sábado, 31 de dezembro de 2011

O melhor possível


A todos os visitantes desejamos que o ano de 2012 seja o melhor possível , com boas entradas e boas festas, depois...
Amanhã é feriado e a seguir  continuamos a luta por um país mais justo!...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

– Um governo e uma "troika" estrangeira, cegos pela ideologia neoliberal, querem destruir a economia e a sociedade portuguesa

(...)Apesar da falência de milhares de empresas e do aumento brutal do desemprego e da pobreza em Portugal em 2011, o objectivo de redução do défice para 5,9% não foi atingido porque era irrealista. O défice orçamental de 5,9% em 2011, anunciado triunfalmente pelo governo e pela "troika" estrangeira, não é real. É sim um défice fictício, já que só foi conseguido com a utilização de uma parte dos activos dos fundos pensões dos bancários. O verdadeiro défice de 2011 foi de 7,5% do PIB, o que corresponde a 12.737,5 milhões €. E em 2012, o governo e a "troika" pretendem reduzir o défice orçamental para 4,5%, ou seja, para 7.556,9 milhões €, o que significa uma diminuição de 40,7% (-5.180 milhões €). A redução do défice nesta dimensão, quando Portugal já se encontra em plena recessão económica, só poderá determinar mais destruição da economia, a falência de milhares de empresas, o aumento brutal do desemprego, a generalização da pobreza e da miséria, e sacrifícios enormes para a maioria dos portugueses. É um objectivo que, se for concretizado, só poderá levar o país a um grande retrocesso económico e social.

Estudo realizado por Eugénio Rosa, públicado em resistir.inf., o  qual  pode ler na totalidade aqui.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Neste fim de tarde...



...porque ouvi na rádio e gostei, deixo aqui para vossa apreciação. "Na Calma Dos Teus Olhos".

A receita...

Cartoon de hoje no «JN»

...só pode ser, conforme afirma a CGTP-IN, a de avançar com o «kit da constestação»,à politica do Governo e aos objectivos do capital.

- Só com esse remédio (tomado com determinação), poderemos sair deste estado de "enfermidade" em que os sucessivos governos  vêm colocando os portugueses e o País. Digo eu!...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Para sair da crise, é preciso “romper com a troika” e obrigá-la a “renegociar a dívida”

Uma verdade que só  pessoas de má-fé, governantes e seus serventuários políticos e comentadores de TV ao serviço do governo, não entendem... ou, entendem e dizem o contrário para não saírem (por enquanto) do conforto dos respectivos chorudos tachos.

Entrevista com Éric Toussaint, que pode ler aqui.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Os nossos votos



Nesta quadra descolorida em muitos lares portugueses (por imposição das troikas, serventuários do capitalismo e afins), fica a imagem acima para que cada um a pinte com as cores das suas possibilidades...
Aqui no Ponta Esquerda vamos pinta-la com as cores da luta para que o próximo Natal seja melhor para todos e que os únicos a emigrar sejam aqueles que hoje no conforto dos gabinetes do governo, indicam esse caminho aos portugueses como única alternativa para terem trabalho.

Um Natal com um futuro melhor para a grande maioria dos portugueses,  são os nossos votos.



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A carne, os ossos e o sangue

Por Vasco Cardoso, no Jornal «Avante!»


A crise do capitalismo – da qual as crises na UE e do próprio euro são expressão – aprofunda-se, e muito.

No centro da densa malha ideológica tecida para legitimar o brutal agravamento da exploração dos trabalhadores e o saque dos recursos dos povos, está o «mau comportamento» ou a «irresponsabilidade» dos países da periferia da UE. É preciso – dizem! – impor «sacrifícios» e «castigar» os países «mal comportados», «irresponsáveis», os ditos PIIG (porcos!) com toda a carga reaccionária que o termo comporta, os que gastaram mais do que aquilo que tinham.

Escondem com esta doutrina a natureza de um sistema, assente no seu desenvolvimento desigual e assimétrico, e que se expressou, neste caso concreto, em excedentes comerciais históricos na Alemanha – em proveito do grande capital alemão, sobretudo financeiro – à custa dos défices e do endividamento de outros países, como Portugal.

A política de destruição do aparelho produtivo, a desindustrialização do país, a privatização de empresas estratégicas, o desaproveitamento e cedência de importantes recursos nacionais, fizeram parte de uma estratégia que visou arrumar Portugal como país consumidor dos excedentes dos outros e fornecedor de mão-de-obra barata. Os milhões de fundos comunitários e a introdução do euro – uma espécie de marco disfarçado – funcionaram como lubrificantes no processo de concentração e centralização de capital que se registou na UE, e do qual os grupos monopolistas de base nacional saíram, também, beneficiados. Simultaneamente, atiraram-se à dívida pública entretanto acumulada, tornando-a, também ela, um instrumento de saque por via da especulação e dos juros obscenos que exigiam, e exigem.

E o que querem agora? Querem o resto. Não querem resolver o problema da dívida ou do défice (muito menos do desemprego ou do crescimento económico). Precisam desses instrumentos para nos condenar à servidão. Chamando-lhe «ajuda externa» querem mais horas de trabalho e menos salário; despedir à bruta; tomar as empresas públicas e os recursos do País; limpar prejuízos aos banqueiros; vigiar as massas; decidir do orçamento, das leis, da Constituição. Querem a carne, os ossos e o sangue. Querem ir até onde o nosso povo deixar!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Segurança Social paga para mudar direcção

Segundo informa o «JN», o governo prepara-se para gastar 60 mil € com a substituição de um militante do PS por um outro do PSD na Direcção Distrital da Segurança Social de Aveiro. Justificação? É a do costume..., trata-se de arranjar tachos para os familiares ou portadores do cartão do Partido de quem está no Governo, aplicando a regra do "quero, posso e mando".

É urgente correr com esta cambada de incompetentes, mal formados e  serventuários do capitalismo que o único futuro que prometem para os portugueses é a miséria e  emigração, conforme têm vindo a anunciar ultimamente para os jovens e professores desempregados.

sábado, 17 de dezembro de 2011

A diva da música de Cabo Verde, faleceu hoje, aos 70 anos quando estava internada num hospital na ilha de São Vicente. "Cabo Verde perdeu uma das suas principais vozes" disse o ministro da Cultura de Cabo Verde, Mário Lúcio Sousa.




Beijo Roubado

Dizem que o beijo roubado
Embora seja de amor
É crime na terra, no céu é pecado
Mas o homem criminoso e pecador...

Para mim, está tudo errado
Beijo roubado tem mais calor
Quantos beijos eu ganhei do meu amor,
Eu não contei, nem ele contou

Mas nem um beijo
Foi mais beijo
Que o primeiro beijo
Que eu fingi negar, ele roubou.

Para mim, está tudo errado
Beijo roubado tem mais calor.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Direitos laborais...



...cabe ao povo com a sua luta defender as oito horas de trabalho e as conquistas de Abril.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"A democracia está posta em causa"

Depois de um encontro com o Presidente da República, Carvalho da Silva condenou a falta de diálogo do Governo.

"Não há diálogo, não há negociação, este Governo não tem diálogo social nenhum", afirmou o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República, que se prolongou por mais de hora e meia. «Económico»

Missão quase cumprida... A "prescrição é já ali".





-Relação aceita recurso de Isaltino e manda analisar prescrição de delitos, informa esta tarde o «JN»

Que futuro é este ??




(...)Mais de metade dos jovens até 25 anos e um quarto dos jovens entre os 25 e os 34 anos ganha menos de 500 euros, devido a empregos precários e de baixa qualificação. «JN»

Assim vai a economia deste país,com os governantes de pensamento bloqueado em cortar, cortar e cortar, nos apoios e na regalias sociais a esta vasta camada da população portuguesa e, ainda, a obrigar a trabalhar mais meia hora por dia sem receberem mais por isso.

Será que esta gente (governo, patronato e troikas), pretende que voltemos ao antes de 1 de Maio de 1886 data onde se iniciou a luta política nos Estados Unidos pela jornada de 8 horas de trabalho diário?
É uma vergonha, uma incompetência e um perigo para as gerações futuras, como se  vem a (des)governar o país.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A crise passa... os amigos ficam.

Nesta quadra festiva, faz sentido recordar e reviver os amigos, apesar do governo, ter resolvido acabar com a satisfação da partilha dos presentes de Natal à maioria das crianças deste pais.




Os Amigos

Os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria —
por mais amarga.

Eugénio de Andrade, in "Coração do Dia"

domingo, 11 de dezembro de 2011

Contra o "pacto de agressão e rapina" da 'troika'.

Foto do PCP


Ontem em Lisboa milhares de reformados marcharam por uma vida melhor.



(...)"O roubo na pensão não é solução", "Não ao roubo dos salários e pensões" e "Ser reformado não é defeito, exigimos mais respeito" eram algumas das palavras entoadas pelos manifestantes, que seguravam bandeiras negras e cartazes a contestar os cortes na saúde e nos transportes públicos. «JN»

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

No regresso...

...Alguns dias depois  da atracagem do Uíge ao cais de Alcântara, que me trouxe de volta com outros soldados da guerra da Guiné, ao passar por uma loja de venda de discos na baixa de Lisboa, era esta a música que tocava,convidando-nos  a entrar para comprar discos.

Estávamos no ano de 1973.




Um resto de bom feriado para todos.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ir ao centro de saúde ou uma urgência hospitalar vai custar o dobro em 2012

Fica assim conhecida mais uma "prenda "para o cabaz da miséria que estes indivíduos (técnicos do martelo e sem consciência social) preparam para os já sacrificados portugueses com os aumentos dos transportes, da electricidade, do gás, do IVA, do IMI e com a perda já este ano de parte do subsídio de Natal e tudo o mais  anunciado para 2012.

Portugal há muito que bateu no fundo e estes políticos neoliberais  que têm governado o país continuam a  escavar o buraco..., criando miséria e desigualdade social por forma a satisfazer as suas clientelas políticas. Dizem-nos que os sacrifícios são necessários para salvar a UE mas o que se trata é de salvar o sistema capitalista onde nos meteram e nos querem manter.

É importante a consciencialização  política a indignação e a disponibilidade  para a luta. Porque esse é o caminho que temos que seguir, se queremos  construir um Portugal melhor, mais solidário e com maior justiça social.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Trabalho e Estado social

Por Carvalho da Silva, no Jornal «JN» em 2011-12-03

Grande parte dos problemas com que o país e a União Europeia se debatem têm a sua origem na secundarização da economia sustentada no valor do trabalho e na sua substituição pela economia da financeirização. Dir-me-ão, e com verdade, que esse é um problema global e que a génese de tal "evolução" se funda nas características genéticas do sistema capitalista e na sua actual fase de domínio da ideologia neoliberal.

Grande parte dos problemas com que o país e a União Europeia se debatem têm a sua origem na secundarização da economia sustentada no valor do trabalho e na sua substituição pela economia da financeirização. Dir-me-ão, e com verdade, que esse é um problema global e que a génese de tal "evolução" se funda nas características genéticas do sistema capitalista e na sua actual fase de domínio da ideologia neoliberal.

Tomando a mudança enunciada, coloco em relevo que a economia da financeirização foi implementada com a muleta da ideologia da tecnocracia, que torna não racionais todas as opções que não se expliquem pelo lucro imediato, controlado e apropriado pelos detentores de poderes dominantes. Todas as variáveis deste processo são traduzidas em números, tratados da forma mais fria possível mesmo que se trate de pessoas, sem contabilização de custos sociais, culturais, ambientais, políticos ou económicos a prazo.

domingo, 4 de dezembro de 2011

"Pior que perder"



Continuação de bom domingo; com sofá, filmes, boas leituras e boa música.

"Amanhã, a luta continua!"

Hoje pode ser dia de cinema (45)

A Dívida
 Realizador: John Madden



Sinopse

Este thriller de espionagem começa em 1997 quando os ex-agentes secretos da Mossad, Rachel e Stefan, recebem notícias chocantes do antigo colega David. Os três foram venerados no seu país durante décadas por uma missão que levaram a cabo em 1966, quando o trio perseguiu o criminoso Nazi Vogel em Berlim de Leste. Sob um enorme risco, a custo pessoal, a missão terá sido cumprida – ou tal vez não. O suspense vive entre dois períodos da história, com ação crescente e revelações surpreendentes. «sapocinema»

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Para o seu final de sábado



Dê o braço à sua cara-metade, dirijam-se a um lugar do vosso agrado  e façam o favor de dançar e ser felizes.

"Amanhã será um novo dia".

Sendo sábado, temos música (110)

Hoje, vamos escrever para a família e meter os postais nos correios.




Querida mãe, querido pai. Então que tal?
Nós andamos do jeito que Deus quer
Entre os dias que passam menos mal
Lá vem um que nos dá mais que fazer

Mas falemos de coisas bem melhores
A Laurinda faz vestidos por medida
O rapaz estuda nos computadores
Dizem que é um emprego com saída

Cá chegou direitinha a encomenda
Pelo "expresso" que parou na Piedade
Pão de trigo e linguiça pra merenda
Sempre dá para enganar a saudade

Espero que não demorem a mandar
Novidade na volta do correio
A ribeira corre bem ou vai secar?
Como estão as oliveiras de "candeio"?

Já não tenho mais assunto pra escrever
Cumprimentos ao nosso pessoal
Um abraço deste que tanto vos quer
Sou capaz de ir aí pelo Natal

Bom sábado, boas notícias e boa música.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

1º. de Dezembro


Cartoon Elias o sem abrigo, no «JN»

Uma opção de classe

Por Anabela Fino, no Jornal «Avante!»


Raras vezes os portugueses terão tido oportunidade de ouvir explicação tão clara sobre as opções políticas do Governo como a que foi dada esta segunda-feira por Luís Campos Ferreira, deputado do PSD, na RTP Informação.
O tema em debate era o Orçamento do Estado para 2012 e a proposta para aumentar os limites dos cortes graduais nos subsídios dos funcionários públicos e pensionistas, apresentadas nos últimos dias como uma espécie de bandeira das «preocupações humanitárias» da maioria parlamentar. Em estúdio com a jornalista que apresenta o programa, Campos Ferreira clamava a sua incompreensão por não ver reconhecida e aclamada pelas oposições essa imensa benesse de cortar «apenas» um dos subsídios aos funcionários públicos que auferem entre 600 e 1100 euros, mantendo o corte dos dois subsídios «apenas» para quem tenha rendimentos a partir de 1100 euros. No estúdio do Porto estava Rui Sá, antigo vereador do PCP na Câmara do Porto, que em duas penadas reduziu a proposta às suas verdadeiras dimensões, demonstrando a demagogia de pretender apresentá-la como prova de «equidade nos sacrifícios» pedidos aos portugueses e enfatizando o facto de a banca e o grande capital continuarem não só livres deles como a ser beneficiados/engordados com milhares de milhões de euros que os portugueses são chamados a pagar com o aumento da sua miséria.
Campos Ferreira não contestou os factos mas foi lépido na resposta: os portugueses não votaram nas opções comunistas mas sim nas do PSD, que assenta a sua governação e a sua política em opções de classe. Ora bem. Está tudo dito, nem são precisas mais explicações.

É claro que o deputado do PSD se «esqueceu» de dizer que na campanha eleitoral Passos Coelho chegou a considerar um absurdo o corte de subsídios, garantiu que os funcionários públicos não seriam mais penalizados, rejeitou terminantemente a hipótese de despedimentos, etc., etc., etc. Mas bem vistas as coisas nada disso altera a essência da confissão de Campos Ferreira: é tudo uma questão de opção de classe. Uns exploram e outros são explorados. Por isso mantém toda a actualidade o apelo do velho Marx: Proletários de todos os países Uni-vos

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Será verdade?...

...assim sendo, fica bem retratarem-se!

Evasão Fiscal

Fisco exige 750 mil euros a Américo Amorim

(...)Viagens de família, massagens, tampões higiénicos, cintos de pele de crocodilo, cabeleireiro, faqueiros em prata, mercearia e uma festa de aniversário de uma neta. Estes são alguns dos exemplos de despesas pessoais que o Fisco encontrou registados nas contas da Amorim Holding 2 entre 2005 e 2007 e que permitiram à empresa subtrair a sua factura de IRC durante aquele período. «Jornal de Negócios».

É importante que os portugueses fiquem a saber que é para esta gente encher os bolsos e, pelos vistos não comprirem com as suas obrigações com o Estado que o Governo quer impor a todos mais meia hora de trabalho diário de borla (tipo escravo), reduzir o numero de feriados, dias de férias e parece que em alguns casos até os vecimentos, inicialmente contratados.

São os ditames do capitalismo financeiro albergado no nosso país pelas políticas dos sucessivos governos que temos tido nos últimos trinta e cinco anos, e que nos conduziram ao ponto em que estamos; criando desemprego, precariedade e miséria na grande maioria das famílias portuguesas, empurrando Portugal para um buraco cada dia mais fundo, do qual só é possivel sair pela força da indignação popular e da luta organizada nos vários sectores da sociedade portuguesa.



sábado, 26 de novembro de 2011

Sendo sábado, temos música (109)

Epígrafe Para a Arte de Furtar. É a sugestão musical para hoje.





Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei

Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei

Sempre há quem roube
Quem eu deseje
E de mim mesmo
Todos me roubam

Quem cantarei
Quem cantarei


Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei

Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei

Roubam-me a voz
quando me calo
ou o silêncio
mesmo se falo

Aqui d'El Rei.


Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A troca de palavras necessária.

Portugal vai pagar à troika, composta pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, um montante em juros que equivale a quase metade do dinheiro que o país pode receber ao abrigo dos empréstimos do programa de assistência financeira. Jornal «Público»

Em bom rigor, na informação acima exposta a palavra empréstimos   devará ser substituida por roubos porque é na verdade do que se trata...

Não é o Povo o responsável pela crise



Diga o Governo o que quiser no sentido de desvalorizar os efeitos e o esforço dos trabalhadores no dia de GREVE GERAL; ela realizou-se, foi um sucesso (apesar dos sacrifícios dos grevistas porque  a vida não está facil!), do ponto de vista da mobilização do povo para esta jornada de luta que, como foi afirmado durante as várias manifestação e concentrações por todo o país,"a luta vai continuar, porque não é o povo o responsável pela crise, nem queremos Portugal no caminho da Grécia".

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mais promessas do PSD/CDS para o saco roto.

(...)A correcção que PSD e CDS prometeram que iria aparecer nas propostas de alteração ao Orçamento do Estado (OE) não passa afinal de fixar um tecto a partir do qual a acumulação deixa de ser possível. Para trás ficou a promessa de tirar, por completo, a pensão vitalícia a quem receba do privado. Jornal «i».

Infelizmente a política de direita e os seus serventuários ainda vão fazendo caminho neste País. É urgente por isso mesmo: consciencializar, organizar, mobilizar e lutar para que haja um amanhã melhor do que aquele que nos querem impor, o qual, a ser concretizado,  nos conduziria para a miséria e para o afundamento colectivo dos portugueses.
Existem alternativas a estas políticas. 
Vamos lutar por elas! Já amanhã, com uma grande adesão e participação na  GREVE GERAL.

domingo, 20 de novembro de 2011

O sentido de classe...

....Afinal!  O patronato com  as suas associações, o Governo e os mercados, o PS e os seus Sindicatos, são todos «ramos da mesma árvore».
Será mais ou menos esta  a conclusão que logo ao fim do dia  o Tó Zé vai retirar, no  encerramento do congresso da CSS... 

Nós por cá, já desconfiava-mos que o  comportamento desta gente, em relação á Greve Geral do próximo dia 24 fosse esse...  Aquela abstenção do PS na votação do OE para 2012, não deixava margem para grandes dúvidas quanto ao sentido de classe deste partido que há anos meteu o socialismo na gaveta  e que ano após ano, o vai mudando para a gaveta de baixo no armário da luta de classes.

Mas não fiquem (patronato, Governo, mercados e PS) descansados, porque o povo português vai continuar a lutar, defendendo os seus interesse, dos trabalhadores e do país. 





sábado, 19 de novembro de 2011

Sendo sábado, temos música (108)

Hoje ficamos com com a Mexicana Ana Gabriel.

(e porque a vida não pode ser  só crise é também amor e paixão, aproveite o fim-de-semana e divirta-se...)







Eres Todo En Mi


Eres todo en mi
El sol que me ilumina
Y me hace tan feliz
La fuerza que conduce
Mi existir
Solo tu, mi amor

Si me abrazo a ti
Yo siento que tu esencia
Se dispersa en mi
No queda ni un espacio
En mi sentir
Eres tu mi luz

Eres todo en mi
Y llevo entre mis labios
Todo tu sabor
Cruzare, mi bien
Oceanos mas profundos
Por saber de ti

Eres todo en mi
Por siempre y para siempre
Desde que te vi
Nunca mas tendre
Temor pues con tu amor
Volvi a sentir y a renacer

Volare por ti
A mundo donde beba
Solo de tu amor
Dejando la distancia
Tras de mi
Solos tu y yo

Eres todo en mi
Y llevo entre mis labios
Todo tu sabor
Cruzare, mi bien
Oceanos mas profundos
Por saber de ti

Eres todo en mi
Por siempre y para siempre
Desde que te vi
Nunca mas tendre
Temor pues con tu amor
Volvi a sentir y a renacer

Bailaremos hoy
Sobre una nube blanca
Que en cielo esta
Tus ojos como estrellas
brillaran
Para mi, por mi

Jamas se ira la magia de sentir
Tu aliento sobre mi
Volcando mis sentidos
Para amar
Solo por tu amor
Mi amor

Bailaremos hoy
Sobre una nube blanca
Que en cielo esta
Tus ojos como estrellas
Brillaran
Para mi por mi


Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Despedimentos


Aquele argumento do Governo e dos seus papagaios de serviço nas TVs, Jornais e Rádios que o corte nos subsídios dos Funcionários Públicos serviam em contrapartida aos despedimentos, sempre me pareceu uma aldrabice de todo o tamanho. Infelizmente o tempo parece dar-me razão: essa porta dos despedimentos que diziam ficar fechada, começa a ser aberta e, vamos lá  ver se não fica brevemente toda escancarada como parece ser o desejo das troikas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Governo do Patrão

Por João Frazão, no Jornal «Avante!»

Ministro da Economia e secretário de Estado do Emprego desdobraram-se esta segunda-feira na AR em argumentos para justificar o brutal aumento da exploração, com a consequente transferência de milhões de euros dos bolsos dos trabalhadores para o patronato.

Que o aumento do salário mínimo (acordado livremente entre as partes na Concertação Social) é gerador de desemprego.

Que a renovação de contratos a prazo vai evitar milhares de desempregados. Que, sem o prolongamento da precariedade para lá de todos os limites (não os razoáveis, mas os que eles fixaram em lei), ia tudo para o olho da rua!

Que a meia hora por dia de borla para o patrão visa responder à emergência nacional, não explicando como é que o facto dos patrões embolsarem mais de sete mil milhões de euros/ano a que acrescem os feriados que também pretendem roubar, fazendo, na prática, um mês de trabalho por ano, não pago e portanto sem lugar a impostos, serve para atenuar a dívida!

Como os argumentos económicos, porque inexistentes, lhe faltassem, o ministro da Economia, em resposta às críticas do deputado comunista Jorge Machado, recorreu à velha e eterna treta de que o PCP só utiliza «retórica classista» avisando que eles sabem «bem o que aconteceu na União Soviética e em Cuba».

Não deixa de ser revelador que, 20 anos depois do fim da União Soviética, quando o capitalismo se encontra na sua mais grave crise, em que sob esse pretexto procura recuperar uma parte do que os trabalhadores conquistaram, também com a ajuda do exemplo que vinha dos trabalhadores soviéticos, esse exemplo amedronte tanto as classes poderosas. E que para disfarçar o conteúdo de classe da sua política (que está ao serviço da grande burguesia, ao serviço do patrão), acuse o PCP de assumir uma postura de classe, algo que ele e os seus pares, tinham decretado extinto.

Haja alguém que diga a este senhor e aos seus comparsas de Governo que os comunistas portugueses não abandonarão a defesa da classe operária, pois é daí que lhe vem a sua força! E que, por muito que isso lhe custe, encontrar-nos-á sempre do mesmo lado. No Parlamento, na rua, na Greve Geral de 24 de Novembro!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Portugal vai estar no Euro 2012



Apesar da tremideira que passou quando o resultado era de 3-2, Portugal  acabou o jogo a venceu por 6-2 a equipa da  Bósnia - Herzegovina e vai estar no EURO-2012.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Economia vai ter o seu pior Natal


Assembleia da República
Boa disposição na discussão do Orçamento de Estado 2012


No Jornal «DN»


(como comentário, o meu vizinho do 5º. Esq. citou Saramago :"Há sempre um zarolho ou um esperto que nos governa"; e acrescentou ele que no momento por dois apoucados.)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O testemunho da Cáritas Portuguesa

O presidente da Cáritas Portuguesa revelou, este domingo, que desde o início de 2011 surgiram 4645 novos agregados familiares a pedirem ajuda à instituição, uma média mensal de 516 novas famílias carenciadas. «JN»

Senhores membros do Governo, não vale a pena assobiar para o lado ou chutar a bola para canto. A miséria existe.
Os números mostram que infelizmente os pobres, com as vossas políticas (e com o acordo "disfarçado" do PS) aplicadas no nosso País, estão cada dia que vai passando a ficar mais pobres sempre em beneficio dos grandes interesses económicos. E, o que os números mostram também é que já não é só quem não tem rendimentos do trabalho que se apresenta a pedir ajuda na Cáritas, é todo um conjunto de famílias que não conseguem assumir os seus compromissos como seja a prestação da renda da casa e outros, vitimas muitas vezes da precariedade no trabalho.

É possível derrotar esta política de ataque permanente aos trabalhadores e do afundamento cada vez mais rápido da sociedade portuguesa.
Com a luta empenhada e organizada de todos aqueles que anseiam um novo rumo para o País vamos conseguir uma sociedade mais justa,  mais feliz.

domingo, 13 de novembro de 2011

A Europa dos mercados



Festejou-se nas ruas de Roma a saída de Berlusconi.

Mas estes acontecimentos (Grécia primeiro e agora Itália), são de todo um rude golpe na democracia Europeia porque são os mercados e a troika (FMI, BCE e UE), sem qualquer poder democrático sobre os respectivos povos, que estão a tirar e a substituir governos, ao mesmo tempo que  olham para os outros países que mais próximo estão destes na chamada crise, ameaçando fazer o mesmo.

A crise capitalista está ao rubro e a pergunta que se vai fazendo pela Europa é esta: Para quando a quebra das amarras que o capitalismo e os mercados colocaram aos povos europeus ? Para quando gritar BASTA, ou como dizia Lenine "Temos que varrer o velho e criar o novo".

Hoje pode ser dia de cinema (44)

Offside - Fora de Jogo

Realização de: Jafar Panahi




Sinopse

Quem é aquele rapaz estranho que se senta, sossegado, no canto de um autocarro cheio de adeptos aos gritos a caminho do jogo de futebol? Na realidade, o rapaz tímido é uma rapariga disfarçada. Não está sozinha: no Irão, as mulheres também adoram futebol. Antes do jogo começar, é detida à entrada e colocada no interior de uma cerca mesmo ao lado do estádio juntamente com um bando de outras mulheres todas vestidas como homens. Serão todas entregues à polícia de costumes depois do jogo. Mas, antes disso, serão torturadas! Terão de suportar todos os cânticos, todos os gritos de um jogo que não podem ver. Pior ainda, terão de ouvir relato da boca de um soldado que nada percebe de futebol. Ainda assim, estas jovens não desistem. Utilizam todos os truques possíveis e imaginários para ver o jogo. «sapocinema»

Bom domingo, boas notícias e bons filmes.

sábado, 12 de novembro de 2011

Milhares marcharam em Lisboa contra "orçamento de agressão"




(...)Centenas de polícias, de militares da GNR e de guardas prisionais juntaram-se hoje às dezenas de milhares de funcionários públicos (180 mil, segundo a organização) que se manifestaram esta tarde, em Lisboa, contra o “orçamento de agressão” que vai implicar a “perda de direitos dos trabalhadores”. «Público»

Sendo sábado, temos música (107)

Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando e cantando)






Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razões

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não

Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição.

Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer


Bom sábado, boas notícias e boa música

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

São Martinho


Se ainda tiver na carteirita (cada vez mais pequena para a maioria dos portugueses) algumas moedinhas, compre umas castanhitas e faça hoje uma sobremesa diferente com castanhas e um brinde de água-pé ao São Martinho para tentar remediar os outros dias do mês que são todos dias do "encolhido" por via do Gasparito capataz da troika.

Um bom São Martinho para todos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O dia das surpresas

Por Margarida Botelho, no Jornal «Avante!»


Já se esperava que a operação ideológica para procurar enfraquecer a adesão à greve geral de 24 de Novembro fosse brutal. Governo, PS, patrões, o habitual coro de comentadores e especialistas, reportagens estudadas ao milímetro, conjugam-se numa enorme operação de chantagem que procura limitar a liberdade de pensamento e de acção de todos e de cada trabalhador.

Na televisão e nos jornais sucedem-se os argumentos «científicos» para não se fazer a greve: custa dinheiro ao país, não resolve nada, só prejudica outros trabalhadores e utentes, a troika e os mercados não gostam, etc.

Nos locais de trabalho a pressão cresce: as ameaças – mais veladas nuns casos, mais escabrosas noutros –, as alterações de escalas e turnos para que dia 24 fiquem mais expostos os trabalhadores mais vulneráveis, até artigos nos jornais de gente a declarar que não faz greve. É o caso de 31 pessoas que assinam como «quadros da Metro do Porto, SA», que assinam um artigo de opinião no Público com o esclarecedor título «Metro do Porto: oito razões para não fazer greve». Não é aqui o espaço para desmontar o artigo, mas fica o registo de até onde pode chegar o lambe-botismo.

E no entanto, nas empresas e nos locais de trabalho, constrói-se uma enorme adesão à greve geral. Em plenários, comunicados, contactos individuais, conversas na linha, na pausa, no balneário, no caminho de casa, nos espaços de convívio, em casa, são milhões os trabalhadores que estão neste momento a decidir o que fazer a 24 de Novembro. Milhões que fazem contas ao dia de salário perdido, e nalguns casos ao prémio que a arbitrariedade patronal tentará tirar e que faz tanta falta, milhões que pensam no seu posto de trabalho e na chantagem de que são vítimas, milhões que se interrogam até onde será esta gente capaz de ir para impor mais exploração. Milhões que, contra todas as pressões, sentem na pele que já chega, que é preciso dar uma resposta de unidade ao brutal saque a que o País está sujeito, que é preciso mostrar que estamos dispostos a lutar pelo emprego, pelo salário, por horários dignos, por uma vida digna, por um país com futuro.


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Governo diz não a Seguro


(Foto do Google)

E agora Tó-Zé, ainda acreditas no Pai Natal? Ou aquele argumentário da abstenção na votação do OE para 2012, foi só para esconder a vontade danadinha que tinhas em votar favoravelmente a proposta da direita - como os sectores mais reaccionários da política portuguesa  foram sugerindo ao longo dos últimos tempos!?

O meu vizinho do 5º Esq. costuma dizer: na política, quando a direita faz elogios desgarrados às tomadas de posição de um partido que se diz de esquerda, alguém no momento e a prazo fica mal na "fotografia".

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"As arestas da justiça"



Comparando a mensagem  do  cartoon do «JN» acima indicado com esta notícia de hoje do mesmo jornal, facilmente se conclui que a justiça é uma coisa muito complicada para a maioria do povo entender...

sábado, 5 de novembro de 2011

Sendo sábado, temos música (106)

( se calhar não tem nada a ver, mas na sequência do post de ontem, apetecei-me ouvir esta... do Jorge Palma.)



Estás demitido, obviamente demitido
tu nunca roubaste um beijo
e fazes pouco das emoções
és o espantalho dos amantes.
Estás demitido, obviamente demitido
evitas a competência
não reconheces o mérito
és um pilar da cepa torta

E assim vamos vivendo
na província dos obséquios
cedendo e pactuando enquanto der
filósofos sem arte, afugentamos o desejo
temos preguiça de viver

Estás demitido, obviamente demitido
subornas os próprios filhos
trocaste o tempo por máquinas
tu és um pai desnaturado.
Estás demitido, obviamente demitido
arrasas a obra alheia
às vezes usas pseudónimo
tu és um crítico de merda

E assim vamos vivendo...

Estás demitido, obviamente demitido
encostas-te às convergências
nunca investiste num ideal
tu sempre foste um demitido
tu foste sempre um demitido
já nasceste demitido!

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O PS e o seu manancial político

Depois de nenhuma duvida e alguma "discussão", o PS resolve o que há muito estava resolvido sobre a posição a tomar pelo seu grupo parlamentar na AR, a quando da votação do OE para 2012.

O Partido Socialista vai fazendo o seu caminho, igual ao que sempre tem sido - diz-se de esquerda..., mas, sempre disponível para aprovar e promover as politicas da direita. Simplesmente, lamentável!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O pin

Por Margarida Botelho, no Jornal «Avante


De há algumas semanas para cá vários membros do Governo ostentam na lapela um pin com a bandeira de Portugal. O primeiro-ministro não o larga, Miguel Relvas apresentou-se com um na entrevista à TVI e parece que a moda até já se estendeu ao apresentador Jorge Gabriel. O banco Millenium, sempre bem sintonizado, oferece “fitas do orgulho” de ser português para usar no pulso.

Não deixa de ser sintomático. Numa altura em que PSD, CDS e PS se acotovelam para levar mais longe a submissão ao pacto de agressão, em que se preparam para vender a quem der menos empresas e sectores estratégicos nacionais (até ao subsolo!), para roubar o povo para entregar aos grandes grupos económicos, para ir destruindo o Serviço Nacional de Saúde, para reduzir a escola pública ao ler e contar do fascismo, lá vão eles, de bandeirinha ao peito, a tentar enganar os incautos.

Porque esta gente não faz nada por acaso, de certeza que alguma agência de comunicação explicou ao Governo que o povo português tem orgulho no seu país e gosta pouco de se ver no papel em que o querem pôr: de mão estendida às grandes potências da União Europeia, de orelhas baixas aos ralhetes dos grandes banqueiros, bom aluno de tudo o que é mais atrasado na humanidade. E portanto fizeram a única coisa que lhes resta fazer: pôr o pin na lapela, à maneira de emblema de clube, e esperar que o povo os tome por patriotas.

Mas patriotas são os milhões de portugueses que não aceitam o rumo que nos querem impor. Patriotas são os trabalhadores que participaram nas centenas de acções da semana de luta de CGTP. São os utentes e profissionais de Saúde que não admitem a destruição dessa conquista que é o Serviço Nacional de Saúde e denunciam cada encerramento, cada corte, cada enfermeiro e cada médico em falta. Patriotas são os estudantes, os professores, os profissionais de educação, que defendem a escola pública, gratuita e de qualidade. Patriotas são os profissionais de segurança, os militares, os agricultores, os micro, pequenos e médios empresários que juntam a sua voz à corrente de contestação contra o Pacto de Submissão. Patriotas são os que lutam por um Portugal com futuro.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Luta contra a Pobreza

A Associação CAIS lançou este Hino Contra a Pobreza, na sequência do 17 de Outubro, o Dia Mundial Pela Erradicação da Pobreza.




Com algum atraso aqui fica a publicação deste belo trabalho e, o desejo de um bom feriado para todos.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

«Há séculos que não havia trabalho obrigatório não remunerado»

O aumento de meia hora por dia no horário de trabalho «é de facto trabalho obrigatório não remunerado, coisa que na nossa civilização não existe há vários séculos», disse o economista João Ferreira do Amaral, citado pela Lusa. «Agência Financeira»

É esta a sensibilidade social e civilizacional do neoliberalismo na versão dos governantes actualmente no poder neste País.

Só com a luta de massas,  se pode mudar o rumo desta desenfriada exploração capitalista e construir a alternativa política que coloque a riqueza produzida no País ao serviço dos trabalhadores e do povo.
Por isso, a importância da participação de todos  nas próximas lutas anunciadas pelas Centrais Sindicais, as quais devem ser bastante participadas por forma a mostrar o nosso descontentamento e a nossa  revolta pelas medidas anunciadas.

sábado, 29 de outubro de 2011

Sendo sábado, temos música (105)

"Somos tantos a não ter quase nada "




(Segunda-feira
trabalhei de olhos fechados
na terça-feira
acordei impaciente
na quarta-feira
vi os meus braços revoltados
na quinta-feira
lutei com a minha gente
na sexta-feira
soube que ia continuar
no sábado
fui à feira do lugar
mais uma corrida, mais uma viagem
fim-de-semana é para ganhar coragem)

Muito boa noite, senhoras e senhores
muito boa noite, meninos e meninas
muito boa noite, Manuéis e Joaquinas
enfim, boa noite, gente de todas as cores
e feitios e medidas
e perdoem-me as pessoas
que ficaram esquecidas
boa noite, amigos, companheiros, camaradas
a vida é feita de pequenos nadas
a vida é feita de pequenos nadas

Somos tantos a não ter quase nada
porque há uns poucos que têm quase tudo
mas nada vale protestar
o melhor ainda é ser mudo
isto diz de um gabinete
quem acha que o casse-tête
é a melhor das soluções
para resolver situações
delicadas
a vida é feita de pequenos nadas

E o que é certo
é que os que têm quase tudo
devem tudo aos que têm muito pouco
mas fechem bem esses ouvidos
que o melhor ainda é ser mouco
isto diz paternalmente
quem acha que é ponto assente
que isto nunca vai mudar
e que o melhor é começar a apanhar
umas chapadas
a vida é feita de pequenos nadas

(Segunda-feira
trabalhei de olhos fechados
na terça-feira
acordei impaciente
na quarta-feira
vi os meus braços revoltados
na quinta-feira
lutei com a minha gente
na sexta-feira
soube que ia continuar
no sábado
fui à feira do lugar
mais uma corrida, mais uma viagem
fim-de-semana é para ganhar coragem)

Muito boa noite, senhoras e senhores
muito boa noite, meninos e meninas
muito boa noite, Manuéis e Joaquinas
enfim, boa noite, gente de todas as cores
e feitios e medidas
e perdoem-me as pessoas
que ficaram esquecidas
boa noite, amigos, companheiros, camaradas
a vida é feita de pequenos nadas
a vida é feita de pequenos nadas

Ouvi dizer que quase tudo vale pouco
quem o diz não vale mesmo nada
porque não julguem que a gente
vai ficar aqui especada
à espera que a solução
seja servida em boião
com um rótulo: Veneno!
é para tomar desde pequeno
às colheradas
a vida é feita de pequenos nadas
boa noite, amigos, companheiros, camaradas
a vida é feita de pequenos nadas.

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PS decidiu abster-se na votação do Orçamento Rectificativo


Ainda há por aí alguém que acredita que o PS é oposição ao (des)Governo do PSD/CDS? Portugal tem sido, politicamente, difícil de entender no comportamento dos seus cidadãos, como é o caso de há trinta e muitos anos votarem maioritariamente, nos mesmos partidos (PS ou PSD) com os resultados que estão presentes e que têm andado de desgraça para desgraça maior.

É claro que estes partidos não são iguais..., mas no essencial defendem ambos, com mais ou menos  linhas, as mesmas políticas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O logro das «inevitabilidades»

Por Aurélio Santos, no Jornal «Avante!»

As medidas que este Governo está a tomar são tão marcadamente ditadas pelos interesses do grande capital financeiro e tão descaradamente injustas que o Governo e os partidos da direita que o apoiam não conseguiram encontrar um discurso credível para as justificar.

E assim surge o discurso da «inevitabilidade». A bem da verdade, corrija-se: das falsas inevitabilidades – feito de falsas verdades, num monstruoso logro que querem impor ao povo.

A resolução de uma crise económica pressupõe sempre uma opção política. E só um indisfarçável e perigoso dogmatismo ideológico pode gerar um estreitamento político tão grande e tão grave que leve à afirmação de não existirem outras soluções.

Como acreditar que é aprofundando o modelo ultra neoliberal que se resolve uma crise provocada por esse mesmo modelo?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Conselho de Estado apela a “diálogo construtivo”

Se “Portugal no contexto da crise da Zona Euro" estava, depois de seis horas de reunião,“Portugal no contexto da crise da Zona Euro", ficou.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Associação Sindical dos Juízes considera eliminação dos subsídios “ilegal”

(...)Para a ASJP, a decisão tomada pelo Governo de subtrair aos funcionários públicos os subsídios de férias e de Natal, por um período de dois anos, é uma forma “disfarçada de suspensão duradoura”. E acrescenta que se trata de uma “medida violenta, injusta, discriminatória e flagrantemente violadora da Constituição”. «Público»

Veremos o que o futuro nos dirá mas temo que a posição da Associação Sindical dos Juízes, agora tornada pública, não consiga convencer o poder político de direita que neste momento desgoverna o País, de que o que está a tentar impor é uma "medida violenta, injusta, discriminatória e flagrantemente violadora da Constituição".

O "roubo", que o Governo pensa fazer aos funcionários públicos (por via deste corte), é o maior atentado contra os seus direitos adquiridos com as conquistas de Abril, e, a forma discriminatória como pretendem fazê-lo evidencia uma continada  perseguição a estes trabalhadores.
É natural o  sentimento de injustiça e revolta que estes trabalhadores e os pensionistas sentem quando vêem o Governo a impor-lhes medidas como se eles fossem os culpados dos "buracos financeiros" existentes no País.

Por isso, no próximo dia 24 de Novembro de 2011, lá estaremos a participar na Greve Geral, e a dizer que a luta não vai parar! A luta vai continuar.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

OS FERIADOS ( e a sua abolição )


Recebi hoje por mail uma receita para extinguir feriados, que desejo partilhar convosco e, muito especialmente com o Álvaro (ministro da economia),na esperança de poder contribuir , com esta pequena ajuda, para a melhoria e desenvolvimento da nossa produtividade.
-Sendo assim começamos já pela anulação do 25 de Dezembro, porque sem subsídio não há motivo para comemorar tristezas;
- A seguir vem o 25 de Abril que pode sim, ser lembrado, mas comemorado só das 00 h de dia 24 às 6 h de dia 25 ;
- Depois vem o 1º de Maio que não faz sentido comemorar quando os trabalhadores estão na sua maioria desempregados ou a caminho do desemprego ;
- Quanto ao 10 de Junho já não é nada connosco, as comemorações ficam a cargo da Troika, uma vez que são eles que mandam no país;
- Por fim resta-nos o 1º de Novembro e aí sim devemos ser inflexíveis e não podemos abdicar desse feriado pois ele corresponde ao dia de " Santos " que , por incrível que pareça , somos todos nós .

O interesse nacional?

Por Carvalho da Silva, no «JN» de 22-10-2011.



Nestes tempos de crescentes bloqueios ao desenvolvimento e de políticas carregadas de injustiças que vão colocando o povo português mais pobre e o país à beira do precipício, ouvimos todos os dias a ladainha das inevitabilidades e, cada vez mais, a invocação do interesse nacional. Não faltam demonstrações de que o Governo e outras forças do poder invocam o interesse nacional como forma de subverterem compromissos fundamentais que tinham com os portugueses. E, assim, vão colocando em causa o Estado de Direito e valores e princípios estruturantes da democracia e da soberania de Portugal.
Não cabe neste artigo uma reflexão sustentada sobre o que é e como se pode expressar o interesse nacional, mas o seu cerne é a vida e os direitos dos cidadãos. Observemos, então, o que diz a Constituição da República (CR), no seu art.º 18.º, sobre a "força jurídica" dos "Direitos e Deveres Fundamentais dos Portugueses".
1 - "Os preceitos constitucionais respeitantes aos direitos, liberdades e garantias são directamente aplicáveis e vinculam as entidades públicas e privadas".
2 - "A lei só pode restringir os direitos, liberdades e garantias nos casos expressamente previstos na Constituição, devendo as restrições limitar-se ao necessário para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos".

sábado, 22 de outubro de 2011

Sendo sábado, temos música (104)

Elis Regina-Romaria
Composição:
Renato Teixeira





É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido
Em pensamentos
Sobre o meu cavalo

É de laço e de nó
De jibeira o jiló
Dessa vida
Cumprida a só

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos
Perderam-se na vida
À custa de aventuras

Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte
Eu não sei, nunca vi

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)

Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Prá pedir de
Romaria e prece
Paz nos desaventos

Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar
Meu olhar

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sporting vence o Vaslui por 2-0

Se gosta de bons golos no futebol e não teve oportunidade de ver o jogo de ontem do Sporting, aprecie o espectáculo que foram esses dois golos na vitória frente ao Vaslui que, com esta vitória  na terceira jornada do grupo D da Liga Europa qualificou a equipa sportinguista para a fase seguinte. Feito inédito nas competições europeias.




Parabéns aos jogadores do Sporting, equipa técnica,sócios e simpatizantes.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ambiente

Na passada terça feira, dia 18, as antigas areias do que foi a praia da Trafaria e hoje refugio de pequenas embarcações de pesca, apresentavam-se como mostra a fotografia.
- Uma grande desilusão e tristeza para quem gosta de praia e tem respeito pelo Meio Ambiente.

(Foto de ponta esquerda)

A visita do sr. Banqueiro

Por Vasco Cardoso, no Jornal «Avante!»

Como fugir nestes textos ao pacto de agressão que está em curso e à necessidade da sua rejeição? Na realidade portuguesa actual tudo gira em torno desta abominável ofensiva contra os trabalhadores e o povo que conheceu na passada 5ª feira (dia 13) um novo salto qualitativo com o anúncio pelo Governo de um conjunto de medidas do próximo Orçamento do Estado.

Escolho, no entanto, um pormenor que me parece revelador quanto às opções que determinam este rumo de desastre nacional e à natureza de classe da política que está em curso. Duas horas antes de Passos Coelho se dirigir ao País para anunciar o roubo dos subsídios de Natal e de férias, o aumento da jornada de trabalho com redução de salários, a subida dos preços por via do IVA e tudo quanto mais foi dito visando o agravamento da exploração, o banqueiro Ricardo Salgado (Banco Espírito Santo) deslocou-se ao edifício onde decorria a reunião do Conselho de Ministros que haveria de decidir tais medidas.

Antes que alguém suspeitasse que o banqueiro estivesse ali para falar dos milhões de dinheiros públicos a entregar à banca, das privatizações, dos benefícios fiscais, Ricardo Salgado acabaria por «revelar» o motivo da sua presença: «questões de imigração», disse. Eis um feliz exemplo de casamento entre o cinismo e a imaginação.

Mas mesmo que essa presença de última hora se não tivesse verificado, ou se dois dias antes (dia 11) não se tivesse registado uma reunião entre banqueiros e o Governo, já para não trazer à memória o roteiro que os mesmos fizeram em Abril por Belém e São Bento antes do pedido de entrada da troika em Portugal, bastaria olhar para as decisões que têm vindo a ser tomadas por PS, PSD e CDS para concluir que na ponte de comando do país e da União Europeia está, de facto, o capital financeiro.

Uma velha tradição de família, estes encontros dos Espírito Santo com o poder político, que teve o seu ponto alto no tempo do fascismo. Um tempo de fome, de pobreza, de repressão, de opressão. Um tempo para onde estão a conduzir hoje o País. Um tempo que foi derrotado com a Revolução de Abril e do qual os banqueiros têm razões para sentir saudades.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Governo PSD/CDS ataca de forma brutal os rendimentos do trabalho, mas enche os bolsos ao patronato e não toca nos rendimentos do capital

Eis o que Passos Coelho anuncia: mais 7000 milhões € de riqueza para os patrões, nada para os trabalhadores, corte de 1.682 milhões € no rendimento dos pensionistas e de 952 milhões € aos trabalhadores da Função Pública, mas os rendimentos do capital continuam a ser poupados aos sacrifícios.

Por Eugénio Rosa, publicado no «ODiário.info» de leitura completa aqui.

Crime de corrupção


O julgamento do caso Cova da Beira, envolvendo crimes de corrupção e branqueamento de capitais, agendado para quarta-feira nas Varas Criminais de Lisboa, voltou a ser adiado sem nova data, revelou à Agência Lusa fonte judicial. «Público»


De "incidente" em "incidente", vai-se conduzindo a justiça portuguesa para o descrédito e os processos para a prescrição. É uma vergonha!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ontem, foi mais um dia Mundia contra a pobreza extrema

Foto do Google

Cerca de 43 milhões de pessoas estão em risco de carência alimentar na Europa e não têm meios para pagar uma refeição completa e 79 milhões vivem abaixo do limiar de pobreza, indicam dados do Programa Europeu de Apoio Alimentar. As instituições em Portugal temem os efeitos dos cortes que o programa vai sofrer. «Público»

Os arrepiantes números fica aí para quem entender dar-lhes a devida atenção.

Por mim, entendo que não é com a boa-vontade de poucos e com alguma "caridadezinha" que este problema ( que a todos deve envergonhar), se resolve.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Capas de jornais (31)


"O drama de muitas famílias"

Arranjaram emprego, casaram, compraram casa e tiveram filhos. As taxas de juro subiram, veio o desemprego e o desespero dominou. Saída? Voltar à casa dos pais. Bairros sociais na Área Metropolitana no Porto são o reflexo do que se passa por todo o país. «JN»

São estas pessoas - com enormes dificuldades económicas e sociais- a quem os sucessivos governos foram roubando a dignidade de poder viver  e construir uma família, aquelas que o primeiro-ministro actual, entende, serem as que devem pagar  a crise criada pelas (desgovernações durante os últimos 35 anos ).
Portugal teve a comandar os seus destinos durante os anos acima referidos (será sempre bom lembrar os mais esquecidos), os senhores do PS, PSD e CDS, os mesmos que neste momento e em conjunto se apresentam na defesa da troika externa  "FMI-BCE-CE" que, pelas medidas propostas conduzirão o País para o abismo sem retorno.

O sentimento provocado nas populações em geral e sobretudo nas mais desfavorecidas, pelas políticas neoliberais do capitalismo desenfreado que, diariamente se vão instalando nos vários países, objectivando sacar os bens produzidos nas respectivas sociedades para os monopólios económicos e financeiros, é um sentimento de vergonha e revolta o qual pode conduzir ao descontrolo social.
É esse sentimento que temos que  alterar, continuando  na luta da defesa e construção diária dos valores de ABRIL para que o amanhã seja melhor para todos.


domingo, 16 de outubro de 2011

Ontem...

...100 mil indignados nas ruas de Lisboa


Fotografia de Bruno Simão, no «negócios online»

D. Januário Torgal Ferreira




D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas, manifesta a sua indignação de homem e cidadão, perante as medidas fundamentalistas apresentadas por Passos Coelho, 1º Ministro ...RTP notícias / 14.10.2011


Um bom domingo para todos.

sábado, 15 de outubro de 2011

Manuel Lopes Fonseca

Na celebração do centenário do  nascimento  de Manuel da Fonseca (15 de Outubro 1911), um poema de sua autoria.





Antes que Seja Tarde

Amigo,
tu que choras uma angústia qualquer
e falas de coisas mansas como o luar
e paradas
como as águas de um lago adormecido,
acorda!
Deixa de vez
as margens do regato solitário
onde te miras
como se fosses a tua namorada.
Abandona o jardim sem flores
desse país inventado
onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo
de barco ao deus-dará
e esse ar de renúncia
às coisas do mundo.
Acorda, amigo,
liberta-te dessa paz podre de milagre
que existe
apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha,
abre os braços e luta!
Amigo,
antes da morte vir
nasce de vez para a vida.

Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos"

Bom sábado, boa música, boas notícias e boa poesia.

Sendo sábado, temos música (103)

No dia em que volta às ruas o descontentamento popular em várias cidades de vários países, recordemos este velhinho mas actual tema do Sérgio Godinho que nos fala de LIBERDADE.





Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"O Roubo Monstruoso"

Aqui fica para reflexão ( a brutalidade e a falta de consciência social dos governantes), os números que abaixo são indicados, como resultado da proposta do Orçamento do Estado para 2012, apresentada ontem pelo Primeiro Ministro de Portugal.


   Imagem publicada na capa do jornal «JN»

O que estão a propor é um roubo monstruoso aos mais fracos e mais pobres que só lhes vai faltando terem que pagar um imposto pelo ar que respiram.

Temos que dar uma volta a isto... 

Vamos mostrar a nossa profunda revolta e indignação de maneira organizada, nas várias formas de luta que se avizinham, e, obrigar este (des) Governo a mudar de políticas que a continuarem assim... apenas nos encaminham para um buraco, cada vez mais fundo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mais nem menos já é demais


Por Anabela Fino, no Jornal «Avante!»



O Governo PSD/CDS e o banco BIC acordaram, em 31 de Julho, a negociata do BPN. O termo «negociata» é intencional, já que o contrato-promessa da transação fixou a quantia de 40 milhões de euros para a mudança de donos, mais o bónus de 850 postos de trabalho a abater ao efectivo de 1600, e ainda a recapitalização do banco de acordo com os parâmetros que o Banco de Portugal e a troika exigem em termos de rácio de solvabilidade.

Com um negócio destes, falar em «venda» do BPN é não apenas um manifesto exagero mas um rotundo dislate, mais a mais tendo em conta que o Estado pagou – ou seja, os contribuintes – para cima de 2400 milhões de euros na mal dita nacionalização do
Em boa verdade, nacionalizados foram os prejuízos quando o então governo do PS decidiu – em Novembro de 2008 – deixar de fora da intervenção estatal o vasto e rico património do grupo SLN/BPN, designadamente de natureza imobiliária, justamente onde poderia ir buscar meios para colmatar os prejuízos causados pelas actividades criminosas e fraudulentas do bando de mafiosos do banco, e minorar o prejuízo do Estado com a intervenção.

Pois bem, a saga do BPN ainda não chegou ao fim, e a avaliar por recentes declarações de Mira Amaral – presidente do BIC e recém repescado para comentador político televisivo –, os custos para o povo português com este cambalacho também não. Ao que parece, o banco BIC – que para além de capitais angolanos conta entre os accionistas com Américo Amorim, esse «trabalhador» que é simultaneamente o homem mais rico do País – o banco, dizíamos, estará a exigir para fechar o negócio uma injecção de capital de 850 milhões de euros em vez dos anteriores 550 milhões previstos para a recapitalização. Discreto, Mira Amaral não fala em números, mas vai dizendo que não quer «nem mais nem menos» do que o que «está no acordo», cabendo ao Governo «fazer as contas» por forma a «respeitar os rácios de solvabilidade» acordados a 31 de Julho. Sabendo que «nem mais nem menos» pode significar mais 300 milhões a juntar aos milhares de milhões já sacados aos bolsos dos portugueses, ficamos à espera que o comentador Amaral explique onde é que entra nesta história o interesse do País.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Isaltino Morais e os "recursos" a que tem direito.

Comenta-se hoje pelos cafés, paragens de transportes etc, que em Portugal está criado um negócio de certos gabinetes de advocacia (para quem lhes pague para isso, claro!), em conduzir processos até prescreverem. É cláro que não há aqui nada de ilegal, os advogados são contratados para fazerem o seu trabalho em benefício de quem lhes paga. Só não podemos afirmar é que a justiça é igual para todos. 
Há dias o jornal "Público" informava que só em 2009 foram 1489 os processos que ficaram sem efeito, em 2010 ainda não sabemos quantos foram e em 2011 parece que vamos pelo mesmo caminho.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

"Os cortes não são para todos!"

Parece que os maus costumes são  uma "praga" que anda por aí a passear pelos ministérios governamentais, mas agora  em tempo de vacas-magras deveria (em respeito pelos mais sacrificados),ser remetida  juntamente com o oportunismo para as catacumbas do esquecimento.

Ao que julgo saber não é exactamente o que  acontece, pois veio há dias a Federação dos Sindicatos da Função Pública, exigir que se acabasse com a imoralidade do Governo estar a atribuir subsídio de renda de casa aos Ministros Aguiar-Branco e Miguel Macedo e a mais sete Secretários de Estado, nos respectivos montantes de 1152€ a cada um, auferindo de ordenado cada Ministro 6885,40€ por mês e os Secretários de Estado 6133,55€ mês.

É verdade que todos sabemos que a atribuição destes subsídios, não é uma pratica ilegal, mas também a atribuição do subsidio de renda de casa aos mais pobres não era e acabou com base no argumento da poupança da Segurança Social .
Tal como diz o povo e muito bem, os cortes continuam a não ser para todos!...

Quando os partidos do Governo em campanha tanto falavam em cortes nas "gorduras", aqui está uma boa oportunidade e um bom exemplo para cortar e ao mesmo tempo acabar com os cartões de crédito, telefones e combustíveis pagos bem como despesas de representação, para aqueles que não tiveram cortes nenhuns, afirmou ainda a referida Federação. 
Porque  pensamos ser razoável e numa perspectiva de justiça social deveremos mesmo exigir a sua aplicação.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Capas de jornais (30)


(Resultados Oficiais)


(...)Após exercer o seu dever cívico, Jardim declarou ser "anormal haver uma Comissão Nacional de Eleições que só serve para gastar dinheiro aos contribuintes", afirmando: "o que a Comissão Nacional de Eleições considera para mim vale absolutamente zero". «DN»

Fica espelhado na opinião acima referida, o conceito que certos titulares de cargos públicos têm em relação à democracia e ao respeito pelas leis gerais do País.

sábado, 8 de outubro de 2011

Números mostram desumanidade da invasão do Afeganistão

Nada mudou para a população afegã em dez anos de invasão: pobreza, violência, corrupção, insegurança. As cifras revelam o panorama da desumanidade deixado pela guerra: 71% da população maior de 15 anos é analfabeta, 35% não têm trabalho, 36% vivem abaixo da linha de pobreza, 90% dos recursos governamentais provém de ajuda estrangeira, 149 crianças de cada 1000 morrem antes de completar um ano, 83% da heroína que se produz no mundo vem do Afeganistão. Mais de 10 mil civis e 2.500 soldados da coalizão morreram nos últimos cinco anos.

Eduardo Febbro - Correspondente da Carta Maior em Paris

Artigo completo para ler aqui.

Sendo sábado, temos música (102)

Hoje, dei por mim a pensar na tabela das marés e  nos "pescadores" do meu bairro.





Rigoroso do Pescador da Marginal

O melhor da minha vida
é estar aqui na muralha
com uma cana estendida
para o negrume do rio
as vigias de um navio
e as ondas de fina talha

Quando chega sexta-feira
despeço-me da mulher
beijo a criança na esteira
ponho um capuz de oleado
e venho para este lado
no barquinho da carreira

Vejo as luzes de Belém
refractadas no alcatrão
milagres que a noite tem
namorados que se beijam
altas árvores que bocejam
e o búzio que as casas são

Oh minha colcha de estrelas
neste mar cor de basalto
minhas loiras caravelas
navios de especiarias
vogando em ondas macias
num céu tão puro e tão alto

Saltam infantes barbudos
das naus que vêm de Almada
grumetes, frades miúdos
com gengivas de escorbuto
donzelas de triste luto
dançam na luz irisada.

Salta El-Rei com seus alões
e as aias da princesa
bobo, jograis e anões
escrivães e cardeais
saltam santas de vitrais
e o cronista à sua mesa

D. João chegou de Dio
D. Pedro de Timor vem
e eu na muralha do rio
a ver os dois enforcados
que os corvos comem em estrados
junto à Torre de Belém

Convosco esqueço o emprego
quando chega sexta-feira
fico surdo fico cego
não ligo è renda da casa
parado a ouvir uma asa
que me voa à cabeceira

Meu rio tão negro e tão fundo
bacia do Mar da Palha
quero lá saber do mundo
quero lá saber do peixe
quem em ama que me deixe
ficar aqui na muralha.

Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Os pobres que paguem a crise

Por Manuel Atónio Pina, no Jornal «JN»

As notícias ontem vindas a público sobre o OE para 2012 confirmam as piores expectativas: o actual Governo, ao mesmo tempo que não mostra disposição de, como insistentemente o PSD reclamou na oposição e Passos Coelho não menos insistentemente prometeu em campanha, cortar nas famosas "gorduras" da Administração Pública, pretende pôr os mais pobres e necessitados, os doentes sem recursos e, no caso da Educação, o próprio futuro colectivo, a pagar a crise.

A lógica é de elegante simplicidade: a caridade (além do mais, as boas acções têm cotação certa na Bolsa do Céu) substitui com vantagem a Segurança Social que, por isso, poderá bem ficar sem 200 milhões de euros; o SNS sofrerá, sem anestesia, cortes de mais de 800 milhões (o Ministério das Polícias, que terá mais 400 milhões, se encarregará de nos tratar da saúde se necessário); e a Educação, agora por conta de um matemático, há-de ter arte e engenho para poupar 600 milhões (três vezes mais do que previsto no acordo com a "troika"!).

Será, assim, o odiado Estado Social a pagar a factura das dificuldades do país a quem, bancos, grandes empresas recordistas de despedimentos e os "25 mais ricos" do costume, ganha com elas.

Porque, como em "O dilúvio universal", de Zavattini/De Sica, quando as águas da catástrofe sobem, há sempre quem faça negócio a vender guarda-chuvas ou organize orgias em "penthouses" no terraço e passe o fim dos tempos em beleza.