segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Ficamos assim...

A estória vinha há dias nos jornais. Parece que um senhor de nome Paulo Silva, 44 anos, pai de três filhos e desempregado, a viver sozinho há cerca de oito meses numa habitação precária construída por si em terrenos que a autarquia de Azambuja cedeu para cultivo de hortas sociais, terá ao que consta, em Maio de 2010, por sua iniciativa e a pedido de alguns vizinhos ido tapar um buraco numa estrada de terra batida o qual estava a dificultar a circulação naquela via. Só que o dito senhor não sabia que o que estava a fazer não era permitido por ser considerado um crime  ambiental visto tratar-se de resíduos de obras e esses materiais terem lugar próprio para despejo. Logo apareceu a GNR passou-lhe a contra-ordenação e agora  a Inspecção Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território aplicou uma coima de 20 mil euros  por tapar, com material de obras, um buraco com um metro quadrado num caminho em terra batida.
Podem as mentes "iluminadas" deste país pobre, triste e a caminho de deixar de o ser; dormir tranquilas porque  os crimes contra o ambiente estão a ser combatidos de forma exemplar conforme se prova na notícia acima descrita.
Não entram neste "filme"..., o derrube de sobreiros, a retirada de quintas (para fazer os mais variados negócios) das áreas em zonas protegidas e toda a especulação de terrenos que vão sendo notícia quase todos os dias, porque estes acontecimentos fazem parte de um outro "filme" onde o actor principal é o bonitão que resolve tudo pelo lado da carteira.
E, pronto! Ficamos assim...O que seria importante era ficarmos todos satisfeitos com a aplicação da justiça mas esse, infelizmente, não é o sentimento generalizado.


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