Depois da troika interna ter recebido (certamente com muito gosto), a "bola" da troika externa, temos tido conhecimento (arrancado a saca-rolhas à troika interna) de alguns compromissos que o Governo assumiu com o FMI e seus pares.
Um deles, é a célebre redução da Taxa Social Única para as empresas, valor esse que, como todos sabemos se destina a entrar como receita para a Segurança Social, para que esta entidade consiga respeitar os compromissos sociais que lhe estão atribuídos.
O argumento das troikas é que com este procedimento as empresas ficarão com mais competitividade nos mercados externos e por essa via, farão mais e melhores negócios levando este efeito à criação de mais postos de trabalho.
Feitas as contas, verificamos que este argumento é falacioso por não corresponder à realidade, pois os grandes beneficiários desta medida - a ser implementada -, são os grandes empregadores e esses não estão no sector das exportações. Se não vejamos : Uma descida da taxa em quatro pontos percentuais - como é falado por aí - iria gerar cerca de 1,5 mil milhões de euros por ano, sendo que, as cerca de 900 grandes empresas poupariam à volta de 590 mil euros, enquanto as 350 mil pequenas empresas ficariam cada uma, com uma poupança de menos de mil euros anuais, e, dois terços das empresas industrias com menos de dez trabalhadores poupariam 1750 euros, cada uma por ano. Isto dá para quê?
É claro, o que está em causa, é uma vez mais o ataque cerrado aos direitos sociais dos trabalhadores através do ataque à Segurança Social, e, o que os portugueses têm que dizer no dia 5 de Junho (através do voto), é se estão de acordo com este roubo e todos os anunciados aos seus direitos, ou se preferem mudar de rumo votando em quem de uma forma corajosa tem afirmado que existe alternativa a este plano de roubo e ingerência externa das troikas, tirando assim, o País da banca rota, da miséria e do futuro comprometido.
Nota: este post desapareceu com o apagão, voltou hoje (dia 17/5), mas os comentários ainda andam por lá...
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