quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A BATOTA DOS REGULADORES

Por José Goulão, no seu blogue Mundo Cão
 
Algumas das mais ilustres explicações sobre o que se vai passando nos nossos quotidianos, intra ou extra-fronteiras, são remetidas para “os reguladores”. Os reguladores são, por isso, uma espécie de juízes, árbitros, ou mesmo deuses que determinam se os mecanismos que fazem funcionar a sociedade são aplicados segundo os parâmetros não propriamente das leis mas sim dos equilíbrios que, segundo os reguladores, devem existir.
Há reguladores para tudo e depois, vai-se a ver, são tantos que pouco ou nada regulam e, quando o fazem, mais valia que estivessem quietos.
O Banco de Portugal, por exemplo, deixou de ser banco central e passou a “regulador”. Depois existem reguladores para a concorrência, a energia, a saúde, a comunicação social (valha-nos Deus!), a bolsa de valores, os combustíveis e o mais que descubram na vossa memória e pesquisem nas boas falas de analistas, colunistas, comentadores, moderadores e outros querubins do regime.
Reguladores há-os intra e extra-fronteiras, isto é, no aconchego de cada país e na grande metrópole europeia. Por isso os reguladores se multiplicam como cogumelos, tropeçando uns nos outros, remetendo competências de uns para os outros (quando a batata é supostamente quente) para, no fim das contas, nada regularem e tudo aceitarem.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A realidade desmente os falantes do sucesso...


Hoje no «JN»

... Esta é a situação em que grande parte da população portuguesa está após anos e anos de políticas de direita a desgovernar o País.

Que  os portugueses tirem conclusões  sobre quem são os responsáveis pelos malefícios sociais , económicos e políticos impostos no País, e  nas próximas eleições digam com o seu voto BASTA!

sábado, 8 de agosto de 2015

Sendo sábado, temos música (239)



Nós havemos de nos ver os dois
Ver no que isto dá
Ficar um pouco mais a conversar
Ter a eternidade para nós
Quem sabe jantar
Se tu quiseres, pode ser hoje

Tem de acontecer, porque tem de ser
E o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora

Nós havemos ambos de encontrar
Um destino qualquer
Ou um banquinho bom para sentar
Vai ser tão bonito descobrir
Que no futuro só
Quem decide é a vontade

Tem de acontecer, porque tem de ser
E o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora

Tem de acontecer, porque tem de ser
E o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora

Que seja agora
Que seja agora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora

Que seja agora
Que seja agora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora

Que seja agora
Que seja agora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora

Que seja agora
Que seja a hora
Se é pra acontecer
Pois que seja agora

Bom sábado, boas notícias e boa música.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Hiroxima e o Japão imperialista

Por Albano Nunes, no jornal «Avante!»


Há 70 anos o imperialismo norte-americano cometeu o maior crime de guerra que a História regista. O lançamento das bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki causando de imediato a morte de centenas de milhares de civis e deixando atrás de si um lastro de terríveis lesões e sofrimentos que ainda hoje perduram, é uma tragédia que jamais poderá ser esquecida, como esquecidos não podem ser os seus responsáveis. Foi um crime monstruoso que os EUA justificaram então e continuam a justificar hoje com o argumento de que assim obrigariam o Japão a render-se poupando um número incontável de vidas humanas. Trata-se de uma mentira sem nome. O Japão estava já praticamente derrotado. Terminada a II Guerra mundial na Europa o Exército Vermelho estava finalmente em condições, nos precisos termos do calendário acordado na Conferência de Ialta, de deslocar grande número de divisões para o teatro de guerra no Extremo Oriente e passar à ofensiva para esmagar o militarismo japonês.
Mas, por paradoxal que pareça, era isto precisamente o que os «aliados» imperialistas queriam evitar. Perante o imenso prestígio da URSS e o avanço das forças do progresso social, de libertação nacional e do socialismo – particularmente evidente na Ásia com as revoluções chinesa, vietnamita e coreana – os EUA passaram a afirmar sem escrúpulos a sua decisão de «conter o comunismo» por todos os meios, incluindo pela exibição do monopólio da arma atómica e a ameaça da sua utilização. Ainda a guerra não tinha acabado e já a principal potência imperialista desencadeava a «guerra-fria» no quadro da sua estratégia de confronto com o campo socialista e de domínio mundial. Foi a luta pelo progresso social e a paz e a conquista pela URSS da paridade militar estratégica que impediram o imperialismo de desencadear uma nova guerra de catastróficas dimensões.