Pressinto que este grandioso evento político no nosso país esteja a provocar muita urticaria a algumas pessoas que, há muito tempo têm andado a tentar esconder a dinâmica e a força política que o PCP tem junto das populações. Isso mesmo, é notório, na visita que fiz às capas dos jornais nacionais de hoje, onde o XIX Congresso do PCP praticamente não é referido.
Mais cedo que tarde, esses pseudo-democratas, concluirão que não vale a pena tentar esconder o Sol com a peneira.
"A União de Sindicatos do Norte Alentejano (USNA) alertou, esta quinta-feira, que a taxa de desemprego no distrito de Portalegre aumentou 16,7% em Outubro, em relação ao mês anterior, contabilizando "10 409 pessoas desempregadas".
Em comunicado enviado à agência Lusa, a USNA, afecta à CGTP-IN, adianta que a "maioria" dos desempregados "não aufere quaisquer apoios sociais" e que estão a ser "empurrados para a miséria e para a inclusão".
"O Ministério da Educação adianta que já são 13 mil os alunos do ensino básico que tomam a primeira refeição do dia nas escolas, como forma de contornar as carências alimentares que sofrem. Em declarações à TSF, o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, garante que o Governo não gasta um tostão neste programa".
Parafraseando um «spot» publicitário que esteve em voga há uns anos a uma marca de desodorizante, poder-se-á dizer: e se de repente alguém lhe oferecer um subsídio em duodécimos isso é... uma fraude. No caso vertente – e sem juízos de valor sobre o desodorizante – a oferta, que chega pela mão do Governo, fede que tresanda a burla, por mais que o ministro Mota Soares se desdobre em explicações para fazer crer ser esta uma medida de «protecção das famílias».
Segundo o ministro, trata-se de diluir o subsídio de férias, ou de Natal, ou ambos ao longo dos 12 meses do ano para garantir que «não exista diminuição do salário líquido das famílias» já em Janeiro. Mas do que se trata, de facto, é de uma manobra para tentar evitar que os trabalhadores se dêem conta, ao ver os seus recibos de remunerações no próximo ano, do impacto brutal do aumento do IRS e da sobretaxa impostos pelo Governo nos cada vez mais depauperados salários que levam para casa.
A isto chama-se, em bom português, enganar, lograr, ludibriar... Porque o dinheiro que mal paga o trabalho de quem (ainda) trabalha, ou já muito trabalhou, ou não o faz porque está no desemprego, será rigorosamente o mesmo no final do ano, com ou sem duodécimos.
A isto chama-se também esperteza saloia, pois o objectivo não é ajudar a minorar o desespero de quem já não sabe como sobreviver com o seu salário de miséria, mas sim criar a ilusão de que o saque fiscal a que os trabalhadores portugueses estão a ser sujeitos afinal não é tão grande como se dizia... e se receava.
Com esta medida, o Governo – que já ultrapassou todos os limites da decência ao taxar como se de mordomias se tratasse os subsídios de doença e de desemprego, que transformou em ricos todos quantos ganham o salário mínimo nacional, que considera milionário qualquer vencimento acima dos 600 euros – o que pretende efectivamente é que os trabalhadores não percebam a dimensão do roubo de que estão a ser vítimas. E porquê? Porque o Governo tem medo, muito medo de que os trabalhadores se revoltem.
Ilude-se quem quer enganar. É que há sempre um momento em que o copo está cheio e já não dá mais para engolir. E o relógio está a contar.
Converso com Zacarias Guinote, neste fim de tarde. Zacarias Guinote é um velho tipógrafo, sábio, culto e sensato, que, no fascismo, se meteu em embrulhadas políticas. Foi preso, torturado e nunca desistiu. Leitor dos grandes clássicos do anarquismo mantém-se fiel aos ideais da "nova aurora." O rosto é um belo rosto enrugado. Um rosto claro e nítido, direi agora, emoldurado por longos cabelos brancos. Às vezes, parece-me que estou em frente de José Gomes Ferreira, o poeta, claro! Trabalhei com ele em jornais, o último dos quais o "Diário Popular", e gosto muito deste senhor altivo e altaneiro, quase nonagenário, sorridente e firme.
Diz-me: já atentaste bem nas caras deles? Nada têm que ver com as nossas caras. São caras de comida cheia, de boas camas e de boas vidas. Nunca decorei os nomes dos governantes, a não ser o do Vasco Gonçalves, homem de bem, e de quase todos os capitães de Abril. Depois, desisti. Eram caras iguais, nomes iguais. Gente sem sonhos e sem a grandeza que os sonhos conferem. Sabes aquela frase atribuída ao Bertoldt Brecht?, "Os homens são feitos da mesma matéria de que são feitos os sonhos." É uma boa frase porque corresponde à verdade. Tudo o que o homem faz para melhorar a condição humana, parte do sonho.
Estava a revelar-te que não fixei a maioria dos nomes dos que nos governaram. Mas conservei os de estes; e até consegui, através dos jornais e das revistas, retratos deles. Quero marcá-los e às suas indignidades. As indignidades estão afixadas nos rostos deles, já de si uma indignidade pegada.
Neste país de miséria aqui retratada eu já vivi, sei o que é; lutei para que ninguém no futuro vivesse assim. Hoje infelizmente estão-nos a tentar impor o regresso ao passado. Lutaremos para que isso não se verifique. A LUTA TERÁ QUE CONTINUAR!
Ficam aqui alguns indicadores do roubo às famílias e empresas feito neste orçamento com o maior dos desplantes pelos deputados do PSD/CDS que, discutiram, defenderam e aprovaram o orçamento para 2013, e, depois dele aprovado vêm dizer (quais virgens arrependidas!) que lhe punham reservas. Mas, derivado, a situação ser esta... blá-blá-blá; Etc, Etc,. É melhor ter orçamento; coisa e tal! E, pronto, lá tiveram que fazer esse esforço e aprovar o documento.
É uma vergonha como esta gente ataca diariamente e numa luta constante a Democracia. Mas, mais cedo que tarde, terão a resposta do povo nas ruas e nas urnas.
"O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu este domingo que, mais do que enviar o Orçamento do Estado para 2013 para o Tribunal Constitucional, o Presidente da República, Cavaco Silva, tem o dever de o vetar".
Para justificar-se, o terrorismo de Estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe álibis. Tudo indica que essa carnificina de Gaza que, segundo seus autores, quer acabar com os terroristas, conseguirá multiplicá-los.
Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma ratoeira sem saída desde que o Hamas ganhou limpamente das eleições, em 2006. Algo parecido havia acontecido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e desde então viveram submissos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.
"O ex-presidente da República Ramalho Eanes considerou este domingo "inaceitável e inadmissível" que haja pessoas, sobretudo crianças, a passar fome em Portugal".
O filme inspira-se em factos verídicos, alguns dos quais foram recentemente descobertos por Frederico Delgado Rosa, biógrafo e neto do General Humberto Delgado, e no seu livro Humberto Delgado, biografia do general sem Medo. A acção decorre entre Portugal, Espanha, Algéria, Marrocos, França e Itália, no período entre 1964 e 1981, desde a preparação da operação levada a cabo pela PIDE, e que tinham por nome de código: Operação Outono, até ao caso do Tribunal, já depois do 25 de Abril.
"Atrás dos tempos vêm tempos e outros tempos hão-de vir"
Fausto
Eu pego na minha viola
e canto assim esta vida a correr
eu sei que é
pouco e não consola
nem cozido à portuguesa há sequer
quem canta sempre
se levanta
calados é que podemos cair
com vinho molha-se a garganta
se a lua nova está para subir
que atrás dos tempos vêm tempos
e outros tempos hão-de vir
eu sei de histórias verdadeiras
umas belas outras tristes de assombrar
do marinheiro morto em terra
em luta por melhor vida no mar
da velha
criada despedida
que enlouqueceu e se pôs a cantar
e do trapeiro da
avenida
mal dormido se pôs a ouvir
que atrás dos tempos vêm tempos
e outros tempos hão-de vir
sei vitórias e derrotas
nesta luta que vamos vencer
se quem trabalha
não se esgota
tem seu salário sempre a descer
olha o polícia olha o
talher
olha o preço da vida a subir
mas quem mal faz por mal espere
o tirano fez janela p´ra fugir
que atrás dos tempos vêm tempos
e outros tempos hão-de vir
mas esse tempo que há-de vir
não se espera como a noite espera o dia
nasce da força que transpira de braços e pernas em harmonia
já basta tanta desgraça
que a gente tem no peito a cair
não é do povo nem da raça
mas do
modo como vês o porvir
"As vendas dos jornais caíram acentuadamente na última década com os desportivos e semanários na liderança a registar perdas de 42% e 39% respectivamente, tendo os jornais económicos sido os únicos a escapar a esta crise do papel".
"O vinho Vega Douro tinto de 2009, produzido pela DFJ Vinhos, empresa com sede no Cartaxo, foi considerado pela revista norte-americana Wine Enthusiast o melhor do ano 2012 na relação preço/qualidade".
"Os partidos que formam o governo de coligação conseguiram, esta quinta-feira, acrescentar cinco novas propostas de alteração ao orçamento para o próximo ano já depois do prazo ter terminado. As bancadas da oposição até votaram contra, mas a maioria fez valer o seu peso no Parlamento e conseguiu acrescentar as propostas".
"Nos primeiros nove meses de 2012, o número de trabalhadores com salários em atraso já tinha aumentado para mais do dobro do número de todo o ano de 2011. Os dados são da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), noticia nesta terça-feira o Diário Económico."
A informação é do Banco de Portugal: o emprego está em níveis de 1997. A quem achar – e com razão – que esta é uma notícia terrível, importa esclarecer que o desastre não se fica por aqui, pois o BdP prevê a destruição no próximo ano de mais de 82 mil postos de trabalho, a somar aos 180 mil que se estima irem desaparecer em 2012, sem que haja perspectivas de melhorias no horizonte.
A previsão consta do Boletim Económico de Outono do BdP e é apenas uma de várias más notícias. O País regista, pela primeira vez desde os anos 80, uma redução da população activa – seja por os desempregados não terem possibilidade de voltar ao mercado de trabalho, seja por serem forçados a emigrar –, o que põe em causa a capacidade de crescimento da economia portuguesa no médio prazo; o PIB deve registar uma queda de 1,6 por cento no próximo ano; a contracção da procura interna deverá ascender a 17 por cento em termos acumulados no período 2011-2013; o consumo das famílias deve cair 3,6 por cento, o que traduz uma queda acumulada de cerca de 13 por cento no período 2011-2013.
Estas previsões, divulgadas na mesma altura em que o INE confirmou o aumento no último trimestre do número de desempregados em mais 44 mil, o que eleva a taxa desemprego em sentido restrito para 15,8 por cento e em sentido lato para 23,7 por cento, ou seja para mais de um milhão e 360 mil desempregados, não deveriam suscitar grandes dúvidas de interpretação quanto à falência das criminosas políticas que estão a ser seguidas e que são apresentadas ao povo português não só como «necessárias» mas também como «inevitáveis» para equilibrar as contas públicas e promover a economia, o crescimento e o emprego. Tal como não deveria suscitar dúvidas que a persistência neste caminho aprofundará a já degradada situação social e conduzirá o País ao abismo.
"Perante o agravamento do desemprego e da recessão económica, que os últimos dados do INE revelaram, Passos Coelho, com ar de quem não compreende nem se preocupa com o que está a acontecer ao país e aos portugueses, não encontrou melhores declarações para fazer aos media de que tudo é normal porque está de acordo com as previsões do governo, como se o agravamento fosse o objetivo do governo e isso não tivesse importância. E apesar do investimento (só FBCF) cair em três anos 41% segundo o Banco de Portugal – e sem investimento não é possível nem criar emprego nem sair da recessão económica – 6.480 milhões € de fundos comunitários do orçamentado até 30/9/2012, ficaram por utilizar. Mas comecemos pelo desemprego mostrando a gravidade atingida segundo os dados que o INE divulgou em 14/11/2012, dia da greve geral".
Enquanto animadora de um programa de rádio de grande sucesso, Mélina é uma das vozes mais conhecidas de França. No seu fórum nocturno, Mélina ajuda com bom humor e impertinência a resolver os problemas afectivos e sexuais dos seus ouvintes mas na vida real mantém o anonimato e a sua vida é muito mais solitária do que se poderia pensar. Até que aos 40 anos resolve, subtilmente, ir à procura da mãe que nunca conheceu.
Serrat interpreta este tema musicado por Paco Ibáñez sobre un poema de Gabriel Celaya.
LA POESÍA ES UN ARMA CARGADA DE FUTURO
Cuando ya nada se espera personalmente exaltante, más se palpita y se sigue más acá de la consciencia, fieramente existiendo, ciegamente afirmando, como un pulso que golpea las tinieblas, que golpea las tinieblas.
Cuando se miran de frente los vertiginosos ojos claros de la muerte, se dicen las verdades; las bárbaras, terribles, amorosas crueldades, amorosas crueldades.
Poesía para el pobre, poesía necesaria como el pan de cada día, como el aire que exigimos trece veces por minuto para ser y tanto somos, dar un sí que glorifica.
Porque vivimos a golpes, porque apenas si nos dejan decir que somos quien somos, nuestros cantares no pueden ser sin pecado un adorno, Estamos tocando el fondo, estamos tocando el fondo.
Maldigo la poesía concebida como un lujo cultural para los neutrales que lavándose las manos, se desentienden y evaden. Maldigo la poesía de quien no toma partido, partido hasta mancharse.
Hago mías las faltas. Siento en mi a cuantos sufren y canto respirando. Canto y canto y cantando más allá de mis penas de mis penas personales, me ensancho, me ensancho.
Quiero daros vida, provocar nuevos actos, y calculo por eso, con técnica que puedo. Me siento un ingeniero del verso y un obrero que trabaja con otros a España, a España en sus aceros.
No es una poesía gota a gota pensada, No es un bello producto. No es un fruto perfecto, es lo más necesario: lo que no tiene nombre. Son gritos en el cielo, y en la tierra son actos.
Porque vivimos a golpes, porque apenas si nos dejen decir que somos quien somos, nuestros cantares no pueden ser sin pecado un adorno. Estamos tocando el fondo, Estamos tocando el fondo.
«Portugal está, ao cabo de ano e meio, a atingir as metas a que se tinha
proposto no programa de ajustamento. Isso significa uma grande esperança para
todos aqueles que, vivendo em Portugal, precisam de ganhar confiança
relativamente ao futuro, mas representa também uma expectativa muito positiva
para todos os que olham para Portugal como um destino profissional ou de
investimento», afirmou.
Só por brincadeira de mau gosto se pode dizer que as metas estão a ser cumpridas. Quais metas? O aumento brutal e descabelado de miséria e pobreza (por via dos cortes sociais, aumento dos impostos e desemprego), na generalidade da população? Não, essas metas não queremos cumprir. Queremos um país produtivo, moderno, com futuro para os nossos filhos e para os nossos netos. E não um país que sirva apenas para D. Merkel e seus lacaios passarem férias quando forrem "corridos" do poder.
"O Presidente da República afirmou que o
direito à greve «deve ser respeitado», mas acrescentou que em dia de paralisação
geral não deixou de trabalhar".
- Depois de tanto tempo a comunicar, impontualmente no facebook, Cavaco veio em dia de GREVE GERAL dizer nos mediam que neste dia «trabalhou».
É oficial! O Ponta Esquerda está em condições de informar os seus visitantes que, quem não fez greve em Portugal, foram: o prof. Cavaco, os membros do desgoverno,alguns trabalhadores nos serviços mínimos e, uns quantos, "inscritos no sindicato" dos engraxadores/fura-greves que desde o 25 de Abril vão sempre «trabalhar» neste dias; nos outros, vão coçando a micose...
(Imagens da net)
O desgoverno que não venha com a treta do costume em relação aos números e falta de transportes.
O descontentamento com esta espécie de ministros e as suas políticas, é geral, mesmo aqueles que os ajudaram a sentar... na cadeira do poder estão zangados, desiludidos e frustrados.
Vivemos num tempo em que as eleições em outros países,
sobretudo quando se trata de grandes potências, não nos são indiferentes. Não
votamos nos EUA ou na Alemanha ou no Brasil, mas é como se o fizéssemos. Por
vezes temos mesmo os "nossos" candidatos e os "nossos" adversários nesses
países.
Nos EUA existe um sistema bipartidário onde é quase impossível surgirem
verdadeiras alternativas. As que existem são forçadas a tentar fazer caminho por
entre as estreitas fissuras do sistema político, ou a quebrar hegemonias dentro
de um dos grandes partidos - o democrático. Os que conseguem, ou parecem
consegui-lo, cedo tendem a desiludir-nos. Foi o caso de Obama no seu primeiro
mandato. Ficou muito aquém das esperanças que suscitou. Teve de enfrentar a
crise financeira, mas não foi capaz de impedir que o sistema financeiro
rapidamente se recompusesse do susto e que, no plano global, fizesse da crise
uma oportunidade para desencadear uma nova ofensiva agora dirigida contra os
estados, atingindo particularmente os do Sul da Europa.
Por isso mesmo nestas eleições americanas Obama era, para muitos homens e
mulheres progressistas, apenas o que se opunha ao mal maior. Entretanto, na
noite de terça para quarta-feira respirámos fundo e saiu-nos um "uff, Obama
ganhou".
Mitt Romney, um daqueles políticos em relação aos quais é difícil perceber
como é possível as pessoas confiarem nele, era o candidato da austeridade à
americana: do discurso contra o Estado; do deixem os mais ricos enriquecer
indefinidamente, não lhes perguntem o que fazem aos seus milhões; da defesa
pacóvia do "mérito"; do consintam todos os privilégios que permitem a quem mais
tem e pode colocar com toda a liberdade os seus rendimentos em paraísos isentos
de impostos.
O País sai à rua, uma, duas «N»vezes, exigindo a demissão do Governo. O Governo não se demite, não é demitido, mas desiste de governar. Entrega a governação à troika. Ou seja: vivemos numa democracia mas somos governados por uma espécie de clube de malfeitores que não foram eleitos e actuam como uma máfia.
As funções de ministro dos Assuntos Parlamentares são exercidas por um comentador de televisão, o sr. Marques Mendes, que assumiu gostosamente as funções de «porta-voz» (ou moço de fretes?) do partido do Governo.
E perante este quadro o líder do maior partido dito da oposição (?) limita-se a dizer que «é muito responsável» – mas apresta-se a discutir com o Governo «as reformas a introduzir» na refundação do Estado.
Temos um primeiro-ministro que chamou «piegas» ao povo – mas afinal foram os deputados da maioria que o suporta na Assembleia da República quem demonstrou uma cobarde pieguice para não enfrentar uns pacatos manifestantes que junto à AR protestavam contra o Orçamento. (É compreensível: esses deputados não estão de consciência limpa.)
A completar este cenário temos um Presidente da República que custa ao País 16 milhões de euros anuais (uma das mais caras presidências da Europa) mas que não vê, não ouve, nem fala: estaremos perante uma realidade virtual a três dimensões?
O conluio entre esta política e os interesses do grande capital é tão descarado que já nem o disfarçam. O banqueiro Fernando Ulrich veio provocatoriamente dizer que «o povo não gosta, mas aguenta, tem de aguentar». Mas engana-se o sr. Ulrich.
Não vamos aguentar, não vamos deixar que nos roubem para pagar os juros do dinheiro que o Governo deu aos bancos, incluindo ao BPI do Sr. Ulrich. Os oito mil milhões de cortes na «despesa», leia-se benefícios sociais, foram direitinhos para a banca.
Gostem ou não esses senhores, temos uma Constituição que nos garante sermos uma democracia e um Estado independente. Quem não sabe governar em democracia está a mais neste país, e quem não sabe viver com a democracia também está a mais.
Quarenta e oito anos de ditadura já nos chegaram e sobraram!
O Governo é insaciável. Ainda a procissão do orçamento para
2013 vai no adro e já quer que em 2014 o esbulho seja agravado com um corte de
4.000 milhões de euros, basicamente nas funções sociais do Estado. Esbulho dos
cidadãos porque reduzir as dotações àquelas funções é retirar esse montante aos
seus benefícios sociais, é obrigá-los a pagar os benefícios que deixam de ter na
educação e saúde e reduzir-lhes as pensões, reformas e subsídios de desemprego.
Sejamos claros: redução do Estado social é sinónimo de espoliação dos cidadãos.
Na 5.ª revisão do memorando troika e Governo fixaram o tecto da despesa
para 2014 em 77,1 mil milhões. E no relatório orçamental o Governo prevê para
2013 uma despesa de 78,1. Ou seja, na perspectiva do Governo e troika a despesa
deveria ser reduzida em mil milhões. Porquê, passados dois meses e sem redução
da carga fiscal, a quadruplicação desse corte? Das duas, uma: ou o Governo está
convicto que a execução orçamental de 2013 será mais um enorme fiasco, ou tem
prazer mórbido em despojar os cidadãos.
A propaganda de que as despesas
sociais em Portugal são superiores às da União Europeia é falsa. O Eurostat ou a
OCDE mostram que o peso da protecção social está abaixo da média europeia e que
na saúde as despesas públicas são inferiores enquanto as pagas pelos cidadãos
são superiores.
E é em tempos de crise que se exige uma mais justa
repartição do rendimento através da protecção social.
O que se impõe
fazer é inverter o caminho da redução das "possibilidades do país" que resulta
da recessão provocada por opção ideológica e irresponsável do Governo.
O
Governo está agir como um bombeiro pirómano e comporta-se como uma máquina de
chacina dos direitos sociais. Há que travá-lo, enquanto é tempo.
A 4 de Novembro de 1979, quando a revolução iraniana atinge o seu ponto de
ebulição, militantes invadem a Embaixada dos Estados Unidos da América no Teerão
e fazem reféns 52 Americanos. Mas, no meio do caos, seis Americanos conseguem
escapar e encontrar refúgio na casa do Embaixador Canadiano. Sabendo que é só
uma questão de tempo até os seis serem encontrados e provavelmente mortos, um
especialista da CIA chamado Tony Mendez surge com um plano arriscado para
fazê-los sair do país em segurança. Um plano tão incrível, digno de um
filme.
Na revista Inatel deste mês, Zambujal,conta-nos a história de dois jovens licensiados desempregados- Dulce e Pedro- que se conheceram à saída de uma grande empresa, onde tinham sido chamados para uma entrevista de emprego que por sinal, e como de costume, correu mal a ambos.
Ficaram no entanto amigos ( ou mais ) e passaram a encontrar-se com frequência, até que depois de algum tempo,resolveram só voltar a encontrar-se quando um deles tivésse boas notícias para dar ao outro.
Foi assim que um dia Pedro resolveu contactar Dulce para lhe dizer que já tinha arranjado emprego, dentro da sua área ( informática ),mas estava na Noruega ,e, pouco depois recebeu um email da Dulce dando-lhe conta que também já estava a trabalhar mas na Austrália.
Isto poderia ser apenas ficção e não passava de um conto, mas infelizmente é a mais dura realidade que ensombra a vida dos Pedros e das Dulces dos nossos dias, e daí eu concluir que estes jovens merecem melhores governantes e relações com um final mais feliz.
- Para Isabel Jonet isto não significa miséria logo há que
continuar a empobrecer os portugueses (digo eu!), para o seu Banco Alimentar
continuar com muito trabalho, muito sucesso, e, num futuro próximo, a referida
senhora candidatar-se a uma medalha do ministro da "lambreta por um dia". Também
conhecido pelo ministro da caridadezinha e das cantinas sociais.
Não é este certamente o país que os portugueses querem no
futuro.
Não queremos uma sociedade de miséria, de fome, de cantinas
sociais e de caridadezinha.
Os portugueses têm condições e direito a ter para os
seus filhos e netos um futuro diferente, um futuro melhor. Vão lutar por ele
com muita determinação e firmeza, como já o fizeram no passado, apeando este
desgoverno e a suas políticas fascizantes do poder. (E agora sim! CUSTE O QUE CUSTAR!!!)
Isabel Jonet (...) “vamos ter que empobrecer muito e aprender a viver mais pobres. Claro que já estamos a empobrecer, mas porque andamos a viver acima das possibilidades”, considerou.
Será que os milhares de contribuintes que têm participado (de forma voluntária) nos peditórios para o Banco Alimentar, sabem que têm andado a viver acima das suas possibilidades?!
Por mim, depois de ouvir, Isabel Jonet sobre o que pensa da pobreza em Portugal decidi que "para o peditório do Banco Alimentar já dei o que tinha para dar"! Já agora, esta senhora vive de quê e com quanto?! Falar de pobreza de barriga cheia, e, pensar que a caridadezinha é uma solução para resolver a pobreza, é uma idéia já muito velha, Salazar não diria melhor.
Um comovido alvoroço perpassa pelos sectores da direita, com a vinda a Portugal
da senhora Merkel, que vem ver como "se passam as coisas." Diz-se que se
preparam manifestações adequadas aos níveis de ressentimento de pessoas e
grupos. Há que reflectir, porém, que a velha senhora é, apenas, o factótum de
uma política que se generalizou, e tem muito a ver com a queda do Muro e a
subsequente ascensão do capitalismo em rédea solta. É curioso e trágico
verificar que as previsões de Gunter Grass, tenaz opositor, entre outros, da
"reunificação", por calcular os perigos daí advenientes, estejam a cumprir-se.
Grass preocupava-se com a recomposição da "Grande Alemanha", atendendo às
características de um povo historicamente ressentido.
A Alemanha do
pós-guerra beneficiou do apoio norte-americano, mas também europeu, em larga
medida sustentado, ideologicamente, pela "ameaça comunista." Há um livro, "EUA e
União Soviética", do jornalista e historiador Guilherme Olympio, que relata a
esquizofrenia do povo americano, habilmente inculcada e alimentada por técnicos
de manipulação. Nesse período, coincidente com o da "caça às bruxas", do senador
MacCarthy, o pavor instalado era de tal ordem que, praticamente, não havia casa,
nos Estados Unidos, sem dispor de um abrigo antiatómico!
A esmagadora
maioria das pessoas tem, da Alemanha, um preconceito de desconfiança e,
simultaneamente, de respeito pela qualidade de um povo que cultiva o rigor e a
disciplina - por vezes exagerados, seja dito em abono da verdade. Viajei,
muitíssimas vezes, pelas duas Alemanhas, quando as havia. E devo confessar que
lamento, profundamente, não saber alemão, apenas para ler Goethe no original. Os
meus sentimentos, como os da minha geração, relativamente ao país e ao povo,
foram sempre uma mistura de admiração e de preocupada simpatia. Li os grandes
clássicos e os contemporâneos mais significativos, e tenho preocupado, em vão,
saber mais do que as emoções revelam e as observações explicam. Difícil,
reconheço-o.
Hoje, António José Seguro, foi ao Passos e aos amarelos, amanhã vai a Belém e de seguida vai á velha dos búzios, digo eu!... No final, blá, blá e apronta uma violenta abstenção qualquer, fingindo ser oposição nas políticas deste desgoverno que no fundamental são as suas. Só que (provavelmente?) com outro nome e calendário.
Já não há tempo nem espaço para condescendência com as políticas que o Governo PSD/CDS vem impondo e, muito menos, com as medidas que está a preparar. A intervenção social e política a desenvolver tem de ser formulada e posta em prática com o objetivo de, num período curto, derrotar esta "espécie" de "refundadores" instalada na governação. Há que agir de forma contínua, com inteligência e um grande esforço de diálogo, com criatividade e clareza nos argumentos e persistência no esclarecimento, com participação crescente dos cidadãos dos mais diversos setores e camadas da sociedade.
A apresentação do Orçamento do Estado (OE) para 2013 pôs a nu que estamos perante o maior obstáculo ao processo de desenvolvimento do país, depois da derrota do regime fascista em Abril de 1974, e diante da mais delicada crise política pós 1975. Cumprir a "maratona" organizada pela troika e pelo Governo significará, sem dúvida, hipotecar o futuro de uma ou mais gerações e comprometer a democracia e a soberania do país.
O caminho errático e de desastre à vista, que os poderes dominantes estão a impor à União Europeia (UE) só complicará as condições de resposta aos problemas com que nos deparamos. Porque não podemos tratar com ligeireza a nossa condição de membros da Zona Euro ou de membros plenos da UE, porque é preciso aumentar a exigência de novos rumos para esse projeto coletivo, temos de tratar com mais determinação e profundidade a análise das capacidades e propostas concretas que os portugueses podem utilizar para evitar o desastre. Não fiquemos à espera de milagres vindos da Europa: a generalidade dos cidadãos informados, de diversas regiões do Mundo, tinham no projeto da UE uma referência muito positiva no plano social e político, entretanto, hoje olha-o como ameaça aos direitos fundamentais dos povos que o integram e à estabilidade económica e política a nível mundial.
A manutenção de Passos Coelho e seus pares no Governo pode significar não apenas o estilhaçar do Estado Social mas, também, o atrelar do país a compromissos que nos farão sofrer por décadas. Já é bem claro que as chantagens internas e externas sobre os portugueses se vão intensificar nas próximas semanas. Além disso, tenha-se presente que há gente no Governo e na sua área política que, estando convencidos de que tão cedo não disporão de idêntica oportunidade histórica para fazer acertos de contas com o povo e a democracia, quando se sentirem um pouco mais apertados não hesitarão em destruir tudo o que puderem para dificultar ao povo, a personalidades de diferentes áreas, às forças sociais, económicas e políticas que não se submetem, o encontrar de novos rumos. A crença ideológica sob a qual atuam é de tal ordem que pode levar "seres humanos normais" a concretizarem verdadeiras loucuras.
É assim: 8ª jornada, 7 pontos, 13º na classificação geral (a 13 pontos do primeiro), apenas com mais dois pontos que o último da tabela.
Na vida como no desporto não vale a pena "chorar" sobre as adversidades; há que arregaçar as mangas, pensar com lucidez, corrigir o que se pensa estar errado e não ficar á espera do milagre.
O futebol é um negocio não pode ser gerido por paixão e boas intenções mas por gente com capacidade para esta actividade, com profissionalismo, conhecimento da realidade do futebol e ter também uma pontinha de sorte.
Uma vez conseguindo reunir esses atributos o Sporting voltará ao lugar que a sua História desportiva exige.
Ps: Quanto ao novo treinador, penso que neste momento ainda nem o nome de todos os jogadores do plantel teve tempo para aprender e dizer de cor e salteado.
O leão está nesta fase do campeonato (7ª jornada, 7 pontos e 10º na classificação geral), inseguro, medroso e mijado com os resultados positivos que teima em não conseguir.
Neste último jogo com a Académica de Coimbra, o Sporting empatou a zero e fez uma das piores exibições vista por aquelas bandas nos últimos 20 anos. Aquela espécie de jogo, que a equipa praticou, merecia um estudo aprofundado para ver se alguém consegue explicar o que se passa naquelas cabecitas dos jogadores, equipa técnica e direcção que de um ano para o outro deixaram de saber ser uma verdadeira equipa de futebol, quando já o foram e agora parecem querer não ser.
Esta semana, o clube contratou um novo treinador, Vercauteren que, na tomada de posse afirmou o seguinte: “vim para um projecto duradouro”; amanhã fará o primeiro teste no Bonfim, esperam os sportinguistas que passe…
Pelo que tenho observado, esta temporada, penso que o problema do Sporting não será apenas e só o treino, a táctica, a preparação dos jogadores mas antes a motivação de todo um conjunto de pessoas ligadas às tarefas de colocar uma equipa de futebol a praticar um jogo, em que todos os intervenientes se sintam confortáveis nas tarefas individuais, que cada um tem a desenvolver praticando no conjunto um jogo bonito, descansado, entretido e eficiente. Esta será, porventura, a chave!... Terá o novo treinador capacidade (com esta ou outra chave qualquer!) para abrir a porta das vitórias num grupo de pessoas que parecem hoje, quando se apresentam em cada jogo, trazer as botas calçadas no pé contrário? É a pergunta que muitos hoje fazem na esperança que a resposta seja afirmativa.