terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Votos de um Bom Ano!



Que o novo ano acorde os sonolentos... e abra os olhos aqueles que não têm querido ver quem lhes anda a roubar a felicidade.
 
Festas Felizes e um Bom Ano de 2014 para todos aqueles que lutaram e lutam para que o Mundo seja mais justo, mais fraterno e mais solidário do que foi em 2013.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Tempo de Natal

NATAL CHIQUE

Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.

Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.

Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.

Vitorino Nemésio



Um Natal solidário, de paz e fraternidade para todas/os

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Li e gostei

"O PS de Seguro ou não percebe o sentido de fundo da actual política de “ajustamento”, ou, pelo contrário, percebe bem de mais e quer ser parte dela."

Mais uma...

A Agência de Informação norte-americana (CIA) ajudou o exército colombiano a matar pelo menos duas dezenas de líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), mediante um programa secreto, revela o diário Washington Post.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Hoje pode ser dia de cinema (92)



Sinopse
Um thriller intenso sobre um advogado criminalista que ao ser atraído para o emocionante e perigoso mundo do tráfico de droga, percebe que a sua decisão momentânea o conduz a uma espiral descendente de acontecimentos imparáveis e de consequências fatais...

Bom domingo, boas notícias e bons filmes

sábado, 21 de dezembro de 2013

Sendo sábado, temos música (191)



Eu já estou farto das fotografias
que me querem vender todos os dias
os legionários mais os seus troféus
no chão a sangrar
Não posso mais olhar para aquela imagem
parece que é sempre a mesma paisagem
a hipocrisia deste novo império
faz-me vomitar
Por isso eu tornei-me um optimista céptico
não sou bem igual ao céptico opti-místico
só quero encontrar paz
sem arrastar atrás nem mestre nem Deus
Já temos a informação cruzada
empacotada e globalizada
agora só nos falta a convicção
para acreditar
Há assassinos que não se arrependem
há tantos pensadores que nunca aprendem
e há quem insista sempre em aprender
mas não quer pensar
Por isso eu tornei-me um optimista céptico...
Gostava de ser ecologista exótico
sem perder de vista o meu perfil erótico
Ainda vou ser ilusionista crónico
um mestre da fuga, um mago supersónico
Bom sábado, boas notícias e boa música.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Se a hipocrisia pagasse imposto

Por Vasco Cardoso, no jornal «Avante!»


No meio desta profunda crise as contradições e os contorcionismos surgem à velocidade de um foguete. Muitos procuram apagar o rasto das suas responsabilidades, outros dissimular os objectivos e intenções que os movem, outros ainda disfarçar os seus propósitos. E todos juntos, com o servil papel dos principais media, visam prosseguir o rumo de exploração e empobrecimento que tão bem tem servido os interesses do grande capital e perpetuar o sistema de que são filhos, usando para tal da hipocrisia como forma de estar e intervir na vida política como bem se viu na última semana.
Hipocrisia expressa nas declarações do primeiro-ministro sobre não querer um modelo de baixos salários para Portugal, quando, ao mesmo tempo saqueia os salários dos trabalhadores da administração pública, recusa o aumento do salário mínimo, ou promove a simplificação e banalização dos despedimentos – conforme está patente na proposta de revisão da lei sobre a matéria – e cujo principal efeito é... baixar salários.
Hipocrisia quando ouvimos as declarações de dirigentes do PS contra a prova imposta aos professores de acesso à sua profissão (uma vez mais com a cobertura da UGT), quando se sabe que foi o PS a introduzir tal instrumento de exclusão de docentes, ou a chorarem lágrimas de crocodilo sobre os Estaleiros Navais de V. Castelo quando as suas responsabilidades na destruição da empresa não são menores do que as do PSD ou do CDS.
Hipocrisia quando ouvimos o dono das lojas Pingo Doce, Soares dos Santos, falar em nome dos interesses nacionais, ao mesmo tempo que transfere a sede da empresa para a Holanda para não pagar impostos, arruína milhares de produtores nacionais e desenvolve mecanismos de exploração dos trabalhadores (como o banco de horas) que aniquilam direitos a quem lhe faz acumular fortuna.
Hipocrisia quando ouvimos o Presidente da República tecer elogios póstumos a Nelson Mandela depois de ter, enquanto primeiro-ministro, alinhado ao lado dos EUA votando na ONU contra a libertação do dirigente sul-africano.

Hipocrisia que é no fundo um espelho da própria decadência moral das classes dominantes e do seu receio em que se aprofunde a consciência nos trabalhadores e nos povos de que o País e o mundo não podem continuar assim.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Capas de jornais (65)

...Parabéns para Bachelet pela vitória nesta segunda volta nas eleições do Chile. Que as promessas feitas em campanha eleitoral sejam cumpridas!

Mais um...

Mais um caso de favorecimento duvidoso que promete assombrar o actual Executivo? Parece que sim. De acordo com a edição desta segunda-feira do jornal Público, o secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho, venceu um concurso internacional promovido por Relvas, à data, secretário de Estado da Administração Local, quando a sua empresa era a que apresentava um preço mais elevado. Já o actual ministro da Defesa, Aguiar-Branco, veio a presidir à assembleia-geral da dita empresa.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Hoje pode ser dia de cinema (91)



Sinopse:
Quim e Zé vão buscar duas primas afastadas de Lisboa, que pretendem reviver o Verão louco de há dois anos em Curral de Moinas, mas esbardalham-se fatalmente num rebanho de ovelhas. Quando chegam ao Céu, Deus oferece-lhes uma segunda oportunidade de voltar a Curral de Moinas. Terão de lhe provar que abdicarão de uma vida amoral e libertina, renunciando aos sete pecados capitais: luxúria, gula, ira, inveja, avareza, soberba e preguiça. Isto, por si, já seria um desafio quase impossível mas, para tornar tudo mais animado, cada vez que Quim e Zé vacilam perante o pecado são chamados “lá acima” ou vem Deus “cá abaixo”. Será que Quim e Zé resistem à avalanche de tentações que lhes são oferecidas?

sábado, 14 de dezembro de 2013

Sendo sábado, temos música (190)






Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera

Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma
Y antes de morir yo quiero
Echar mis versos del alma
Guantanamera...

No me pongan en lo oscuro
A morir como un traidor
Yo soy bueno y como bueno
Moriré de cara al sol
Guantanamera...

Con los pobres de la tierra
Quiero yo mi suerte echar
El arroyo de la sierra
Me complace más que el mar
Guantanamera...

Tiene el leopardo un amigo
En su monte seco y pardo
Yo tengo más que el leopardo
Porque tengo un buen amigo


Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera
¡Dilo Compay!
¡Ahí na' ma'!
Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera...

Continuação de bom sábado!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Os entusiasmos alvares

"A dívida ou as dívidas ficaram em suspenso, quer dizer: a render juros, aliás, vultosos, que os Governos que se seguem a este terão de pagar. O júbilo de Marques Mendes é caricato por excessivo e tolo."

domingo, 8 de dezembro de 2013

Hoje pode ser dia de cinema (90)



Mandela: Longo Caminho Para a Liberdade

Sinopse:
A extraordinária vida de Nelson Mandela desde a sua infância numa pequena aldeia até à sua eleição como Presidente da África do Sul. Baseado na sua autobiografia, o filme mostra-nos o político ativista pela defesa dos direitos humanos e pelo fim do apartheid, mas também o homem simples, meigo e brincalhão num retrato inspirador de uma das mais importantes figuras da história da humanidade.

Estreia : 2013-12-12
Distribuidora : Lusomundo

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Sendo sábado, temos música (189)

(lembrando um entre muitos que não se esqueceram de Mandela)

 

Freedom Now

Tracy Chapman

Composição: Tracy Chapman
They throwed him in jail
And they kept him there
Hoping soon he'd die
That his body and spirit would waste away
And soon after that his mind
But every day is born a fool
One who thinks that he can rule
One who says tomorrow's mine
One who wakes one day to find
The prison doors open the shackles broken
And chaos in the street
Everybody sing we're free free free free
Everybody sing we're free free free free
Everybody sing we're free free free free
They throwed him in jail
And they kept him there
Hoping his memory'd die
That the people forget how he once led
And fought for justice in their lives
But every day is born a man
Who hates what he can't understand
Who thinks the answer is to kill
Who thinks his actions are god's will
And he thinks he's free free free free
Yes he thinks he's free free free free
He thinks he's free free free free
Soon must come the day
When the righteous have their way
Unjustly tried are free
And people live in peace I say
Give the man release
Go on and set your conscience free
Right the wrongs you made
Even a fool can have his day
Let us all be free free free free
Let us all be free free free free
Let us all be free free free free
Free our bodies free our minds
Free our hearts
Freedom for everyone
And freedom now
Freedom now
Freedom now
Freedom now
Let us all be free free free free
Let us all be free free free free
Let us all be free free free free

Bom sábado e boa música.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mandela 1918-2013

Nelson Mandela, ex-presidente da República da África do Sul e Prémio Nobel da Paz, morreu, esta quinta-feira, na sua casa em Joanesburgo, após uma prolongada infeção pulmonar, anunciou o atual presidente sul-africano, Jacob Zuma. Tinha 95 anos.

Mandela: Um exemplo  para a Humanidade

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Cunhal em 2013

"Álvaro Cunhal nasceu há cem anos. O partido que deu sentido à sua vida, e ao qual ele dedicou quase toda a sua existência, decidiu comemorar o centenário. Não só: muitas instituições públicas, associações, as mais variadas entidades, sem nada a ver com o PCP, o fizeram também."

Manuel Loff

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O revolucionarismo da direita

"...Precisamos de mudança, sim! De derrotar este revolucionarismo, desmascarando as suas mentiras e traições. Precisamos de dar sentido a palavras como igualdade, justiça, reforma, progresso, trabalho, emprego, liberdade, democracia. Precisamos de inverter as prioridades enquanto é tempo."

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Os chamados nem-nem

Por Vasco Cardoso, no jornal «Avante!»

Não gosto da expressão, por algo que esta encerra de menorização e responsabilização dos próprios, mas os dados são relevantes e chegaram até nós por via de uma insuspeita Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound). São os chamados «nem-nem». Jovens entre os 15 e os 34 anos que não têm emprego, não estudam, nem estão em formação. De 2008 para cá – data em se iniciou o estudo – são mais 92 mil aqueles que em Portugal estão nesta situação. O estudo revela ainda uma distribuição que não é homogénea. Em Portugal, o fenómeno dos «nem-nem» é mais expressivo entre os jovens adultos, dos 25 aos 34 anos, com uma taxa 18,9%, acima da média europeia (16,8%).
São dados que revelam muito do país que temos e das opções políticas que têm sido impostas na União Europeia e em Portugal, mas também da própria natureza do capitalismo.
Significam desde logo um enorme desperdício de recursos. Jovens em idade activa que pura e simplesmente estão «em lista de espera». O estudo adianta como estimativa um prejuízo para uma economia como a nossa na casa dos 1,3% do PIB (cerca de dois mil milhões de euros). Mas significam mais do que isso.
As consequência no plano social e na vida de cada um destes indivíduos é devastadora. Nuns casos, jovens que abandonaram precocemente os estudos, muitos sem cumprirem a escolaridade obrigatória e que ficaram privados do acesso ao conhecimento, à cultura, à formação. Noutros, jovens que se arrastam na condição de desempregados, alguns com elevadas habilitações escolares. O prolongamento da vida em casa dos pais, na ausência de qualquer rendimento ou ocupação, é seguramente o destino de muitos, que ficam não só privados da sua autonomia e emancipação, como constituem em muitas situações um encargo financeiro que pesará muito nesta altura de agravamento brutal do custo de vida, de cortes nos salários e pensões. E há ainda uma dimensão humana, na vida de cada um e das suas famílias, cujo impacto, não podendo ser quantificado, não pode ser subestimado.

Mas esta negação de direitos, este rolo-compressor que esmaga a vida de milhões de seres humanos, não pode e não vai ser o futuro. E também por isto a luta continua!

sábado, 30 de novembro de 2013

Sendo sábado, temos música (188)



Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praia do mar nos vamos
À procura da manhã clara

Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Companheira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca

Um bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Mais uma solução desastrosa para os trabalhadores



"A única garantia é que o senhor ministro confirmou hoje o despedimento coletivo de 620 trabalhadores. Ficámos muito desiludidos porque há ano e meio a esta parte, o ministro pegou num diploma do Governo socialista e disse que ia pôr na gaveta 420 despedimentos. Agora está a fazer melhor, está a despedir de uma só vez 620", afirmou o dirigente da comissão de trabalhadores dos ENVC António Costa.

Comentário:
Os sucessivos desgovernos, em matéria dos Estaleiros de Viana, apenas se preocuparam ao longo dos tempos em falar dos prejuízos ali verificados; nunca deram qualquer meio passo que fosse, para resolver esse que diziam ser o problema da empresa.
Dinheiro para cumprir prazos e acabar encomendas, nunca apareceu.
Agora, de um momento para outro encontraram 30 milhões de euros para o despedimento colectivo dos trabalhadores atirando-os para o desemprego e para a miséria.

Está na cara de quem nos desgoverna que, eles estão lá..., não para criarem postos de trabalho, mas para destruí-los privatizando ou vendendo ao desbarato tudo o que seja do Estado sempre em prejuízo dos mesmos.
Até quando...?

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Hoje, vamos falar de justiça na repartição da riqueza.

Na habitual lista anual dos 25 mais ricos de Portugal, a divulgar na edição de dezembro da Exame, que chega quinta-feira às bancas, a revista conclui que as 25 maiores fortunas do país somam 16,7 mil milhões de euros este ano, o que compara com os 14,4 mil milhões que valiam em 2012.

E ainda, Ler mais Aqui.

Comentário:
Façam favor de ler as duas peças dos links acima e, no fim, tirem as vossas conclusões.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cortes, austeridade e recessão são a "a praia" do desgoverno deste País.




O Parlamento aprova, esta terça-feira, em votação final global, a proposta do Governo para o Orçamento do Estado de 2014, que inclui cortes entre 2,5% a 12% nos salários mensais dos funcionários públicos superiores a 675 euros.

Comentário:
A indignação da população em geral vem hoje novamente para os locais de trabalho e  ruas deste País para dizer a quem se ocupa do poder que os trabalhadores e o povo não aceitam políticas que apenas nos levam à miséria e à ruína.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Capas de jornais (64)


Como habitualmente passei pela tabacaria do bairro para comprar o jornal, e, dou sempre uma vista-de- olhos pelas capas dos outros títulos.  Hoje, foi esta,  a que mais encheu o meu contentamento com o seu destaque.

domingo, 24 de novembro de 2013

Hoje pode ser dia de cinema (89)

DANÇA DE SOMBRAS

 

SINOPSE
Colette McVeigh é uma mãe solteira que vive em Belfast com a mãe e os irmãos, que são membros do IRA. Quando Colette acaba por ser presa em Londres na sequência de um plano bombista do IRA que acaba mal, vê-se confrontada com apenas duas soluções que o agente Mac, do MI5, lhe dá a escolher: ir para a cadeia durante 25 anos e perder tudo o que tem; ou regressar a Belfast como informadora, espiando a sua própria família. Com a vida do filho nas suas mãos, Collette decide confiar em Mac e voltar a casa. Mas quando a operação secreta dos seus irmãos é alvo de uma emboscada, levanta-se a suspeita-se sobre a existência de um informador e Collette descobre que tanto ela como a sua família se encontram em grave perigo.

Tenham um bom domingo e bom cinema

sábado, 23 de novembro de 2013

Sendo sábado, temos música (187)




VOAR
(Xutos& Pontapés)
Eu queria ser astronauta
o meu país não deixou
Depois quis ir jogar á bola
a minha mãe não deixou
Tive vontade de voltar a escola
mas o doutor não deixou
Fechei os olhos e tentei dormir
aquela dor não deixou.
Ó meu anjo da guarda
faz-me voltar a sonhar
faz-me ser astronauta ...e voar
O meu quarto é o meu mundo
o ecrã é a janela
Não choro em frente á minha mãe
eu que gosto tanto dela
Mas esta dor não quer desaparecer
vai-me levar com ela
Ó meu anjo da guarda
faz-me voltar a sonhar
faz-me ser astronauta....e voar
Acordar meter os pés no chão
Levantar, pegar o que tens mais á mão
Voltar a rir,voltar a andar
Voltar Voltar
Voltarei
Voltarei
Voltarei
Voltarei
Bom sábado, boas notícias e boa música.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Grande Manifestação das Polícias

Polícias em protesto rompem barreiras e sobem escadaria do Parlamento

O capitalismo mata!

Por Ângelo Alves, no jornal «Avante!»

O mundo ficou chocado com os efeitos do tufão Haiyan nas Filipinas. Os números são ainda incertos mas apontam para cerca de 10 000 mortos e mais de 4 300 000 pessoas afectadas. É um exemplo, muito doloroso, de como a espécie humana é vulnerável à força poderosa da natureza. Mas esta constatação remete-nos para duas linhas de reflexão adicionais.

A primeira é a da questão da relação do ser humano com o meio ambiente. Não está provada a relação directa entre o tufão Haiyan e o polémico, e questionado cientificamente, conceito de «aquecimento global». Contudo, na abertura da Conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas que se realiza em Varsóvia até amanhã, o tema Haiyan foi utilizado, com dramatismo, por vários dos seus intervenientes.

Não entraremos na polémica da relação directa entre fenómenos extremos e alterações climáticas, deixaremos isso para os especialistas. No entanto, é importante afirmar que mesmo que houvesse relação directa, a maioria dos discursos ali proferidos seriam puros exercícios de retórica ou de hipocrisia, pois não tocam, com raras e honrosas excepções, no fulcro da questão que é o modo de produção que prevalece no planeta – o capitalismo – e que é o grande responsável pela delapidação de recursos naturais, pela destruição de solos agrícolas e de imensas manchas florestais e pela degradação das condições atmosféricas.
 
Mas o problema existe de facto e a crise ambiental é uma das facetas do aprofundamento da crise estrutural do capitalismo. E como reage o sistema? É obrigado a reconhecer as consequências, esconde as reais causas e tenta tirar partido da situação. É por isso que há já longos anos se instrumentalizam justíssimas preocupações com a degradação das condições naturais para construir uma espécie de «dogma ambiental» com quatro objectivos centrais: 1 – Ocultar que a causa principal da degradação ambiental é a sobreposição da lógica do lucro a tudo – seja às condições de vida do ser humano seja à preservação dos recursos naturais e condições ambientais. 2 – Transferir os custos e as responsabilidades da preservação de recursos e das condições atmosféricas para os povos e para os países menos desenvolvidos e com isso definir novos quadros de exploração, de colonização económica e de domínio sobre recursos naturais. 3 – Reafirmar a lógica capitalista no suposto «combate ambiental» apontando como «soluções» a privatização da atmosfera e a entrega ao grande capital da «gestão» do multi-bilionário mercado de emissões de carbono – uma espécie de bolsa mundial de direitos de poluição dominada pelos principais poluidores. 4 – Erigir, em nome da chamada «economia verde», um gigantesco negócio mundial (privado claro está) em torno das chamadas «energias renováveis», avançando simultaneamente na privatização e fusão das companhias de produção de energia (como é o caso da nossa EDP). 


A segunda linha de reflexão está relacionada com as condições sociais dos povos afectados. São os mais expostos à exploração capitalista, mais pobres, mais atirados para a miséria, aqueles que mais sofrem com as catástrofes como o Haiyan. O número assustador de mortos nas Filipinas, bem como a incapacidade de resposta do governo filipino, não é dissociável das receitas do FMI que há décadas ali são aplicadas, nem da deslocação de vultuosos recursos públicos para apoiar a estratégia dos EUA de militarização do pacífico. Não são dissociáveis dos cortes sociais, da destruição de sistemas de saúde e educação ou da quase inexistência de um sistema e rede de apoio social, nomeadamente na habitação. Estas políticas – as mesmas que o FMI e a União Europeia tentam impor aos portugueses, também aqui com o apoio de um governo submisso aos interesses do grande capital – são igualmente responsáveis pelos mais de 10 mil mortos nas Filipinas. É que o capitalismo mata mesmo!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Suécia 2-3 Portugal

Portugal volta a estar numa fase final do Mundial de futebol em 2014 no Brasil.

...Parabéns para todo o grupo de trabalho, com grande destaque para Cristiano Ronaldo que demonstrou uma vez mais ser nesta modalidade desportiva o melhor do Mundo.

As contas

Estimativa rápida das contas nacionais do 3º trimestre não mostra o fim da recessão económica
O INE divulgou a estimativa rápida das Contas Nacionais do terceiro trimestre deste ano, a qual indica uma variação homóloga do PIB de -1% e uma variação face ao 2º trimestre de 0,2%. Com base nesta informação, está a procurar-se criar na opinião pública a ideia da “luz ao fundo do túnel” que seria o fim da recessão.

Os dados objectivos não permitem no entanto acalentar a ilusão do fim de um ciclo económico -marcado por uma brutal destruição da riqueza e por um empobrecimento generalizado (mas os mais ricos viram a sua riqueza aumentar!) da população – e a passagem a um ciclo em que a economia cresce e, em consequência, o rendimento aumenta.

domingo, 10 de novembro de 2013

Hoje no Campo Pequeno Homenagem a Álvaro Cunhal

...Comício do PCP, pelas 15 horas, no dia em que se cumprem os 100 anos do nascimento de Álvaro Cunhal. Grande figura da História do PCP e dos ideais na construção em Portugal da democracia, do socialismo e do comunismo. 
"A maior alegria do militante comunista resulta do êxito alcançado, não para benefício próprio, mas para beneficio do povo" 
Álvaro Cunhal in O Partido com Paredes de Vidro

sábado, 9 de novembro de 2013

Sendo sábado, temos música (186)



Geni e o Zepelim

Chico Buarque

De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada.
O seu corpo é dos errantes,
Dos cegos, dos retirantes;
É de quem não tem mais nada.
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina,
Atrás do tanque, no mato.
É a rainha dos detentos,
Das loucas, dos lazarentos,
Dos moleques do internato.
E também vai amiúde
Co'os os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir.
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir:
"Joga pedra na Geni!
Joga pedra na Geni!
Ela é feita pra apanhar!
Ela é boa de cuspir!
Ela dá pra qualquer um!
Maldita Geni!"
Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante,
Um enorme zepelim.
Pairou sobre os edifícios,
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim.
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia,
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo: "Mudei de idéia!
Quando vi nesta cidade
Tanto horror e iniqüidade,
Resolvi tudo explodir,
Mas posso evitar o drama
Se aquela formosa dama
Esta noite me servir".
Essa dama era Geni!
Mas não pode ser Geni!
Ela é feita pra apanhar;
Ela é boa de cuspir;
Ela dá pra qualquer um;
Maldita Geni!
Mas de fato, logo ela,
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro.
O guerreiro tão vistoso,
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro.
Acontece que a donzela
(E isso era segredo dela),
Também tinha seus caprichos
E ao deitar com homem tão nobre,
Tão cheirando a brilho e a cobre,
Preferia amar com os bichos.
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão:
O prefeito de joelhos,
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão.
Vai com ele, vai Geni!
Vai com ele, vai Geni!
Você pode nos salvar!
Você vai nos redimir!
Você dá pra qualquer um!
Bendita Geni!
Foram tantos os pedidos,
Tão sinceros, tão sentidos,
Que ela dominou seu asco.
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco.
Ele fez tanta sujeira,
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado.
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir,
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir:
"Joga pedra na Geni!
Joga bosta na Geni!
Ela é feita pra apanhar!
Ela é boa de cuspir!
Ela dá pra qualquer um!
Maldita Geni!

Bom sábado, boas noticias e boa música.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Vende pátrias

Por Jorge Cordeiro, no jornal «Avante!»

Terá sido sem surpresa que os mais avisados ouviram de Paulo Portas a afirmação de que em Junho de 2014 «poderemos viver uma espécie de 1640 financeiro». Não surpreende desde logo porque, sopre o que soprar da verborreia oratória de Paulo Portas, o crédito que se lhe possa atribuir é não só nulo como porque do que dali saia deve ser interpretado, para uma busca bem sucedida do que de facto pensa, no exacto oposto do que se lhe ouviu. Ou seja o que soe a irrevogável é o seu antónimo, o que se lhe ouça de tranquilização sobre o roubo das pensões de sobrevivência deve ser tido em conta como fundada razão de inquietação e sobressalto. Vindo dali, há seguramente muito do pior que a política nacional conhece de intriga, jogos palacianos e contorcionismo argumentativo. E também como comprovadamente se sabe aquela abundante falta de respeito pela verdade ou ausência de noção da palavra dada que deve conduzir a uma cautelar desconstrução daquilo que é dito.
Pelo que chegados à altissonante tirada do ministro Portas, e prevenidos os leitores, importa recolocá-la no exacto ponto do significado que comporta. Primeiro, porque tendo Portas acrescentado para sustentar a supra citada máxima, que «o País foi sacrificado e humilhado neste resgate imperdoável», recorde-se que a criatura que agora isto afirma é exactamente a mesma que em Maio de 2011, com a sua assinatura e apoio a esse resgate, humilhou o País e os portugueses. Depois, porque é preciso avisar, não vá o equívoco adensar-se, que a citada referência a 1640 deve ser lida, vinda de quem vem, pelo lado do que carrega de intenção colaboracionista e não de entusiasmo libertador. Porque é do lado dos «Mântuas» de hoje (sejam eles Passos, Gaspares ou as Luís Albuquerques) e dos «Filipes» dos nossos dias (chamem-se Barrosos, Lagardes, Merkel ou simplesmente «mercados») que este Miguel de Vasconcelos dos dia de hoje (não escrivão da Fazenda mas sim vice primeiro-ministro) de facto está.

E embora sem o determinismo de repetições miméticas da História se poderá vaticinar que todos acabarão atirados janela fora, já não pela acção patriótica de 40 fidalgos mas pela imparável força da luta dos trabalhadores e do povo português.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Destruição duradoura

Por Carvalho da Silva, no jornal «JN»

É com estas duas palavras que o Observatório sobre Crises e Alternativas, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES), classifica os traços mais marcantes comuns aos orçamentos do Estado (OE) dos anos 2011, 2012 e 2013, quando analisa os previsíveis impactos do OE apresentado pelo Governo para o próximo ano.
O OE para 2014 não pode ser analisado isolando-o da experiência concreta que temos vivido. É preciso um exercício de memória, neste caso muito recente, para observar o sentido e o alcance das políticas que vêm sendo seguidas, os seus efeitos reais e as continuidades ou ruturas que nos são propostas. Só com esta base de análise se pode obter, com alguma segurança, projeções para o futuro.
Ora, segundo o estudo dos economistas do CES que trabalharam o 7.o Barómetro daquele Observatório, "os resultados da experiência destes três anos são claros: (i) os 6 mil milhões a menos que hoje temos no défice conduziram a 7,5 mil milhões a menos no PIB, ou seja, por cada euro retirado ao défice, tirou--se 1,25 euros ao PIB; (ii) os 6 mil milhões a menos no défice significaram 52 mil milhões a mais na dívida pública, ou seja, por cada euro retirado ao défice, a dívida aumentou 8,67 euros".

domingo, 3 de novembro de 2013

Para o final de domingo




Continuação de bom domingo e boa semana

Hoje pode ser dia de cinema (88)

Realização: Daniel Barnz

NUNCA DESISTAS

Sinopse: 
Maggie Gyllenhaal e Viola Davis são duas determinadas mães que não desistem perante nenhum obstáculo até conseguirem transformar o decadente sistema de ensino que os seus filhos frequentam. Lutando contra hábitos instalados, uma poderosa e enraizada burocracia e um sistema de ensino tradicional e ultrapassado, as duas amigas arriscam a sua vida pessoal e profissional para conseguirem fazer a diferença no futuro de milhares de alunos.

Bom domingo e bons filmes.

sábado, 2 de novembro de 2013

Sendo sábado, temos música (185)



Ternura

Desvio dos teus ombros o lençol
Que é feito de ternura amarrotada
Da frescura que vem depois do sol
Quando depois do sol não vem mais nada.

Olho a roupa no chão - que tempestade
Há restos de ternura pelo meio
Como vultos perdidos na cidade
Onde uma tempestade sobreveio.

Começas a vestir-te lentamente
E é ternura também que vou vestindo
Para enfrentar lá fora aquela gente
Que da nossa ternura anda sorrindo.

Mas ninguém sabe a pressa com que nós
A despimos assim que estamos sós.
 

Poema de David Mourão Ferreira

Bom sábado, boas notícias e boa música

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A Luta vai continuar







CGTP reúne milhares em São Bento e marca nova manifestação para dia 26

IRS chega a cortar mais de 60% do subsídio de férias

"O subsídio de férias que será pago em Novembro aos funcionários públicos e aos pensionistas chega a levar cortes superiores a 60% face aos acertos relativos às taxas de retenção na fonte de IRS, segundo as simulações da PricewaterhouseCoopers."
 
Ler mais aqui.
 
Comentário:
Há muitas maneiras de "matar pulgas". Ou seja, de continuar a roubalheira.

Branqueamentos

Por João Frazão, no jornal «Avante!»


Independentemente da opinião que se possa ter sobre a «performance» do actual secretário-geral e da actual direcção do PS ou sobre as diversas correntes que, aparentemente, se digladiam entre si, organizadas em torno dos seus chefes e das suas iniciativas próprias, espreitando objectivos específicos que podem parecer contraditórios, o que, nesta fase da vida nacional, marca a intervenção do PS, dos seus dirigentes e dos seus mais notáveis militantes, é uma imensa tentativa de branqueamento das suas responsabilidades na situação em que nos encontramos.
Nas últimas semanas saltaram todos para terreiro, uns de olhos postos nas eleições presidenciais, outros convencidos que o seu lugar é a presidir a um próximo governo, todos a pensar que o que interessa é garantir que, na alternância com que sempre sonham e em que estão de novo visivelmente empenhados, o PS continua a ter o lugar que os centros de decisão do capital lhe reservam, sendo necessário para isso procurar diferenciar o PS de antes do PS de agora. Uma espécie de «este PS não tem nada a ver com os PS anteriores, que com Soares, Guterres ou Sócrates no governo foram sempre executores da política de direita».
Ora, por mais alto que tal ou tal dirigente fale aos microfones que lhe põem à frente, por mais opositor que afivele o discurso, há três factos que são inelutáveis.
O primeiro, o de que foi o PS, e não qualquer outro, que decidiu negociar com a troika estrangeira o pacto de agressão e que assinou os objectivos lá inscritos, entregando de mão beijada ao PSD e ao CDS esse programa de governo antinacional e antipatriótico.
O segundo, o de que ninguém impede o PS de afirmar com clareza que se afasta desse pacto, assumindo o erro que cometeu, e passando a defender outro caminho, que rompa com o rumo de desastre que ele implica.
O terceiro, o de que, num quadro em que o clamor popular exige a demissão do Governo e a derrota desta política, ao assumir em definitivo como posição oficial a de esperar pelas eleições legislativas até 2015, desistindo de exigir eleições antecipadas, o PS estende, na prática, uma passadeira vermelha à acção destruidora deste Governo até essa data.

Resta, como desde a primeira hora afirmamos, a luta para lhes trocar as voltas!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mais um capítulo da propaganda da banha da cobra.

O Governo quer criar "escolas independentes", abrindo concursos que permitam aos professores tornarem-se proprietários e gestores de uma escola, refere o documento com as linhas orientadoras para a reforma do Estado, divulgado esta quarta-feira. No mesmo documento, o Governo refere medidas como a fusão de autarquias, a criação de um Estado "pós-burocrático", reavaliação do IRS, criação de "escolas independentes" e a diminuição dos custos com pessoal na Administração Pública."  
Ler mais aqui.

Comentário:
"Escolas independentes"! de quê?! Já temos a Escola pública; O ensino cooperativo; Os colégios privados e agora vêm falar de "escolas independentes"? Só mesmo quem não tem nada para dizer pode vir vociferar baboseiras  e aldrabices desta ordem, ou estão, anda a  tentar esconder seja lá o que for referente a matérias da Educação, ou ainda, a criar mais um facto político para desviar as atenções da população da discussão que irá ser feita sobre o Orçamento do Estado para 2014.

O que a grande maioria dos professores e restante população, mais desejam - como ficou bem expresso em todas as manifestações do sector -, é verem-se livres o quanto antes destes desgovernantes (coveiros do nosso país),  que tão mal os tem tratado como pessoas e profissionais.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Mais do mesmo em versão agravada

"Pela primeira vez, em 2014, mais de 260 mil funcionários públicos serão confrontados com um corte salarial e cerca de 165 mil verão a redução mais do que duplicar face à situação que enfrentam desde 2011. O novo plano de cortes salariais, confirmado na terça-feira pelo Governo, afectará mais de 90% dos trabalhadores do Estado, quando até aqui apenas 50% estavam abrangidos."

Comentário:
Se quando ler esta notícia ainda se sentir xocialista e/ou liberal, pode continuar nas próximas eleições a votar nos mesmos como tem feito sempre, a ficar em casa como tem feito ultimamente ou, se estiver bom tempo, ir até à praia lamentar-se do custo da vida ao vizinho do lado não indo votar engrossando assim a coluna da abstenção.
Os aldrabões irrevogáveis, os feijões de duas caras em relação ao IVA da restauração, os vende-pátrias dos pedidos de desculpas do Governo de Portugal a quem está a ser investigado criminalmente e os restantes saqueadores das carteiras e das vidas do povo continuarão cantando-e-rindo nas cadeiras do desgoverno (com a aprovação sempre  violenta mas eficaz), praticando estas mesmas políticas de agravamento do desemprego, da destruição da economia e do roubo dos salários.
Isto... Não tem que ser sempre assim! Um dia o Povo vai acordar!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A linha vermelha

Por Margarida Botelho, no jornal «Avante!»

Quando Paulo Portas se demitiu irrevogavelmente do Governo, os cortes nas reformas e nas pensões eram a «linha vermelha» que não podia ultrapassar. No final da semana passada, o Governo cantou vitória por ter conseguido convencer a troika estrangeira a não aplicar a chamada «TSU dos pensionistas».
Afinal de contas, o Governo anunciou durante o fim-de-semana que quer cortar a partir de Janeiro também as pensões de sobrevivência – popularmente conhecidas como pensões de viuvez. É óbvio que se trata de mais um caso em que o Governo deixa de roubar assim para roubar assado.
A argumentação é a mesma de sempre, preparada para enganar os incautos. No pressuposto de que o País não tem dinheiro, diz-se que não é justo pagar pensões aos viúvos ricos. Não é preciso recuar muito para nos lembrarmos de outras argumentações semelhantes: não era justo que os filhos dos ricos não pagassem propinas ou tivessem abono de família, que os reformados ricos tivessem desconto no passe social, ou que os ricos fossem ao médico à borla. Hoje é mais fácil ver onde é que acabaram estes processos, alguns iniciados há mais de vinte anos. Ricos, remediados e pobres, pagam todos e muito. E quer-se impor que os serviços públicos passem a ser encarados como uma espécie de sopa dos pobres para os miseráveis.
Os cortes nas pensões de sobrevivência são mais um passo no sentido de fazer da Segurança Social um sistema caritativo de baixas reformas e pensões. A pensão de sobrevivência existe com base nas contribuições do falecido e pretende «compensar» o agregado familiar pela falta daquele rendimento. Com esta medida, procura-se atacar a relação existente entre os descontos de cada trabalhador e a protecção social que tem, e prolonga-se o roubo para lá da morte do trabalhador.
O Governo não esclarece se o roubo nas pensões de sobrevivência também será aplicado aos órfãos, mas vindo de quem já cortou abonos de família a centenas de milhares de crianças ou corta os apoios às que têm necessidades educativas especiais, não é de esperar grande pudor.

Esta e outras medidas não são uma fatalidade e terão resposta à altura nas acções que a CGTP-IN convocou para 19 de Outubro.

sábado, 12 de outubro de 2013

Sendo sábado , temos música (184)





Dona Abastança


"A caridade é amor"
Proclama Dona Abastança
Esposa do comendador
Senhor da alta finança.
Família necessitada
A boa senhora acode
Pouco a uns a outros nada
Dar a todos não se pode.
Todo o que milhões furtou
Sempre ao bem-fazer foi dado
Pouco custa a quem roubou
Dar pouco a quem foi roubado.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
INSTRUMENTAL
O bem da bolsa lhes sai
Sai caro fazer o bem
Ela dá ele subtrai
Fazem como lhes convém.
Ela aos pobres dá uns cobres
Ele incansável lá vai
Com o que tira a quem roubou
Fazendo mais e mais pobres.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
E já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
INSTRUMENTAL
Todo o que milhões furtou
Sempre ao bem-fazer foi dado
Pouco custa a quem roubou
Dar pouco a quem foi roubado.
Oh engano sempre novo
Tão estranha caridade
Pôr o dinheiro do povo
Contra o povo da cidade.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
E já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
INSTRUMENTAL
"A caridade é amor"
Proclama Dona Abastança
Esposa do comendador
Senhor da alta finança. 

Bom fim-de-semana!