor, que os dois milhões de desempregados são um dano colateral, e a descida do défice, supremo e único fim da governação, valem bem as 120 mil crianças com fome!
Afinal a História vai-se por vezes repetindo trazendo-nos novos, cruéis e perversos Calígulas que do alto da sua douta ignorância e flagrante incompetência semeiam a desgraça e destroem os povos. Convicto do seu insubstituível papel de timoneiro, de um barco feito de tormentas para muitos mas arauto de muitas boas novas para alguns (os ditos mercados), nem sequer percebe que felizmente cada vez mais o barco mete água, porque o povo está farto e, se tivesse a modéstia de olhar para baixo perceberia que já tem os pés molhados.
O timoneiro não passa afinal de um medíocre e vulgar caixeiro viajante que vende o País a retalho e exporta aquilo que tanto falta nos faz, os nossos jovens.
Estranha coincidência, ou não, também o Calígula do velho império romano espoliou os pobres para fazer face a uma crise económica que ele próprio provocou, também ele espalhou a fome em Roma e gostava de gerar a discórdia e desordem entre o povo.
Calígula acabou muito mal, assassinado pelos seus súbditos que tiveram a coragem de não ter medo, porque quando já se perdeu tudo ou quase tudo acaba inevitavelmente também por se perder o medo.
E em democracia os Calígulas só existem enquanto nós o consentimos.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Em tempo de escolher caminhos

(Hoje, na na capa do JN)

Este "calvário" tem que acabar! 

As políticas das troikas (interna&externa), não são inevitáveis. Existem outros caminhos. Queremos uma outra Europa que seja dos trabalhadores e dos povos.

Dia 25 de Maio temos Eleições para o Parlamento Europeu

segunda-feira, 21 de abril de 2014

domingo, 20 de abril de 2014

Hoje pode ser dia de cinema (101)

Realização: Charlie Stratton

 

Sinopse
Therese é uma jovem encantadora mas sexualmente reprimida, presa a um casamento sem amor com o seu primo Camille, um homem frágil e doente, imposto pela sua dominadora tia Madame Raquin. O dia-a-dia de Therese é passado em quase reclusão, atrás do balcão de uma pequena loja, enquanto as noites são gastas a assistir a tia a jogar dominó. Mas quando Therese conhece Laurent, um sedutor amigo de infância do seu marido, tudo muda. O que começa como uma excitante relação ilícita vai acabar por se desenvolver em acontecimentos com trágicas consequências para todos. (sapocinema)

sábado, 19 de abril de 2014

Sendo sábado, temos música (203)



Meu lírio roxo do campo
Criado na primavera
Desejava amor saber …ai ai …
A tua intenção qual era
A tua intenção qual era
Desejava amor saber
Meu lírio roxo do campo …ai ai …
Quem te pudesse colher
Toda a vida fui pastor
Toda a vida guardei gado
Tenho uma nódoa no meu peito …ai ai …
De me encostar ao cajado
De me encostar ao cajado
De me encostar ao bordão
Tenho uma nódoa no meu peito …ai ai …
No lado do coração
(De me encostar ao cajado
De me encostar ao bordão
Tenho uma nódoa no meu peito …ai ai …
No lado do coração)
De me encostar ao cajado
De me encostar ao bordão
Tenho uma nódoa no meu peito …ai ai …
No lado do coração
Tenho uma nódoa no meu peito …ai ai …
No lado do coração…

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Gabriel Garcia Marquez (1927-2014)

Faleceu ontem no México o grande escritor colombiano,  Gabriel Garcia Marquez com 87 anos de idade tendo sido  Prémio Nobel da Literatura em 1982.
Por todo o lado, fica  a sua longa e apreciada obra literária onde convive a imaginação, o mito, o sonho, a realidade e o desejo.
Que descanse em paz.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Um luxo

Por Anabela Fino, no jornal «Avante!»
Num tempo particularmente prolixo em declarações oficiais e afins, que tanto podem significar uma coisa como o seu contrário, cresce a sensação de que as palavras do nosso rico e vasto vocabulário afinal não chegam para exprimir os sentimentos que avassalam quantos se confrontam diariamente com míngua de tudo o que era suposto terem assegurado: um tecto que dá abrigo, o pão na mesa, a água na torneira, o gás no fogão, uma luz acesa, um salário condigno...
São luxos, senhores, são luxos, repetem-nos diariamente na televisão e nos jornais governantes, comentadores, empresários, especialistas disto e daquilo que não fazem a mais pálida ideia do que seja a vida dos reformados como aquela senhora – chamemos-lhe Lurdes – viúva ao fim de uma existência de muito trabalho e canseira para criar os filhos, que de um momento para o outro viu desaparecer a maior parte da reforma que já mal chegava para a farmácia e para a parca dieta, e hoje está obrigada à suprema humilhação de aguardar no canto do balcão do café do bairro, num silêncio que ensurdece quem a vê, a esmola do pão que sobrou e não pode comprar ou dos bolos de véspera que não pode comer – é diabética – mas que aceita para levar para os netos.
São luxos, senhores, são luxos, dizem os patrões e o Governo falando do salário mínimo nacional, essa miséria de retribuição a quem trabalha e que a todos devia envergonhar, agora transformado em isco eleitoral com a promessa de um mísero aumento há muito desactualizado e em moeda de troca para uma dose reforçada de exploração através do aumento do horário de trabalho, da flexibilidade, do trabalho extraordinário sem retribuição e o mais que a sede do lucro possa imaginar.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

A troika interna = a troika externa. Sem novidades!

A maioria PSD/CDS-PP e o PS votaram hoje juntos contra o projeto de resolução do PCP, que defendia a renegociação da dívida externa portuguesa, face aos votos favoráveis de comunistas, bloquistas e ecologistas, no Parlamento.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Actualização do salário mínimo é uma questão de decência

Por José Vítor Malheiros, no jornal «Público»

(...) Os artigos que lemos nos jornais falam sempre de percentagens da população em “risco de pobreza” mas trata-se de um eufemismo. É um eufemismo que a terminologia oficial impôs, que as estatísticas usam e que os próprios investigadores aceitaram, mas é um vergonhoso eufemismo. Estes dois milhões de portugueses que não conseguem pagar transportes para ir trabalhar, que não conseguem dar refeições decentes aos seus filhos, que não têm dinheiro para comprar manuais escolares, que não têm dinheiro para pagar uma consulta num hospital público, que não conseguem aquecer a casa no Inverno, que se escondem à hora de almoço porque nem sequer podem levar para o local de trabalho uma marmita com sopa, não correm “risco de pobreza”. São mesmo pobres. Porquê então o “risco”? Porque é do interesse dos poderes suavizar a expressão para se desresponsabilizarem da situação, para poderem negar a sua extensão e para reduzir o impacto social das estatísticas.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Se é esta gestão dos dinheiros públicos que quer para o nosso País, continue a votar nos mesmos - dia 25 de Maio temos eleições.

CP abate locomotivas acabadas de modernizar


"Berlim manda, Lisboa obedece. E os interesses alemães levam a que, provavelmente, se comprem coisas que não fazem falta", comentou o líder do Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, Francisco Fortunato, defendendo que a compra à multinacional alemã foi, no mínimo, exagerada no número de locomotivas.

domingo, 13 de abril de 2014

Hoje pode ser dia de cinema (100)

Realização:Roger Michell


Sinopse
Nick e Meg Burrows regressam a Paris, cidade onde passaram a lua-de-mel, para comemorarem o 30º aniversário de casamento. Planeado como um fim de semana para reencontrarem o romance num casamento de muitos anos, o que na realidade acontece é a libertação das tensões há muito acumuladas por ambos, às vezes de forma bem-humorada mas também dolorosa. 
(sapocinema)

Bom domingo, boas leituras e bons filmes.

sábado, 12 de abril de 2014

Sendo sábado, temos música (202)



Eu já não sei
Se fiz bem ou se fiz mal
Em pôr um ponto final
Na minha paixão ardente
Eu já não sei
Porque quem sofre de amor
A cantar sofre melhor
As mágoas que o peito sente
Quando te vejo e em sonhos sigo os teus passos
Sinto o desejo de me lançar nos teus braços
Tenho vontade de te dizer frente a frente
Quanta saudade há do teu amor ausente
Num louco anseio, lembrando o que já chorei
Se te amo ou se te odeio
Eu já não sei
Eu já não sei
Sorrir como então sorria
Quando em lindos sonhos via
A tua adorada imagem
Eu já não sei
Se deva ou não deva querer-te
Pois quero às vezes esquecer-te
Quero, mas não tenho coragem
Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Os salários e as reformas - os carregadores do piano.

(...) Em 2013, Portugal atingiu uma carga fiscal sobre os salários de 41,1%, acima da média dos 34 países, que ficou nos 35,9%, depois da introdução da sobretaxa de IRS e da diminuição dos escalões.

Salario Mínimo Nacional atual é já inferior, em poder de compra, ao de 1974 pois corresponde a 13,70€

O PODER DE COMPRA DO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL DE 2014 CORRESPONDE APENAS A 13,70€ DE 1974, E SERIA NECESSÁRIO FIXÁ-LO EM 584€ PARA TER O MESMO PODER DE COMPRA QUE O SMN DE 1974 NO ANO EM QUE ESTE FOI CRIADO
 Em 1974 foi criado, pela primeira vez em Portugal, um Salario Mínimo Nacional (SMN), tendo o seu valor sido fixado em 3.300 escudos, o que corresponde a 16,50€ na moeda atual. Se aos atuais 485 €, que continuam a ser desde 2011 o valor do SMN, deduzirmos o efeito do aumento de preços, ele ficaria reduzido apenas a 13,70€, ou seja, com o valor atual do Salario Mínimo Nacional adquiria.se em 1974 o que se compraria com o valor em escudos correspondente a 13,70€ O gráfico 1 mostra a evolução do SMN em termos nominais no período 1974-2013, em poder de compra do SMN de 1974, e o valor que o SMN devia ter em cada ano para manter o poder de compra que tinha o SMN de 1974 no ano em que foi criado.
Estudo realizado por Eugénio Rosa que pode continuar a ler aqui.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

À lombada

Por Henrique Custódio, no jornal «Avante!»

Pedro Lomba decidiu fazer prova de vida e afirmou que «o Governo tenta continuar e desenvolver o espírito do 25 de Abril original».
O que entenderá o secretário Lomba por «espírito do 25 de Abril»? E por espírito do 25 de Abril «original»? Sabendo-se que o senhor não existia ou andava de cueiros quando ocorreu o caso, depreende-se com razoável probabilidade de que lado do 25 de Abril o sr. Lomba efectivamente está: o dos mesmos que, em pleno processo revolucionário, reclamavam contra «os exageros» – à falta de coragem para se oporem às medidas revolucionárias –, argumentando depois que «o espírito» do 25 de Abril «estava desvirtuado» e, finalmente, que a Revolução em curso era contra o tal «25 de Abril original», apesar de o Programa das Forças Armadas ser claríssimo na sua matriz de 10 Pontos Programáticos, que foram sendo paulatinamente cumpridos ao longo do processo revolucionário.
Na verdade, o que havia de «original» nestes «25 de Abril» de pacotilha era o fascismo, literalmente dito, que os protestadores tremebundavam ao vê-lo derrubado.
É esta a «originalidade» que o Lomba convoca 40 anos depois, continuando a fugir a sete pés de chamar os bois pelos nomes.
Mas este secretário adjunto, do também adjunto ministro Maduro (por assim dizer, vão-se adjuntando uns aos outros) não constitui novidade na procelosa equipa Passos/Portas. O núcleo duro desta ranchada mergulha raízes na burguesia salazarista e nos valores coloniais, herdando as dores revanchistas dos seus mais velhos e pondo-as «a pagamento» no «Portugal novo» e «com outro paradigma» com que o Governo de Passos Coelho tem vindo selvaticamente a apunhalar o País, acobertado pelas auto-assumidas «exigências da troika».
O Governo de Passos Coelho é um gigantesco embuste de que a História há-de dar conta.
Ele e a sua tropa fandanga assumiram o poder na confluência dramática da expulsão de Sócrates pelo eleitorado, farto que estava da sua política de ataque aos trabalhadores da Função Pública e aos sistemas fulcrais das funções sociais do Estado, em regime democrático – Saúde, Ensino e Segurança Social. Afinal, os fundamentos dos ataques actuais. Passos subiu ao poder montado numa esquelética vitória e sufragado por um conjunto de promessas que não tinha a mínima intenção de cumprir.
Os despautérios e as puras imbecilidades têm abundantemente surgido no «acto governativo» desta gente, desde o primeiro-ministro ao seu «vice» e passando pelo resto da banda. O Lomba, após vários actos hilariantes (osbriefings que eram diários e se sumiram vertiginosamente por entre os seus próprios dedos), arriscou dar uma de ideólogo e decretou que o Governo está a continuar e a desenvolver o «espírito do 25 de Abril original».
O País já sabia. Significa fascismo. E a descoberta do Lomba pode dar-lhe uma Lombada.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Riscos de uma campanha eleitoral falhada

Por Otávio Teixeira, no sítio resistir.info
É visível que entrámos já na campanha eleitoral para o parlamento europeu. Mas, pelo que "vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar", parece que nessa campanha não haverá espaço para discussão do problema central que é a saída do Euro ou, pelo menos, que nenhuma força política defenderá a saída da zona Euro. É uma situação para mim incompreensível, designadamente no que respeita aos partidos de esquerda. Quer pelos efeitos nefastos que a adesão ao Euro gerou, e a permanência no Euro continuará a gerar, sobre a economia e sobre a sociedade, em particular sobre os trabalhadores. Quer pelo que o Euro significou, e continuará a significar, nas perspectivas da divisão internacional do trabalho no âmbito da zona Euro e do aprofundamento do neoliberalismo. O Euro tem enormes efeitos nefastos sobre a economia portuguesa:>a) degrada as nossas capacidades de exportação nos sectores em que a procura é mais sensível ao preço e aumenta a pressão sobre as empresas no mercado interno devido à baixa do preço em Euros dos produtos importados de países exteriores à zona Euro, com consequências pesadas para as PMEs, reduzindo as suas capacidades de investimento e consequente competitividade futura e obrigando-as a endividarem-se acrescidamente;   b) acentua a desindustrialização do país, o agravamento dos défices externos, o endividamento externo das empresas e do Estado, a recessão ou prática estagnação do crescimento;   c) impede o financiamento da dívida pública com recurso ao Banco Central, obrigando o Estado a financiar-se exclusivamente nos mercados financeiros e a reduzir a despesa pública (veja-se o tratado orçamental) com a consequente pressão em baixa sobre a procura agregada. Em resultado destes efeitos, o Euro impõe a redução das remunerações e das pensões de reforma, com efeitos negativos sobre a redistribuição do rendimento, a prestação de serviços públicos e o emprego.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A malha da rede democrática não é igual para todos neste País de pouco Abril

Presidência da República e parlamento escondem as compras que fazem

(...) O MAU EXEMPLO DE BELÉM O mau exemplo começa desde logo em alguns órgãos de soberania como a Presidência da República e o parlamento. A AR até divulga os contratos na sua página oficial, e já publicou seis contratos de 2008 mas desde então mais nada. O i confrontou a secretária-geral da AR com esta informação mas não obteve resposta. O questionou também o porta-voz de Cavaco Silva sobre o facto da Presidência da República nunca ter publicado qualquer contrato mas também não obteve resposta.

sábado, 5 de abril de 2014

Sendo sábado, temos música (201)



As cores de abril
Os ares de anil
O mundo se abriu em flor
E pássaros mil
Nas flores de abril
Voando e fazendo amor
O canto gentil
De quem bem te viu
Num pranto desolador
Não chora, me ouviu
Que as cores de abril
Não querem saber de dor
Olha quanta beleza
Tudo é pura visão
E a natureza transforma a vida em canção
Sou eu, o poeta, quem diz
Vai e canta, meu irmão
Ser feliz é viver morto de paixão
Bom sábado, boas notícias e boa música

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Passos Coelho "ataca" Constituição desde 1996

Jerónimo de Sousa, no aniversário da Constituição da República Portuguesa de 1976

"O ataque à Constituição vem de longe. Em 1996, o projeto de revisão constitucional que teve como primeiro subscritor o então presidente da JSD, Passos Coelho, pretendia eliminar a possibilidade de fiscalização preventiva da constitucionalidade das leis por parte do Tribunal Constitucional (TC)", afirmou Jerónimo de Sousa, perante quase centena de pessoas, no dia do 38.º aniversário da aprovação do texto fundamental, na biblioteca da Assembleia da República
O líder comunista recordou que, "em 2010, logo que assumiu a liderança do PSD, Passos Coelho, liderou uma tentativa frustrada de ataque" (...), "com a apresentação de um projeto de revisão constitucional em cujo preambulo se pode ler que "a Constituição, tal como se encontra redigida, cria muitos obstáculos e entraves às reformas de que Portugal tanto carece".

Venezuela é "exemplo mundial" na erradicação da fome

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) destacou ontem os esforços da Venezuela para erradicar a fome como "um exemplo mundial" a seguir.

"A Venezuela é um exemplo de como erradicar a fome e a pobreza na região. Implementou de maneira sistemática medidas, a curto e longo prazo, tão fundamentais que têm que ver não apenas com colocar um prato de alimentos na mesa, mas fazê-lo de maneira sustentável", disse o diretor da FAO para a América Latina e Caraíbas.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Cavalo de Troi(k)a

Por Jorge Cordeiro, no jornal «Avante!»
A entrevista de Durão Barroso, em jeito de balanço como presidente da Comissão Europeia, ficará guardada como exemplar exercício de desfaçatez, só ao alcance daqueles que, na pequenez de espírito que carregam, se sentem impulsionados pela relativa impunidade que os cargos dourados que exercem lhes facultam. Saído da vida política nacional pela porta pequena da deserção para logo entrar pela janela dourada do actual cargo, Durão sairá dali como entrou: associado, pelo que cá fez e lá ampliou, a um percurso de comprometimento da soberania nacional, de venda do País ao estrangeiro e de empobrecimento da vida de milhões de portugueses.

terça-feira, 1 de abril de 2014

50 anos de uma história mal contada

Por Renata Mielli, no seu blog Janela sobre a palavra

Há 50 anos a democracia brasileira sofreu um duro golpe. A trajetória do nosso Brasil tem sido traçada desta forma: períodos de democracia e ditaduras. A luta do povo por direitos e liberdade, contra os interesses da elite econômica que domina o país. 

Além de todas as atrocidades cometidas pela ditadura durante a sua vigência, uma em particular continuou sendo cometida após a redemocratização e de certa maneira perdura até os dias de hoje: a simbólica. A historiografia oficial, que durante mais de 30 anos chamou o golpe de revolução e que qualificou os que lutaram pela democracia como terroristas e guerrilheiros, ainda é amplamente utilizada em escolas e repetida em veículos de comunicação. 

Aos Filhos da Puta



Quem ainda não foi vítima de algum... ponha o braço no ar!