quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mais um capítulo da propaganda da banha da cobra.

O Governo quer criar "escolas independentes", abrindo concursos que permitam aos professores tornarem-se proprietários e gestores de uma escola, refere o documento com as linhas orientadoras para a reforma do Estado, divulgado esta quarta-feira. No mesmo documento, o Governo refere medidas como a fusão de autarquias, a criação de um Estado "pós-burocrático", reavaliação do IRS, criação de "escolas independentes" e a diminuição dos custos com pessoal na Administração Pública."  
Ler mais aqui.

Comentário:
"Escolas independentes"! de quê?! Já temos a Escola pública; O ensino cooperativo; Os colégios privados e agora vêm falar de "escolas independentes"? Só mesmo quem não tem nada para dizer pode vir vociferar baboseiras  e aldrabices desta ordem, ou estão, anda a  tentar esconder seja lá o que for referente a matérias da Educação, ou ainda, a criar mais um facto político para desviar as atenções da população da discussão que irá ser feita sobre o Orçamento do Estado para 2014.

O que a grande maioria dos professores e restante população, mais desejam - como ficou bem expresso em todas as manifestações do sector -, é verem-se livres o quanto antes destes desgovernantes (coveiros do nosso país),  que tão mal os tem tratado como pessoas e profissionais.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Mais do mesmo em versão agravada

"Pela primeira vez, em 2014, mais de 260 mil funcionários públicos serão confrontados com um corte salarial e cerca de 165 mil verão a redução mais do que duplicar face à situação que enfrentam desde 2011. O novo plano de cortes salariais, confirmado na terça-feira pelo Governo, afectará mais de 90% dos trabalhadores do Estado, quando até aqui apenas 50% estavam abrangidos."

Comentário:
Se quando ler esta notícia ainda se sentir xocialista e/ou liberal, pode continuar nas próximas eleições a votar nos mesmos como tem feito sempre, a ficar em casa como tem feito ultimamente ou, se estiver bom tempo, ir até à praia lamentar-se do custo da vida ao vizinho do lado não indo votar engrossando assim a coluna da abstenção.
Os aldrabões irrevogáveis, os feijões de duas caras em relação ao IVA da restauração, os vende-pátrias dos pedidos de desculpas do Governo de Portugal a quem está a ser investigado criminalmente e os restantes saqueadores das carteiras e das vidas do povo continuarão cantando-e-rindo nas cadeiras do desgoverno (com a aprovação sempre  violenta mas eficaz), praticando estas mesmas políticas de agravamento do desemprego, da destruição da economia e do roubo dos salários.
Isto... Não tem que ser sempre assim! Um dia o Povo vai acordar!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A linha vermelha

Por Margarida Botelho, no jornal «Avante!»

Quando Paulo Portas se demitiu irrevogavelmente do Governo, os cortes nas reformas e nas pensões eram a «linha vermelha» que não podia ultrapassar. No final da semana passada, o Governo cantou vitória por ter conseguido convencer a troika estrangeira a não aplicar a chamada «TSU dos pensionistas».
Afinal de contas, o Governo anunciou durante o fim-de-semana que quer cortar a partir de Janeiro também as pensões de sobrevivência – popularmente conhecidas como pensões de viuvez. É óbvio que se trata de mais um caso em que o Governo deixa de roubar assim para roubar assado.
A argumentação é a mesma de sempre, preparada para enganar os incautos. No pressuposto de que o País não tem dinheiro, diz-se que não é justo pagar pensões aos viúvos ricos. Não é preciso recuar muito para nos lembrarmos de outras argumentações semelhantes: não era justo que os filhos dos ricos não pagassem propinas ou tivessem abono de família, que os reformados ricos tivessem desconto no passe social, ou que os ricos fossem ao médico à borla. Hoje é mais fácil ver onde é que acabaram estes processos, alguns iniciados há mais de vinte anos. Ricos, remediados e pobres, pagam todos e muito. E quer-se impor que os serviços públicos passem a ser encarados como uma espécie de sopa dos pobres para os miseráveis.
Os cortes nas pensões de sobrevivência são mais um passo no sentido de fazer da Segurança Social um sistema caritativo de baixas reformas e pensões. A pensão de sobrevivência existe com base nas contribuições do falecido e pretende «compensar» o agregado familiar pela falta daquele rendimento. Com esta medida, procura-se atacar a relação existente entre os descontos de cada trabalhador e a protecção social que tem, e prolonga-se o roubo para lá da morte do trabalhador.
O Governo não esclarece se o roubo nas pensões de sobrevivência também será aplicado aos órfãos, mas vindo de quem já cortou abonos de família a centenas de milhares de crianças ou corta os apoios às que têm necessidades educativas especiais, não é de esperar grande pudor.

Esta e outras medidas não são uma fatalidade e terão resposta à altura nas acções que a CGTP-IN convocou para 19 de Outubro.

sábado, 12 de outubro de 2013

Sendo sábado , temos música (184)





Dona Abastança


"A caridade é amor"
Proclama Dona Abastança
Esposa do comendador
Senhor da alta finança.
Família necessitada
A boa senhora acode
Pouco a uns a outros nada
Dar a todos não se pode.
Todo o que milhões furtou
Sempre ao bem-fazer foi dado
Pouco custa a quem roubou
Dar pouco a quem foi roubado.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
INSTRUMENTAL
O bem da bolsa lhes sai
Sai caro fazer o bem
Ela dá ele subtrai
Fazem como lhes convém.
Ela aos pobres dá uns cobres
Ele incansável lá vai
Com o que tira a quem roubou
Fazendo mais e mais pobres.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
E já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
INSTRUMENTAL
Todo o que milhões furtou
Sempre ao bem-fazer foi dado
Pouco custa a quem roubou
Dar pouco a quem foi roubado.
Oh engano sempre novo
Tão estranha caridade
Pôr o dinheiro do povo
Contra o povo da cidade.
Já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
E já se deixa ver que não pode ser,
Quem dá o que tem um dia a pedir vem.
INSTRUMENTAL
"A caridade é amor"
Proclama Dona Abastança
Esposa do comendador
Senhor da alta finança. 

Bom fim-de-semana!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Mais do mesmo

"Governo prepara redução de 10% nos salários da função pública a partir dos 600 euros. Salários mais baixos são os mais afectados face ao corte em vigor."
Notícia aqui.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

«Independentes»

Por Ângelo Alves, no jornal «Avante!»


As leituras dos resultados eleitorais das eleições autárquicas feitas pelos habituais «comentadores» de serviço ficaram marcadas por três elementos de centrais de manipulação política e ideológica. O 1.º foi a tentativa de apagamento da grande vitória eleitoral da CDU, nomeadamente empurrando o seu resultado para o campo do mero «protesto». O 2.º foi a afirmação até a exaustão que o grande vencedor das eleições foi o PS, mesmo descendo de votação e de percentagem relativamente às anteriores autárquicas. O 3.º foi a ideia de que o grande vencedor foi o «partido dos independentes», sustentando-se tal afirmação em algumas vitórias obtidas por listas de cidadãos eleitores, nomeadamente nos distritos do Porto e de Lisboa.
A reboque deste terceiro elemento está relançada a «ladainha» da «crise dos partidos». Agora, os «independentes» é que é! Sucedem-se as teorizações de pacotilha sobre o sistema político, os partidos, sobre a lei eleitoral, os círculos uninominais, etc... etc.... Tudo serve para ocultar que os partidos da política de direita e do pacto de agressão perderam no seu conjunto cerca de um milhão de votos.
Mas quem são os «independentes»? Há-os para vários gostos: ou são dissidentes em que os protagonistas não conseguiram ser cabeças de lista, ou são grupos que pretendem apenas cortar caminho a alternativas ao seu partido, ou são barrigas de aluguer de formações políticas que quase desapareceram nestas eleições e encontraram aí espaço para tentar fazer o que não conseguiriam usando a sigla do seu partido. Independentes reais? Poucos ou nenhuns, e quase todos a servirem os mesmos interesses de sempre, do capital.
Mas é importante falar sobre os reais independentes. E começar por onde eles realmente estão. São mais de 12 000 cidadãos (eleitores pois então!) e pesam mais de 35% nas listas das autárquicas. Onde estão? Na CDU! E foram de facto também os grande vencedores da noite eleitoral. Mas estes independentes não são uns quaisquer. Independentes sim! Dos interesses obscuros, do grande capital, da política de direita, dos compadrios e da corrupção! Mas profundamente comprometidos com valores e ideais, com a honestidade, a verdade e sobretudo com a luta do nosso povo.

É que isto dos «independentes» é como com os partidos: não são todos iguais!

sábado, 5 de outubro de 2013

POEMA

COM A NATUREZA APRENDE


Com a natureza aprende,
mas para a modificar.
O honrado não se vende.
Renega quem te pagar.
Não há acção sem matéria,
nem matéria sem acção,
nem inteligência séria
sem séria meditação.
Na variedade do mundo
reside a sua unidade.
Até de um poço profundo
pode nascer claridade.


Armindo Rodrigues


Tenham um bom fim-de-semana!