quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Transportes




Quando ouvimos alguns, figurões outros da tanga , opinar na televisão e outros meios de comunicação sobre a situação financeira das empresas de transportes públicos de Portugal bramando que não pode ser! As empresas têm que ser privatizadas blá blá blá. Seria bom que o moderador confrontasse essa gente com os factos reais e não permitisse a difusão da mentira descarada, por que como todos sabemos as dívidas acumuladas dessas empresas são na sua grande maioria originárias na falta de cumprimento nos financiamentos do Estado perante as mesmas. Só que, a verdade tem que ser escondida e  não interessa divulga-la por que, o que está em causa para essa gente não é a saúde financeira das empresas nem a melhoria dos serviços prestados ao público mas a ganancia desmesurada da sua privatização ou entrega dos serviços rentáveis aos privados. 

Aquilo a que o jornal «i»  faz referência ( Dívida do Ministério da Defesa à CP cresceu 71% desde 2006 ) é  no entender de muita gente uma pequena parcela do  problema que é a falta de cumprimento pelo Estado no acordado com as empresas de transportes públicos levando por esse motivo,  muitas delas, ao acumular de prejuízos de uma forma incontrolável.  

Naturalmente que não pretendo aqui isentar de responsabilidades gestores dessas empresas que não desempenharam as suas funções como lhe "competia". Contudo, esta situação não poderá manter-se assim por muito mais tempo. Mas, não será certamente, com o aumento constante dos preços na bilheteira ou a passagem (ao desbarato) das empresas para as mãos de privados que se irá resolver este problema como tem sido (supostamente!...) a solução permanentemente avançada pelos sucessivos responsáveis governamentais.

É urgente que o Estado cumpra de todo as suas obrigações perante as empresas de transportes públicos, promova o saneamento económico e financeiro das mesmas e desenvolva políticas de defesa da utilização do transporte público que o País agradece.


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