segunda-feira, 29 de março de 2010

Instabilidade

Nos cafés, nas paragens dos transportes, nos locais onde as pessoas se juntam a conversar, só se ouve dizer uns para outros: «Será que quando chegar a minha vez, ainda vai haver dinheiro para a minha reforma?» Eu, como muitos economistas, onde destaco o Eugénio Rosa, penso que entre todos os sistemas conhecidos, a Segurança Social ainda é o que mais garantias oferece. Agora também penso, que a continuar-mos com estas políticas de por a Segurança Social como o "chapéu" do regime, a resolver com as suas verbas o problema da competitividade das empresas, sustentar planos anticrise, etc, etc. E, sendo cada vez mais baixo o patamar dos vencimentos e os descontos para a (SC) a serem feitos, na base dos vencimentos e não nos lucros que as empresas têm - o que daria um aumento significativo das receitas-corremos o risco de andarmos permanentemente com as «calças na mão» na dúvida se haverá ou não dinheiro para pagar as reformas aos que estão na reforma e às pessoas que estão neste momento a trabalhar mais longe da idade da reforma.
Claro que as políticas que os governos têm desenvolvido nesta matéria, vêm provocando este mau estar nas pessoas, agravado com as recentes medidas do PEC, é naturalmente compreensível que todos os dias seja notícia, o grande número de pessoas a meter os papéis para a reforma (prejudicando assim o normal funcionamento dos serviços por não serem substituídos) ainda que nalguns casos com grandes penalizações.
É urgente mudar de política ( por muitas outras razões mas também por esta), uma vez que se anuncia para breve, a saída em massa com reformas antecipadas, de profissionais como professores, médicos e muitos outros dentro da Função Pública.

3 comentários:

  1. Mudar de política é, de facto, a necessidade maior da maioria dos portugueses.

    Um abraço.

    ResponderEliminar
  2. Estamos numa época em que o fim do mundo não assusta tanto quanto o fim do mês.

    ResponderEliminar
  3. Fernando Samuel: que bom seria para tanta gente.

    Um abraço.


    Becas: é verdade, esse fim do mês que cada vez está mais longe nas nossas carteiras.

    Um beijo

    ResponderEliminar